Para uma verdadeira Reflexão

Caros leitores do blogue “Pardalitos do Choupal”


Hoje é um dia, especialmente, triste para mim! Depois de ter estado ausente da blogosfera durante o fim-de-semana, por estar envolvido nas actividades desportivas das quais tenho responsabilidade como dirigente que sou, acordei, e bati de frente com mais um exemplo de como pode ser esta sociedade moderna - e a que neles gravitam – tão fútil e injusta!

Afinal, só para mim é que o sonho comanda a vida....para os outros, ele pula, pula, mas não avança.
Corre-me nas veias, na alma e no coração o verdadeiro espírito académico – aquele que não excluí, não destrói quem partilha da mesma paixão!
Ser da Velha Guarda, não é ser velho do Restelo, não é carpir as saudades de uma Académica que vivemos, é arregaçar as mangas para continuar a construir a Académica que merecemos e que conseguimos!
Por isso, sempre que me foi pedido para colaborar em iniciativas que prestigiam a minha, a nossa, Briosa, disse sempre: Presente! Ainda por cima para escrever sobre algo que me diz muito e ao qual dediquei e ainda dedico muitos anos da minha vida, a grande Mancha Negra.
Raras vezes me arrependi! Mas, como toda a regra tem excepção, hoje é dia de arrependimento, de fazer o mea culpa, de reconhecer que a idade me dá energia, iniciativa, força, vontade mas, me permite, também, alguma ingenuidade...
Ingenuamente pensei que há 3 coisas que serei sempre na vida: homem, pai e academista!
E que tudo o resto vai e vem, fui, sou e serei – tudo o resto são circunstâncias da vida, porque um homem é ele e as suas circunstâncias.
Ingenuamente pensei que me reconheciam alguma mais valia neste espaço pelos anos, pelos kms, pelas palavras, pelos cânticos, porque a minha vida se confunde com a da Briosa/Mancha Negra...
Afinal, a minha “importância” deve-se ao facto de pertencer à Direcção da Académica!!!
Tenho pena, mas este não é o meu espírito, não é assim que sei estar.
A todos os que esperavam o contrário – o meu pedido de desculpas!
Eu, jamais confundirei a paixão com a razão: o meu trabalho enquanto profissional e enquanto dirigente não se mistura com o meu amor à minha, à nossa, Académica!
Neste espaço, apenas poderia participar como mais um dos incontáveis apaixonados da Briosa, e nunca noutra qualidade.
Tenho pena... mesmo muita pena...
Continuarei sempre que puder a ler o blogue, para tomar conhecimento de eventuais erros cometidos para mais tarde tentar corrigi-los. É esta a minha forma de estar na vida, não sou dono da razão, reconheço erros e tento corrigi-los…

Espero que este meu “desabafo” sirva, Verdadeiramente para REFLEXÃO!

Força Briosa

“Se jogasses no céu morreríamos para ter ver…”