Mensagem de esperança...

Encerrada a 1.ª volta do campeonato nacional da I Liga, a Briosa encontra-se abaixo da «linha d’ água», o que vale por dizer que seria despromovida à II Liga, se a competição terminasse agora.
Depois de um campeonato feito um pouco aos tropeções, com derrotas imprevistas em casa (Leiria e Setúbal, por exemplo), mas também com triunfos que ninguém esperaria (em Alvalade, por exemplo), os comandados de Nelo Vingada encontram-se em lugar incómodo, é certo, mas também longe de uma posição desesperada, principalmente para quem sabe como são estas coisas da bola e para quem tem presente que duas vitórias seguidas catapultam qualquer equipa para a tranquilidade.
Acredito contudo que é significativa a desilusão dos nossos adeptos, a quem foi levianamente prometida a UEFA, mesmo após a saída de atletas como José António, Hugo Leal e Dário, em relação aos quais se fez passar a mensagem de eram caros e de que não fariam falta, em face da maior qualidade dos seus substitutos.
Acredito que nesta altura todos esperassem legitimamente maior tranquilidade classificativa e confesso que eu próprio tinha uma expectativa superior aos resultados ora verificados.
Casos como os de Lira e de Marcel, não terão ajudado à tranquilidade sempre tão necessária a uma equipa de futebol e imbróglios mal geridos como os das renovações de Zé Castro ou Nuno Piloto, não foram também com toda a certeza bem vindos, dessa mesma perspectiva.
Depois, o famigerado excesso de atletas estrangeiros, mormente daqueles que reconhecidamente não acrescentam ao grupo a qualidade esperada e algum desequilíbrio de vencimentos que cria, em função do rendimento desportivo, algumas fricções dentro do balneário, poderão também constituir explicações para a modesta classificação presente.
Seja como for, estamos ainda a meio do campeonato.
E se é verdade que a classificação da Briosa é presentemente intranquila, também o é que nada está perdido e que, sem ser um conjunto talhado para voos mais altos como convinha fazer crer, a equipa tem valor suficiente para dar a volta ao texto, mesmo sem a ajuda daqueles que já consideram um «frete» ter de continuar a vestir a camisola da Académica, esquecendo não só que nela relançaram as suas carreiras, mas também que com ela mantém vínculos laborais obviamente para respeitar.
Valor que, aliás, passe as muitas críticas de que tem sido alvo, se estende também à equipa técnica, a qual já deu provas em alturas difíceis de que tem competência e profissionalismo para levar o barco a bom porto.
Estando pois preocupado, estou longe de estar céptico...
A verdade é que a Briosa, estando como se disse posicionada abaixo da linha fatídica, se encontra também a apenas 4 escassos pontos do sétimo lugar (ora ocupado pelo Boavista, com 23 pontos).
A verdade é também que a equipa já demonstrou competência, potencial e qualidade, em muitos campos da Superliga e que, apesar de algumas exibições menos conseguidas (com epicentro na Figueirada Foz, em jogo que curiosamente ganhámos), deixou no ar a ideia de que é capaz, assim lhe seja assegurada a tranquilidade, lhe sejam redefinidos objectivos mais realistas e, last but not least, lhe sejam introduzidos, aqui e ali, alguns «retoques» para compensar os jogadores que saíram e acrescentar o «plus» de que se necessita para a vermos a «trepar» na classificação, conforme todos desejamos...
Para o professor Nelo Vingada e os seus pupilos fica pois a mensagem:
Força Briosa! Nós acreditamos em vós e, no Domingo, lá estaremos na Luz!