"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

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Estádio Cidade de Coimbra

Estádio Cidade de Coimbra
Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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segunda-feira, 20 de março de 2006

A Briosa,a AAC,a Universidade e a Cidade


Ao contrário do que já tenho lido, inclusive neste Blog que constitui o principal Fórum da Briosa,
a " saída " do Futebol do seio da AAC constituiu um erro tremendo.
Erro claro que sim e tremendo também. Mas falar de " saída "é que me parece impróprio por não corresponder à realidade dos factos. Vamos então a eles: pouco tempo após o 25 de Abril de 1974 os estudantes da Universidade de Coimbra, reunidos no Jardim da AAC em Assembleia Magna - órgão máximo deliberativo da Academia - decidiram por larga maioria extinguir a Secção de Futebol.Consideravam, erradamente na minha opinião, os então estudantes universitários presentes ( e quantos se terão entretanto arrependido da decisão histórica que votaram...) que esta representava um dos sustentáculos do regime deposto,designadamente do Ministério da Educação que com uma politica educativa obsoleta havia sido o alvo da Academia, olvidando, por ignorância pura ou por má fé, o papel desempenhado quer aglutinando debaixo da mesma bandeira os estudantes e as suas justas lutas, quer conferindo-lhes a necessária visibilidade fazendo-as sair dos muros da Universidade, e da cidade, transportando-as pelo País inteiro, como ocorreu nas crises académicas de 1963 e 1969.
E invocaram também os universitários da época,como razões para o fatal desenlace, a existência de profissionalismo encapotado e a ausência de estudantes nos cargos dirigentes da secção o que só demonstrava um claro desfazamento em relação à Universidade e aos seus estudantes.
Acresce, last but not least, que monopolizando a Secção com as suas equipas ( sénior, júnior e juvenil ) os espaços existentes para a prática do futebol que eram propriedade da Reitoria - Campo de Santa Cruz e Estádio Universitário - os estudantes ficavam impedidos de praticar aquela modalidade na sua expressão mais amadora.Por tudo o exposto não se reviam na Secção de Futebol.
Face às posições extremadas da maioria dos Universitários perdeu-se a possibilidade de co-habitação do espaço desportivo no seio da Academia de Coimbra.
Tentativa que foi efectuada através de uma proposta que visava a manutenção da secção de Futebol nos moldes em que vinha funcionando incumbindo-lhe participar nas competições nacionais, e a concomitante criação de um departamento que organizasse e incentivasse a prática do futebol totalmente amador entre os universitários.
Desgraçadamente tal proposta foi rejeitada e com ela sombras bem negras pairaram sobre os nossos técnicos e atletas que correram sérios riscos, inclusivé de subsistência..
É que a então Secção de Futebol era apenas isso: uma Secção ( La Palisse não diria melhor).
Faltava-lhe aquilo que caracteriza(va) os Organismos Autónomos ou seja a autonomia juridica,administrativa e financeira.Por isso ficou à mercê dos estudantes mais radicalizados.
A via seguida foi a criação do CAC que " assumiu " de imediato os direitos desportivos da extinta Secção.E sedimentou-se muito à custa de importantes pareceres juridicos que foram absolutamente decisivos na sua sustentabilidade..
Mas, de repente, qual cão escorraçado pelo dono ingrato, ficámos sem sede e sem campos para treinar.
O CAC sedeou-se em casa emprestada no Calhabé.
Reuniu muito. Procurou apoios. Alargou a sua base de apoio com a entrada de novos sócios e, pasme-se, até decidiu o aumento de quotas em inflamada Assembleia Geral realizada no edificio da antiga FNAT.
Enfim, aproximou-se da Cidade. De tal forma que acrescentou à torre a ponte de Santa Clara como é visivel no emblema então posto a concurso (!) e votado (!) pelos sócios.
Reequilibradas as coisas importa, hoje por hoje, estreitar as margens e unir os demais pontos: a AAC, a Universidade, e a Cidade..
A Académica/Oaf é, em termos desportivos, a herdeira de todo o património futebolistico da Academia.
Regressou ao velho símbolo e passeia-o por todo o País para orgulho de muitos dos que passaram por Coimbra! Poderia e deveria ser a Embaixadora Itinerante da Universidade.E não digo pode por motivos óbvios.
A Briosa tem sido vítima de duvidosas opções directivas que a impedem de assumir tal protagonismo.
Refiro-me concretamente ao recrutamento inusitado de atletas estrangeiros de mediana qualidade - e alguns nem isso - em deterimento de jovens portugueses, estudantes, preferencialmente universitários.
Ora, faltando-lhe esta qualidade no plantel em número mais significativo e até consentâneo com um passado recente( em 1998 jogou em Macau uma equipa formada exclusivamente com universitários ) a tarefa de ter como interlocutores quer a Direcção-Geral da AAC quer a Reitoria afigura-se ciclópica, para não dizer impossivel.
Afinal para falar de quê? Para propor o quê? Para fazer o quê?
É, a meu ver, urgente rever este estado de coisas.É a hora,creio, de ponderar e encetar o caminho de regresso.Mas primeiro deverão surgir sinais de que a opção directiva passa por dotar a equipa com mais estudantes, preferencialmente portugueses e com frequência universitária, como já aludi.Depois sim:Procurar parcerias com a Universidade e com algumas Faculdades que bem poderiam colocar o seu saber ao serviço da Briosa o que para além de inovador seria desejável.Falo, por exemplo, de medicina, de fisioterapia,de nutricionismo,de farmácia,de psicologia, de educação fisica etc...
E quanto aos nosso atletas universitários deveria ser-lhe conferido tratamento especial, compativel com quem se insere na alta competição.
O Magnifico Reitor que praticou desporto (Natação) no seu tempo de estudante por certo não seria insensivel a tais representações.
Em troca poderia a nossa Briosa dar particulares facilidades no ingresso de universitários como sócios.Não me repugna, aliás, a redução do valor das quotras, por exemplo, nem sequer a colocação da nossa principal equipa e dos nossos atletas, ao serviço da Reitoria para o que fosse recíprocamente benéfico.
Esta vertente, mais tarde ou mais cedo vai ter de ser assumida.
Até porque, de acordo com que tem vindo a público e respeitante ao orçamento da AAC/Oaf estamos em contra maré em comparação com os demais.
Ou seja, enquanto os outros reduzem os plantéis profissionais e diminuem os salários, connosco ocorre exactamente o contrário!
Coisas de ricos...
Inverter esta situação terá de ser tarefa para os responsáveis directivos .
A prospecção de talentos, já aqui o disse e volto a repetir, terá de caber exclusivamente a profissionais dedicados e competentes.
Terá de ter cuidados acrescidos e buscar os atletas que para além dos atributos futebolisticos assumam também a qualidade de estudantes conferindo-lhes preferência nas contratações quer para o plantel sénior quer para o plantel júnior.
Se parecem estar bem as relações entre a Briosa e a Autarquia o mesmo parece não poder dizer-se dos "coimbrinhas".Os defazamentos são mais do que muitos e as nossas responsabilidades são imensas.Procurar a reconciliação e evitar o divórcio é tarefa que não pode ser minimizada.
Designadamente porque somos nós o clube da Cidade.
Tempos houve em que o pessoal da arregaça, impulsionado por uma efémera passagem pela então chamada 1ª divisão, assumiu aquela qualidade.E chegou mesmo a invocar a superior representatividade em termos universitários porquanto, no seu platel, existiam mais licenciados e universitários do que no da Briosa, o que até era verdade...Hoje agonizam.
Eu, sinceramente, lamento.
Adiante.Estamos inseridos numa cidade esquisita que continua a viver muito à sombra da Universidade com claras manifestações de alheamento em relação às questões futebolisticas.
Na minha opinião porque os espectáculos são manifestamente fracos! Mas o remédio existe.
Basta a nossa equipa melhorar os indices de qualidade.Se a equipa jogar bem, se os espectáculos forem bons, os espectadores duplicarão e participarão.
Assistindo e incentivando.
É sempre assim!
O que falta é nós fazermos aquilo que temos de fazer:definição estratégica ( que a direcção deveria assumir) e os profissionais darem tudo e proporcionarem bons jogos.
O resto vem por acréscimo.
E então, sendo a Briosa uma mais valia para a Cidade importaria aferir como é que esta a está a apoiar.Existem ou não aspectos que devem ser melhorados?Ficamos apenas pela utilização e exploração( em que moldes foi feita a concessão?)do Estádio? Inventariar e depois concretizar.
Mas antes procurar ser atractivo.
Do exposto, que já vai longo,fácil é constatar que, na minha óptica, uma das prioridades da nossa Briosa deveria ser direccionada na união daquelas pontas.Sermos nós a tomar a iniciativa que permitissem alcançar tal desiderato ( a menos que se entenda ser desejável viver de costas voltadas).
Mas, sinceramente, na actual conjuntura, não me parece que a actual direcção tenha sequer disponibilidade para pensar em tal, preocupada que estará com outro tipo de problemas.
Mas é imperioso prepara o futuro.De o prever e agir em conformidade.
A questão é que isto não vai lá com quem tenha uma visão egocêntrica e uma prática concentracionária do poder!
Não vai lá com exaltações e delírios.Tecnocratas e "novos-ricos", burocratas e "empresários de sucesso", só pelo facto de o serem, não constituem qualquer vantagem.
É que o futebol, quer queiram quer não,é um desporto eminentemente popular e tentativas de o "elitizar" serão necessáriamente condenadas ao fracasso e com custos que poderão ser irreparáveis.
As tarefas de reconstrução exigem partilha harmoniosa e pressupôes paixão e amor, mas também racionalidade,seriedade e profundo conhecimento das nossas raízes.E, por favor, não basta ter um condominio fechado no Estádio Cidade de Coimbra.É preciso mais, muito mais.Ser preto, por exemplo. Muito preto.
ACADÉMICA,ACADÉMICA,ACADÉMICA,VAMOS AO GOLO MALTA
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