"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

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Estádio Cidade de Coimbra

Estádio Cidade de Coimbra
Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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quarta-feira, 12 de abril de 2006

Um binómio para resolver...ao centro







Não é propriamente novidade que Coimbra, a nossa cidade, vem gradualmente perdendo força e influência, sendo paulatinamente afastada dos grandes centros de decisão ao nível do país.
Com ela a também a nossa Académica, não obstante a efectividade que por ela temos em tudo o que representa de história, memória e princípios, terá igualmente decrescido na sua força, nas últimas décadas, «emparedada» num binómio de difícil resolução que permanentemente lhe coloca a questão de ser «clube da cidade» ou de centrar, na sua ligação à Universidade e à Academia, o seu «modus essendi».
A opção de fazer o discurso para a Academia, de fomentar a política do atleta estudante (e de a incentivar directamente no balneário), de receber as direcções adversárias em Repúblicas, de apoiar as lutas académicas e de estabelecer com a DG/AAC as bases de um futuro protocolado com a «Casa-Mãe», foi indelevelmente a marca de Campos Coroa, durante os cerca de sete anos e meio de mandato em que presidiu à Briosa e em que tive a subida honra de o acompanhar.
A tal opção seguiu-se praticamente a inversa, com a Direcção da Académica, primeiro presidida por João Moreno, e depois já por José Eduardo Simões, a «citadinizar» a Briosa (lindo termo que acabo de inventar, da perspectiva de que a língua portuguesa é não só traiçoeira, como assaz dinâmica) recentrando-lhe o alvo na proximidade relacional com a autarquia e na estreita ligação ao meio empresarial de Coimbra.
Hoje, analisando à distância os dois rumos em causa, tenho para mim que a política para a Briosa deve ser… «ao centro».
Renegar as origens, relacionar-se mal com a Academia, afastar-se dos princípios da promoção social, cultural, cívica e escolar dos seus atletas, não é mais que trair a história e desrespeitar a memória de todos quantos construíram a projecção do emblema e o fizeram, vincado com clareza, nas suas essenciais diferenças para os demais. Além do mais, negar a primeira opção pode ser perigosamente redutor, visto que não são de ignorar os muitos adeptos dos «três ditos grandes» que existem hoje em dia em Coimbra, como não são de esquecer os milhares de simpatizantes da Briosa que moram fora da Lusa Atenas. Esses, que revendo-se no nosso emblema pelo que encerra de diferente e na nossa cidade pelo seu místico encantamento, continuam, ontem como hoje, fiéis à máxima de que «chega a ter saudades dela, quem nunca nela viveu»…
Reconheço todavia que a Briosa não pode ser só história, até porque do passado vão vivendo exclusivamente os museus. A opção-cidade é igualmente deveras importante, devendo Coimbra (e quando digo Coimbra refiro-me não só aos conimbricenses, mas às suas principais entidades oficiais) assumir-se em definitivo como o «quartel-general» de um militante «academismo nacional» que ainda existe, mas que, urgentemente, necessita de ser reavivado, aproximado, disciplinado, utilizado em prol do nome da instituição e da sua projecção…
É inadmissível que a Briosa possa, a breve trecho, perder o estatuto de «maior clube da cidade», não só porque ela é (tem sido) algo de verdadeiramente enraizado na sociedade coimbrã, mas também porque, contas feitas, a sua projecção interessa a todos, da Autarquia aos empresários, dos comerciantes aos estudantes, enfim, da Cidade à Universidade…
Mas Coimbra terá definitivamente de merecer esse «estatuto» de quartel-general da Briosa, imitando Guimarães (passe a heresia blasfema) em bairrismo, Braga em organização e competência, Porto em afirmação regional e mobilização. Os empresários de Coimbra têm definitivamente de convencer-se que não basta apoiar pontualmente, as mais das vezes, na procura da satisfação de interesses exclusivamente próprios e muito pouco académicos.
Ao invés, é preciso um projecto comum e coerente de que todos participem e que a todos beneficie. Os conimbricenses, por seu turno, têm de perceber – e cabe a cada um de nós, mas fundamentalmente à nossa direcção explicar-lhes - que envergar um cachecol do Benfica, vestir uma camisola do Sporting ou empunhar uma bandeira do FC Porto é contribuir para a descaracterização da nossa cidade, convergir para a nossa perda de identidade e de influência, concorrer para a gradual pequenez em que estamos a fechar-nos sobre nós próprios.
A Autarquia, por sua parte, tem de compreender que a Briosa tem de constituir um projecto central da cidade, como central é a sua rede hospitalar, o seu desenvolvimento educativo, científico e tecnológico, a sua revolução económica, social, comercial e industrial.
Para último, a Universidade e a Academia: creio que somos nós, Briosa, que teremos de voltar a dar os primeiros passos. No tempo em que o relacionamento era mais estreito, nunca os dirigentes da Briosa foram mal recebidos na Reitoria ou na Padre António Vieira.
Nesse tempo houve lugar ao diálogo, à evolução no relacionamento institucional e esteve quase a conseguir-se algo de verdadeiramente simbólico que poderia ter significado uma aproximação definitiva de duas instituições umbilicalmente ligadas: uma sala no edifício da Padre António Vieira para o OAF…
Sei que globalmente este não é um trabalho fácil, nas suas mais variadas vertentes.
Mas acredito firmemente que é neste equilíbrio que encontraremos novas forças, que reencontraremos a história e a memória, que recuperaremos a mística, que construiremos a Briosa do futuro…
E o futuro é já amanhã, no apoio à nossa equipa de futebol, sem a qual nada disto existe ou existirá…
Todos a Vila Conde!
Viva a Briosa!