O lavar dos cestos

Lembrando o mítico Gabriel Alves, está a chegar o final da ‘estação’. Aproxima-se o fim do campeonato, mais um campeonato em que a Académica deixa invariável e teimosamente as decisões para o fim.

A ponta final da época passada, que acresce a forma e entrosamento da equipa levou, após algumas contratações, poucas, já que no entender do professor e direcção havia poucas lacunas a resolver no seio da equipa, a que se instalasse nas hostes academistas um sentimento de procura do infinito…e mais além.

A fasquia elevou-se e os objectivos atingiam níveis de uma índole megalómana europeia. Não que o peso do emblema não o justifique, até pelo contrário, mas algo correu mal…inacreditavelmente mal. O discurso da pré-época era acautelado e sem euforias, mas o objectivo era implicitamente a busca dos lugares da UEFA. O que falhou? No final da época aqui o diremos sem pudor nos ‘Pardalitos’. Realidade! Estamos à beira do lavar dos cestos e a nossa Briosa ainda não encheu o seu. Amanhã recebemos o Marítimo no derradeiro encontro. A Académica, precisa, essencialmente, de não perder. Do outro lado, a turma verde-rubra vem a Coimbra com a sua situação classificativa esclarecida e definida, o que para quem compreende o futebol sabe que esse factor é negativo para a Académica, por os maritimistas jogam soltos, sem pressão.
Confio na bravura, na determinação e nos brio dos nossos jogadores que jamais se deixaram derrotar.
Noutras vinhas, Rio Ave e Guimarães espreitam, no rebusco, os cachos esquecidos, enquanto gilistas, navalistas e belenenses procuram respirar fora de água.
Amanhã, tudo é possível…tudo menos a nossa descida. Mas como diz o povo, até ao lavar dos cestos…

Força rapazes!