Uma ausência estratégica...

Um dado é, contudo, incontornável relativamente à mesma reunião.
Pela primeira vez na história da AAC/OAF foi feita uma Assembleia Geral, sem que nela tenha marcado presença qualquer elemento do Conselho Fiscal em funções.
Ora se tal ausência colectiva já é à partida de estranhar, muito mais enigmática se torna a situação, se tivermos em conta que da ordem de trabalhos constavam questões como: autorização para a amortização de empréstimos por intermédio de verbas contratualizadas com empresas patrocinadoras, a autorização para a contracção pela Direcção de um empréstimo para concluir as obras do Complexo Desportivo Dr. Francisco Soares (é assim que se chama porque a própria Assembleia o decidiu e bem, «in illo tempore»...) e, pasme-se, o Relatório Semestral de Contas, que, num exercício que só pode ter sido lúdico, ainda se quis fazer aprovar, mesmo sem o parecer do Conselho Fiscal ou o Relatório do ROC, exigidos por lei para suportar as contas que anualmente devem ser presentes aos sócios(!), nos termos estatutariamente definidos...
Farão o favor de dizer-me os defensores acérrimos destes corpos sociais (mesmo aqueles que não sabem bem porque ainda os defendem...), para que serve um Conselho Fiscal que se alheia de tais dossiers, deixando à Direcção a livre discricionaridade de actuar como entende, sem que a sua política seja objecto de qualquer sindicância por parte da entidade com específicas competências de fiscalização da sua gestão, como os Estatutos prevêem e impõem?
Farão igualmente o favor de dizer-me se acreditam que coincidentemente todos os membros do CF decidiram faltar à reunião, por motivos pessoais, ou se ao invés percebem a estratégia colectiva que presidiu à decisão dessa ausência?
Pela primeira vez na história da AAC/OAF foi feita uma Assembleia Geral, sem que nela tenha marcado presença qualquer elemento do Conselho Fiscal em funções.
Ora se tal ausência colectiva já é à partida de estranhar, muito mais enigmática se torna a situação, se tivermos em conta que da ordem de trabalhos constavam questões como: autorização para a amortização de empréstimos por intermédio de verbas contratualizadas com empresas patrocinadoras, a autorização para a contracção pela Direcção de um empréstimo para concluir as obras do Complexo Desportivo Dr. Francisco Soares (é assim que se chama porque a própria Assembleia o decidiu e bem, «in illo tempore»...) e, pasme-se, o Relatório Semestral de Contas, que, num exercício que só pode ter sido lúdico, ainda se quis fazer aprovar, mesmo sem o parecer do Conselho Fiscal ou o Relatório do ROC, exigidos por lei para suportar as contas que anualmente devem ser presentes aos sócios(!), nos termos estatutariamente definidos...
Farão o favor de dizer-me os defensores acérrimos destes corpos sociais (mesmo aqueles que não sabem bem porque ainda os defendem...), para que serve um Conselho Fiscal que se alheia de tais dossiers, deixando à Direcção a livre discricionaridade de actuar como entende, sem que a sua política seja objecto de qualquer sindicância por parte da entidade com específicas competências de fiscalização da sua gestão, como os Estatutos prevêem e impõem?
Farão igualmente o favor de dizer-me se acreditam que coincidentemente todos os membros do CF decidiram faltar à reunião, por motivos pessoais, ou se ao invés percebem a estratégia colectiva que presidiu à decisão dessa ausência?
Uma estratégia justamente utilizada dados os dossiers «quentes» e incómodos que estariam «em cima da mesa», em relação aos quais ou o Conselho Fiscal teria de fazer a «mea culpa» por simplesmente não ter fiscalizado o que quer que fosse, ou, em altrenativa, de divergir frontal e directamente da política prosseguida pela Direcção, que simplesmente o ignorou, em questões que, imperativamente, deveria ter sujeito à sua apreciação...
Em suma, a ausência do Conselho Fiscal da reunião Magna de ontem tem pois duas leituras possíveis:
Em suma, a ausência do Conselho Fiscal da reunião Magna de ontem tem pois duas leituras possíveis:
A primeira a de que o Conselho Fiscal está em franca e vincada rota de colisão com José Eduardo Simões e a sua Direcção, sem que contudo entenda ter chegado a hora de tornar públicas tais divergências.
A segunda que há na Académica de hoje matérias tão incómodas - designadamente para quem assumiu a responsabilidade de fiscalizar a actividade directiva - que elas só por si justificam algo de formalmente tão significativo como a decisão de não fazer representar um dos Corpos Socias da instituição na respectiva Assembleia Geral.
Não posso deixar de dizer que tal situação me recorda o Estado Novo, que não obstante fazer ficticiamente uso do democrático princípio da «separação de poderes», deixava toda a margem ao ditador Salazar, para que fizesse de Portugal o que bem entendia, sem que ninguém ousasse sequer exprimir-se livremente contra a sua política, quanto mais a contrariá-la com palavras, actos e omissões, mesmo que estas coubessem no âmbito das suas supostas competências...
Em suma, penso que aos membros do Conselho Fiscal, uma única atitude digna resta tomar. Assumir com frontalidade a inutilidade e esvaziamento do órgão, na actual conjuntura académica e apresentar, de imediato individual e colectivamente, as respectivas demissões!
A segunda que há na Académica de hoje matérias tão incómodas - designadamente para quem assumiu a responsabilidade de fiscalizar a actividade directiva - que elas só por si justificam algo de formalmente tão significativo como a decisão de não fazer representar um dos Corpos Socias da instituição na respectiva Assembleia Geral.
Não posso deixar de dizer que tal situação me recorda o Estado Novo, que não obstante fazer ficticiamente uso do democrático princípio da «separação de poderes», deixava toda a margem ao ditador Salazar, para que fizesse de Portugal o que bem entendia, sem que ninguém ousasse sequer exprimir-se livremente contra a sua política, quanto mais a contrariá-la com palavras, actos e omissões, mesmo que estas coubessem no âmbito das suas supostas competências...
Em suma, penso que aos membros do Conselho Fiscal, uma única atitude digna resta tomar. Assumir com frontalidade a inutilidade e esvaziamento do órgão, na actual conjuntura académica e apresentar, de imediato individual e colectivamente, as respectivas demissões!
Porque para órgão de fachada já nos bastará a Comissão que a Assembleia permitiu formar para angariação de verbas para o Complexo do Bolão, o qual foi mais uma vez adiado para as «kalendas gregas», por uma Direcção moribumda, sem estratégia, sem visão, sem soluções desportivas e financeiras para tornar a Briosa numa instituição sólida e com futuro!
Viva a Briosa!
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