"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

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Informações

Estádio Cidade de Coimbra

Estádio Cidade de Coimbra
Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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terça-feira, 10 de outubro de 2006

Intermitência na Académica

Com a devida vénia ao DIÁRIO DE COIMBRA a seguir se reproduz um rexto de opinião, hoje dado à estampa, com o titulo acima identificado.

Vejo na imprensa, na blogsfera, nas conversas avulsas que a Académica deve promover uma profunda reflexão, o que determina naturalmente manifestação de cordialidade, disponibilidade e simpatia pela Briosa.
Não sou de modo nenhum partidário da manutenção de ressentimentos entre anterior Direcção e a actual, entre a actual e a anterior, muito menos de ódios; mas, no caso das reacções entre sócios, rescaldo das últimas eleições, em que uma parcela deles depositou todas as esperanças, os que aí só deslumbravam o fim da “destruição”, “atentados” e “sevicias”, parece-me infeliz que seja o actual Presidente da Instituição que empreenda e dê vida a esse estado de espírito associativo, no sentido de despertar simpatias de curto-prazo.
Que a exposição argumentativa, factual, documentada e provada, a haver matéria substantiva, se fizesse em Assembleia-Geral e querer fazer, vá; mas confesso que me surpreende e dói que, sem ter notícias de quem de Respeito tenha havido qualquer acto de desagravo e consideração a rodear de carinho aqueles que talaram a subida ao primeiro escalão de futebol, as contas credíveis, o complexo desportivo Dr. Francisco Soares, tudo se alimente negativamente e abusivamente. Repito que não compreendo. Mas se isto é simples insuficiência minha, seja-me perdoado o desabafo.
Seja como for, é preciso acabar com as dúvidas e talvez uniformizar o espírito académico.
A não se uniformizar o espírito académico não faltará quem congemine, defina e desenvolva, persistindo no sistema de se reservar o monopólio do interesse e do saber nas questões que afectam a AAC-OAF. Atravesso a este respeito uma fase de tristeza.
Evidenciado o ambiente acerca do actual “estado da situação”, porque não se faz um exame sério dos males acusados ou dos vícios que se manifestam? Porque se mantêm a Direcção numa posição de favorecimento perante a passividade dos outros Órgãos Sociais e não marca uma atitude prática de acordo com as suas afirmações e doutrina no campo da credibilidade, rigor, transparência? Porque não se apresenta o orçamento? Porque não se apresentam as contas? Porque não se responde em Assembleia-Geral quando já estão a carpir as mágoas desportivas os associados sacrificados?
Parece-me, pois, razoável admitir que esta calma associativa não é senão aparente: por baixo estão-se passando muitas coisas, sobretudo nos espíritos; ora sendo de turbulência desportiva – já soam vozes de quem a Direcção não esperava –; ora sendo de turbulência institucional – já soam vozes de se estarem a esgotar as alternativas à actual Direcção, segundo o princípio: quem quer não pode; quem pode não quer, resultando ficar quem está, numa situação de “condenação”, ou seja: “condenado” a ficar –.
De tudo, parece-me legitimo defender que seria oportuno a organização de um debate alargado (Congresso?) tendo como matriz aglutinadora o espírito académico.
Colocar a bola ao centro, convidar como arbitro a sociedade civil, dar o pontapé de saída num jogo em que as envolventes internas e externas são as regras a cumprir – com certeza.

Lucílio Carvalheiro