"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

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Informações

Estádio Cidade de Coimbra

Estádio Cidade de Coimbra
Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Eleições para a Direcção Geral da Associação Académica de Coimbra

Sete listas disputam, amanhã e depois (dias 28 e 29), a primeira volta das eleições para a Direcção Geral da Associação Académica de Coimbra (AAC), número que supera as candidaturas apresentadas nos últimos anos e que contrasta com a fraca participação que muitos reconhecem caracterizar o actual momento da vida associativa.

As urnas vão estar espalhadas pelas faculdades e departamentos (9h00-18h00). No período da noite (21h00-24h00), a votação far-se-á no edifício sede da AAC, na Rua Padre António Vieira. A segunda volta eleitoral, que deverá ocorrer no caso de nenhum candidato obter mais de 50% dos votos, é nos dias 5 e 6 de Dezembro.

Eis algumas ideias de alguns dos candidatos:

Pedro Cunha – Lista V(“Vive a academia”):
De olho nas saídas profissionaisEscolheu como «causas mobilizadoras» a promoção do emprego e o regresso de Coimbra à liderança do debate em torno do ensino superior.Para Pedro Cunha, estudante do 5.º ano da licenciatura em Medicina, com 23 anos de idade, «as saídas profissionais são o problema que mais afecta e diz respeito aos estudantes».«Colocar Coimbra no centro da discussão do ensino superior público», com a realização de um congresso nacional aberto a toda a comunidade universitária do país, é outro dos objectivos.Por outro lado, o actual presidente da mesa da Assembleia Magna e antigo coordenador-geral do pelouro do Desporto aposta na comemoração dos 120 anos da AAC, como forma de mostrar paro o exterior as potencialidades das secções ao nível da cultura e do desporto.É nesse sentido que inclui a candidatura à organização dos Campeonatos Nacionais Universitários, promovidos pela Federação Académica do Desporto Universitário.Quanto aos cortes previstos nos orçamentos das universidades para 2007, Pedro Cunha afirma que «são mais um ataque ao ensino superior público e uma forma de desresponsabilização do Estado».O Processo de Bolonha é uma matéria que os universitários ainda não dominam, afirma, ao dizer que os colegas «não têm noção das implicações» que as alterações operadas em cada curso vão trazer para a sua formação. Quer, por isso, promover campanhas de informação.
Paulo Fernandes – Lista D: (“Aceita o desafio”)“Não é possíveltermos propina zero”Finalista de Farmácia, Paulo Fernandes valoriza a estratégia de «manter sempre boas relações com a Reitoria» da Universidade de Coimbra (UC) – azedadas durante o mandato de Seabra Santos, com a questão das propinas e com o polémico confronto entre polícia e estudantes – e mostra-se «contra o encerramento das faculdades» enquanto forma de manifestar repúdio pelas políticas do Governo para o ensino superior.O candidato, de 23 anos, diz querer combater a pouca informação e a fraca participação dos estudantes na vida da AAC, cuja Direcção-Geral (DG) terá de «assumir o papel de informar os estudantes» sobre as matérias que lhes tocam de perto, como «as saídas profissionais e a procura do primeiro emprego».
Defende uma «interacção efectiva» entre a DG e as secções culturais e desportivas da AAC, uma «abertura à sociedade civil», para «credibilizar a imagem» da estrutura estudantil, e uma «aposta forte na intervenção cívica»: quer os estudantes mais envolvidos no voluntariado e nas questões ambientais.Sobre o impacto dos cortes orçamentais no funcionamento das universidades em 2007, Paulo Fernandes diz que vai «atingir os mais básicos direitos dos estudantes do ensino superior» e considera os apoios [ao nível de bolsas e de acção social] claramente insuficientes».Defende um ensino superior gratuito, mas, «perante a situação actual do país», diz: «Não é possível termos propinas zero».

Álvaro Baldaia - Lista K (“Arroz kom brócolos”): Manifestaçõesà quinta, para ir para casa mais cedoDiz que lidera uma lista séria, mas os motivos por que se candidata e as medidas que propõe levantam dúvidas. Álvaro Baldaia, 21 anos, estudante de Economia, revelou ao jornal universitário A Cabra que se candidatou por ter perdido uma aposta nas cantinas. Defende mais manifestações, na sua óptica, uma matéria em que o actual presidente da AAC, Fernando Gonçalves, esteve mal. Propõe que se realizem às quintas-feiras, porque, diz, «sexta-feira não há aulas e podemos ir para casa mais cedo».Irónico, e tendo em conta a situação do desemprego crescente que afecta os licenciados, fala em parcerias com o Mc Donald’s e com a Pizza Hut, para que, no final dos cursos, os estudantes tenham acesso imediato ao trabalho. Propõe-se «investir mais na noite» e sugere o abaixamento dos preços da cerveja e das discotecas. Porque, afinal, «se vão para o desemprego, pelo menos que se divirtam durante os anos em que são estudantes».Preocupado com o descanso, sugere, ainda um dia académico por semana, sem aulas. A quarta-feira.

João Lopes – Lista N(“Voz aos nulos”)“Todos os anos ganha o projecto que mais esbanja em lixo propagandista”É uma lista de protesto, liderada pelo “sem rosto” João Lopes, que não quer dar a cara, porque não visa «atingir protagonismo», conquistar lugares na Direcção-Geral da AAC ou «ver satisfeitos interesses encapotados», mas apenas assumir-se como projecto de «crítica acérrima» ao processo eleitoral e ao modo como se desenrola a campanha.Como tem por objectivo fazer esta «consciencialização», a Lista N, que já afirmou que renunciará a um eventual mandato na DG, acha «ético não personalizar» a mensagem que pretende transmitir.João Lopes explica que «o objectivo é pacífico» e que consiste na «concentração de todos os votos (nulos e brancos) que simbolizem o descontentamento para com os moldes que definem as campanhas para os cargos da DG».A Lista N insurge-se contra os «cartazes excessivos e propaganda supérflua que contamina todos os anos a paisagem de Coimbra» e contra o «financiamento das listas por instituições (partidárias ou não) e por familiares endinheirados».«Quem não tem apoios financeiros, nunca poderá ser ouvido numa academia rotulada como livre e igualitária. Todos os anos, ganha o projecto que mais pode esbanjar em lixo propagandista», afirma João Lopes, que condena, ainda o que rotula de «caciquismo cobarde, que tenta manipular alunos susceptíveis de ser influenciados pelo mais fútil dos argumentos e mobiliza outros, cujo baixo estatuto praxista assim o obriga».



*Excertos da notícia retirados do Diário de Coimbra