A brilhante análise intensiva, feita por um habitual leitor dos Pardalitos ao nosso adversário

Historial:
A Associação Naval 1.º Maio foi fundada em 1 de Maio de 1893, sucedendo à extinta Associação Naval Figueirense. O seu nome deriva da raiz eminentemente operária que desde sempre o clube possuiu, assim como o dia escolhido para a sua implementação - o dia do Trabalhador, de 1893. Na sua fase inicial, a Naval teve por objectivo a prática de desportos naúticos, por parte dos seus associados. E foi no Remo, durante os seus primeiros anos de história, que a Naval 1º de Maio almejou alguns dos seus grandes sucessos desportivos. Mas, embora tenha nascido com uma vertente naútica, a Naval 1º de Maio foi alargando as suas secções desportivas e culturais, numa tentativa de proporcionar aos seus associados um leque variado de opções de prática desportiva e de actividades lúdicas. Assim, para além da secção naval, surgiu a ginástica, a natação, o futebol, a patinagem, os pesos e halteres, a luta greco-romana, basquetebol, tiro, esgrima, dança, entre outros. Também foi objectivo dos fundadores da Naval 1º de Maio, proporcionar um desenvolvimento cultural e cívico aos seus associados, promovendo, como era tradicional na época, actividades recreativas, de que se destacam os passeios, bailes, festas, animatógrafo, garraiada, orfeão e o teatro. Como conclusão desta intensa actividade destaque-se que a Associação Naval 1º de Maio foi a terceira colectividade portuguesa a ser reconhecida pelo Comité Olímpico Português, e é, presentemente, a quarta colectividade desportiva mais antiga do país, como 112 anos de existência. Muito do enorme espólio da Associação Naval 1º de Maio foi consumido num incêndio, que no dia 4 de Julho de 1997, destruiu a sua sede social. Com ele quase desapareceram 105 anos de história, à data, da Naval 1º de Maio. Posteriormente ao incêndio, a Naval 1º de Maio implementou a sua sede provisória no Estádio Municipal José Bento Pessoa, onde se mantém até aos dias de hoje. E pela primeira vez, na época desportiva de 2005/2006, disputou a Liga Betandwin, a mais importante competição de futebol portuguesa.
Palmarés no Futebol Sénior:
3ª Divisão - Vencedor de Série (61/62 e 67/68)
2ª Liga - Vice Campeão (2004/2005)
Plantel:Equipa técnica:
Mariano Barreto - Treinador
Luís Guilherme - Treinador-adjunto
Fernando Mira - Treinador-adjunto
Wagner Nascimento - Preparador Físico
Rogério Gonçalves começou a época como treinador principal da Naval 1º de Maio. No entanto, após a demissão de Carlos Carvalhal do Sporting de Braga, assumiu a posição de técnico principal dos arsenalistas. Aprígio Santos decidiu dar uma oportunidade a um homem da casa, Fernando Mira, até então adjunto de Rogério Gonçalves. No entanto, durante o mês de Dezembro, e após uma quebra no rendimento da Naval, optou por contratar Mariano Barreto, proveniente do Dínamo de Moscovo, voltando Fernando Mira à sua posição inicial.
A Naval tem até esta jornada 3 totalistas no plantel, o guarda-redes Taborda, o defesa direito Mário Sérgio e o habitualmente trinco, Orestes. O onze inicial tem sido formado geralmente por 10 jogadores fixos, variando apenas um elemento. Estes elementos são Taborda, Mário Sérgio, Paulão, Fernando, China, Orestes, Gilmar, Fajardo, Lito e Nei. O 11º elemento, tem sido maioritariamente Pedro Santos, que se encontra lesionado neste momento. Esta solução tem surgiu essencialmente quando Fajardo surge encostado à ala direita do ataque da Naval. A outra opção, tem sido colocar Fajardo no meio, e João Ribeiro ou Saulo do lado direito.
O melhor marcador da Naval é Nei, com 6 golos marcados, e o rei das assistências é Fajardo.
Em termos disciplinares, é Paulão, que já levou 4 cartões amarelos, foi expulso 1 vez por acumulação de amarelos e outra vez por vermelho directo.
Prestação no campeonato:
A Naval não perde desde a 12ª jornada, onde perdeu na Vila das Aves por 2-1, tendo a partir daí registado duas vitórias (2-1 em casa com a U. Leiria e 0-3 em Setúbal) e dois empates (0-0 em casa com o Benfica e 0-0 na Amadora).
Ocupa actualmente a 7ª posição, com 24 pontos, encontrando-se somente a um ponto do 4º classificado. Apresenta um melhor registo fora da Figueira da Foz, onde já acumulou 13 pontos, tendo apenas perdido na Vila das Aves.
No que toca às prestações em casa, a Naval ganhou 3 vezes (Estrela da Amadora, Beira-mar e U.Leiria), empatou 2 (Sp. Braga e Benfica) e perdeu 3 (F.C.Porto, Marítimo e Sporting).
O Jogo da 1ª volta
Data: 10/09/2006
Estádio: Cidade de Coimbra
Jornada: 2ª jornada
Árbitro: Artur Soares Dias (A.F. Porto)
Auxiliares: José Luís Melo e Marcílio Pinto
4º Árbitro: Vítor Costa
37’ – Amarelo a Pedro Santos
53’ – Vermelho a Fernando
57’ – Amarelo a Raul Estevez
68’ – Amarelo a Nei90’ – Amarelo a China
O Jogo ao intervalo: 1 - 0
Golos:
1 - 0 27' Lino
1 - 1 62' Lito
1 - 2 65' Nei
Análise Táctica:
A Naval costuma apresentar-se num sistema 4x1x1x3x1. Trata-se de um sistema muito semelhante ao habitual 4x2x3x1, mas com a existência de apenas um médio defensivo puro, ao qual está habitualmente destinado a marcação do médio ofensivo da equipa adversária.
Começando pela defesa, a Naval alinha num sistema de 4, sendo a laterais ocupadas por Mário Sérgio e China, direita e esquerda respectivamente, e a zona central por Paulão e pelo capitão de equipa, Fernando. Ainda não se sabe se Paulão alinhará de início, porque sofreu um traumatismo crânio-encefálico na Reboleira e foi suturado com 37 pontos. No entanto conseguiu recuperar a tempo de ser opção. Caso Mariano Barreto opte por não o colocar em campo, a dupla de centrais da Naval será formada por Fernando e Gaúcho.
Um pouco à frente dos centrais, a Naval alinha com um médio defensivo, que habitualmente se ocupa da marcação directa ao médio ofensivo da equipa adversária. Esta posição costuma pertencer a Orestes, no entanto, deverá ser ocupada por Solimar, uma vez que Orestes atingiu o 5 amarelo, encontrando-se suspenso para a partida de Domingo. No centro do terreno joga Gilmar, desempenhando as habituais funções de um médio centro.
A partir daqui, temos algumas variações no esquema de jogo da Naval. Mariano Barreto poderá optar por colocar Saulo ou João Ribeiro (jovem promissor de 19 anos, ex-F.C. Porto) na direita, Fajardo no meio e Lito na esquerda. Noutros jogos, a opção tem recaído pela colocação de Fajardo na direita, no entanto, a ausência de Pedro Santos, faz prever a utilização deste modelo de jogo.
O papel de ponta de lança estará certamente destinado ao poderoso Nei. Após um começo de época bastante promissor, com inúmeros golos marcados, passou por um período menos positivo, tendo no entanto voltado a marcar na 15ª jornada em Setúbal.
Pontos Fortes:
As alas da Naval desequilibram muito. Tanto João Ribeiro ou Saulo na direita como Lito na esquerda, apresentam uma grande capacidade de aceleração e velocidade, sendo muito bem apoiados pelos laterais Mário Sérgio e China. Tendo em conta os problemas que a Associação Académica de Coimbra tem vindo a apresentar nas alas, poderá daí vir o perigo da Naval. No entanto, também convém realçar a visão de jogo de Fajardo, e a poderio físico de Nei, que ficaram bem vincados no jogo da 1ª volta em Coimbra.
Pontos Fracos:
A ausência de Orestes pode ser decisiva neste jogo, uma vez que se vinha a revelando como uma peça chave no onze figueirense. Solimar apresenta apenas 70 minutos neste campeonato, podendo-se denotar a sua falta de ritmo de jogo nesta partida. Assim, Filipe Teixeira e Dame poderão ter mais facilidade para brilhar"
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