As Beiras: A Torre da Universidade de Coimbra

São 141 os degraus necessários para se chegar ao topo da Torre da Universidade. Um circuito labiríntico pelo interior de uma obra barroca de carácter italianizante e que serve de emblema à Universidade e à cidade. Se o caminho até ao varandim é apertado – não pode haver cruzamento de pessoas ao longo do percurso –, as vistas que se obtêm do cimo da Torre da Universidade compensam o esforço efectuado durante cinco minutos.
Pelo caminho, o visitante pode descansar, ainda de que forma muito breve, nos mais de 10 lances de escada situados ao nível das várias janelas e portas do monumento onde é possível olhar, também por breves momentos, para várias paisagens de Coimbra. O primeiro momento de beleza pode ser visto da zona da “cabra”. Os quatro sinos – cada um com tamanho diferente – dão já uma certa amplitude do que espera os visitantes 18 degraus acima. É ali que os tremores das pernas se começam a fazer sentir.
Tudo isto pode ser sentido este fim-de-semana por todos aqueles que, após votarem no camião das “7 Maravilhas de Portugal” situado no Parque Verde do Mondego, receberem um comprovativo de votação. Após este acto, o melhor é entrar num dos autocarros dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) – a viagem é gratuita –, entrar no Paço das Escolas e dirigir-se, entre as 10H00 e as 18H00, à Torre. Ali, estará uma funcionária da Universidade que acompanhará os visitantes até ao topo do monumento.Devido ao actual estado do edifício – o projecto de recuperação está feito mas aguarda financiamento –, só serão permitidos grupos de 10 pessoas que disporão de 15 minutos no topo (mais 10 para subir e descer) para poder usufruir dessa vista única da cidade.
Visitantes
Segundo Ana Goulão, responsável pelo circuito turístico da Universidade de Coimbra, a abertura da torre está dirigida, principalmente, para a cidade. “Muitos conimbricenses não conhecem este monumento por dentro. Esta é uma das oportunidades que têm para ver a torre antes do início das obras de recuperação”, afirmou. A responsável alertou ainda para o facto de irem encontrar as paredes com um aspecto degradado e os degraus com alguns pequenos buracos. Uma situação que não impede as visitas mas que se deve ao facto de, nos últimos meses, uma equipa de especialistas ter estado a fazer “um estudo exaustivo da patologia da pedra” e do material usado nas paredes.
A escolha do Parque Verde do Mondego para a instalação da logística do camião das “7 Maravilhas de Portugal” deveu-se ao facto de quererem envolver a cidade neste acto. Para tal, contaram com o apoio da autarquia e dos SMTUC. Refira-se que esta iniciativa irá ainda contribuir para fazer aumentar o número de visitantes que, anualmente, passam pelo Paço das Escolas e adquirem bilhete para visitar, entre outros, a Biblioteca Joanina. Os 170 mil de 2006 colocam já a universidade nos cinco mais visitados do país, mas Ana Goulão alertou para o facto de alguns milhares entrarem pela Porta Férrea e não adquirirem o ingresso, o que faria aumentar o seu número.
História da Torre
A torre foi edificada entre 1728 e 1733, em substituição de u

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