"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

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Informações

Estádio Cidade de Coimbra

Estádio Cidade de Coimbra
Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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domingo, 11 de março de 2007

Os erros de Manuel Machado


Manuel Machado chegou à Académica no início desta época com um curriculum invejável. Como técnico principal levou o Moreirense da 2ª divisão B à 1ª divisão, conseguindo manter esta mesma equipa na 1ª divisão. Depois, mudou-se para o Vitória de Guimarães, conseguindo o apuramento para a Taça UEFA, único apuramento do Vitória de Guimarães nos últimos anos. Continuando a sua carreira, mudou-se para a ilha da Madeira, onde mais uma vez apenas esteve durante uma época conseguindo repetir o resultado obtido em Guimarães, ou seja, o apuramento para a Taça UEFA. Foi assim, com grande expectativa que recebemos a notícia da contratação de Manuel Machado. Os sonhos passeavam na cabeça de todos os adeptos, falava-se numa época descansada, numa possibilidade de ir à UEFA.

A pré-época correu bastante mal, mas ninguém duvidava que esta seria a nossa época. Reforços sonantes, muitos internacionais, um treinador habituado a lutar por lugares cimeiros, faziam-nos acreditar. Nem a saída de Joeano e Zé Castro conseguiam resfrear a expectativa dos adeptos.

A época começou em Setúbal, no dia 28 de Agosto, com um empate arrancado a ferros. A exibição não foi muito positiva, mas tendo em conta que o Setúbal tinha estado presente na final da Taça de Portugal e ia participar na Taça UEFA, parecia ser um bom resultado. No entanto, a defesa parecia estar bastante debilitada, parecendo na altura que apenas seria falta de entrosamento. Nesse jogo, o quarteto defensivo foi formado por Nuno Piloto, Medeiros, Litos e Lino. Três médios defensivos, Brum, Alexandre e Pavlovic, e um trio de ataque bastante móvel, formado por Hélder Barbosa, Miguel Pedro e Raul Estevez.

A segunda jornada só se iria disputar passado 15 dias, uma vez que iria haver jogo da selecção nacional. Parecia ser o ideal para a nossa equipa poder ter mais tempo de entrosamento. Dia 10 de Setembro recebemos a Naval, equipa com a qual nunca tinhamos perdido, parecendo por isso ser o adversário ideal para começarmos a embalar para uma época de bons resultados. Manuel Machado trocou Litos por Danilo, uma vez que este tinha sido expulso em Setúbal. O resto da defesa manteve-se, trocando Pavlovic e Miguel Pedro por Filipe Teixeira e Gelson. Nem começãmos mal o jogo, chegando a intervalo a vencer por 1-0. Inicio da segunda parte, Fernando, capitão da Naval é expulso, parecendo a vitória estar garantida. No entanto, a partir deste momento, a Naval dominou completamente o jogo, dando a volta ao marcador, podendo inclusivé ter dilatado ainda mais a vantagem. A época foi-se desenrolando, alternando boas exibições como no Bessa, com exibições péssimas como com o Nacional nos dois jogos. A Taça de Portugal ainda nos foi fazendo sonhar um pouco, mas com a eliminação veio o descalabro.

Sinceramente não me recordo duma época tão má em casa. Em 10 jogos disputados, apenas vencemos por 3 vezes, frente ao Aves, Beira-Mar e Estrela da Amadora. Empatámos com o Belenenses logo na 3ª jornada, e tivemos 6 derrotas. É inadmissivel que se obtenham este tipo de resultados em casa. Certamente não será por falta de apoio dos adeptos que os resultados não têm aparecido, bastando para isso comparar os resultados do Leiria em casa, que pouco apoio tem, onde apenas perdeu por uma vez. Como é possível esta ter sido a 5ª derrota consecutiva no Estádio Cidade de Coimbra? Mesmo que em alguns jogos tenhamos tido algum azar ou erros de arbitragem, nunca 5 derrotas consecutivas podem ser justificadas.

Em diversos jogos em casa, Manuel Machado optou por trocar um médio defensivo por um ala ou por um ponta de lança. O resultado desta alteração foi sempre o mesmo, perdemos o meio campo defensivo, deixamos de criar oportunidades de golo, e normalmente permitimos que os nossos adversários dilatem a vantagem. Isto sucedeu frente a Setúbal, Boavista e Paços de Ferreira.

Outro dos erros habituais de Manuel Machado, é colocar Filipe Teixeira na ala esquerda, em vez de manter a aposta em Lino. Como se sabe, Filipe Teixeira não é um jogador rápido, sentindo enormes dificuldades para jogar em velocidade na ala. Ainda hoje sucedeu esta alteração, tal como já tinha surgido em muitos outros jogos. Por outro lado, a colocação de Lino a defesa esquerdo nunca se revelou uma aposta segura, uma vez que se trata de um jogador que ataca com muita qualidade mas que apresenta muito mais dificuldades em defender.

A aposta sistemática em Gyano para ponta de lança também se tem revelado no mínimo desafortunada. Um jogador nitidamente com falta de confiança, que com o acumular de oportunidades de golo perdidas, para além de prejudicar a equipa, também contribui para ficar com cada vez menos confiança nas suas proprias capacidades. Já foi titular por 10 vezes, tendo alinhado como suplente utilizado noutras 5 situações. Gelson alinhou na 2ª parte em Setúbal (bom jogo), foi titular no jogo seguinte em casa frente à Naval, foi novamente titular contra o Belenenses em casa, fazendo o nosso golo nesse encontro. Depois alinhou na 5ª jornada frente ao Nacional e na 6ª jornada em Paços de Ferreira. Desde aí nunca mais teve qualquer oportunidade para alinhar a titular, tendo vindo a alternar desde aí entradas na 2ª parte em fases de desespero, para posições por vezes muito pouco apropriadas, como extremo direito em Alvalade, e ausências da convocatória.

Ainda está para vir o jogo no qual Medeiros alinhe e vencemos. Medeiros alinhou a titular em 7 partidas até ao momento. Setúbal fora e em casa, Naval em casa, Belenenses em casa, Boavista fora, Nacional em casa e Paços de Ferreira em casa foram os jogos nos quais Medeiros alinhou. Os resultados destes encontros, foram zero vitórias, 3 empates e 4 derrotas, 12 golos sofridos. Não tenho nada de pessoal contra o jogador Medeiros, mas simplesmente não apresenta qualidade suficiente em campo que justifique a sua titularidade.

Muitos outros erros poderiam ser abordados, tais como demora na realização de certas substituições, e falta de preparação da equipa para as bolas paradas, tanto ofensiva como defensivamente.

Independentemente de todas estas circunstâncias, todos nós queremos o melhor para Associação Académica de Coimbra, por isso temos todos que marcar presença na Vila da Aves no próximo Domingo, para apoiar a nossa equipa. Só assim será possível vencer e evitar os fantasmas da descida de divisão. Força Briosa!