Mês de Junho, mês de grandes decisões na Académica

O advogado do presidente da Académica, Rodrigo Santiago,assegurou que o mês de Junho será o mês decisivo quanto ao despacho de pronúncia ou não pronúncia do seu constituinte, José Eduardo Simões.
“O meu constituinte vai ser ouvido durante este mês para dar explicações à Sra. Juíza, que por sua vez marcará o debate instrutório. Na sequência desta fase, será conhecido o despacho de pronúncia ou não pronúncia e aí saber-se-á se haverá ou não julgamento do caso”, afirmou Rodrigo Santiago."

Esta fase do processo deveria ter acontecido nos finais de Abril, mas uma diligência feita por outro arguido de Cascais, um dos empreiteiros (o outro é de Pombal), fez atrasar todo o processo em que o presidente da Académica está directamente envolvido.
O presidente da Académica é acusado, desde Dezembro de 2006, de oito crimes de corrupção passiva, quatro por acto lícito e outros quatro por acto ilícito, cuja moldura penal pode ir de três a oito anos de prisão.

Os crimes reportam-se ao tempo em que José Eduardo Simões foi Director do Urbanismo da Câmara Municipal de Coimbra e terá, alegadamente, recebido verbas em favor da Académica de Coimbra. Um dos casos mais conhecidos é o da Urbanização Jardins do Mondego, prédio que foi por si licenciado e se encontra embargado há bastante tempo.

José Eduardo Simões é presidente da Académica, eleito desde Dezembro de 2004, no entanto, ocupa cargos directivos no clube desde o tempo da direcção do presidente João Moreno, ou seja, desde 2003.
Deixou o cargo que ocupava na Câmara Municipal de Coimbra, em Dezembro de 2005.