TBZ: insolvência à vista?

"TBZ pede plano judicial de recuperação financeira
A TBZ, empresa de licenciamento desportivo que trabalha com FC Porto, Benfica e Sporting, pediu um plano judicial de recuperação financeira que lhe permita "estabilizar em três anos", conforme disse hoje à Lusa o presidente João Barroqueiro.Diário Económico Online com Lusa
"Agora o futuro vai ser mais tranquilo. Com esta medida legal, que visa aumentar a nossa robustez financeira, vamos poder cumprir todos os pagamentos com os nossos parceiros (banca e indústria), mas em prazos mais alargados", esclareceu João Barroqueiro.
Segundo o empresário, este ano foi feita uma reestruturação com a TBZ a abandonar "negócios deficitários", entre os quais a exploração do bingo do Sporting, que teve um prejuízo de 1,2 milhões, em virtude do espaço ter estado 15 meses fechado por falta de licença.
A empresa também entregou as lojas que explorava ao Sporting e Académica, o mesmo sucedendo com o FC Porto, neste caso em relação a quatro espaços comerciais.
Mesmo assim, a empresa de João Barroqueiro mantém contratos, "por vários anos, com os três maiores clubes portugueses, "nomeadamente em termos de licenciamento, promoções, distribuição e catálogos, entre outros".
"Através destas e outras medidas, acreditamos que em três anos a empresa voltará a ter a condição financeira sólida que a caracterizou durante grande parte da sua existência", vincou.
A TBZ, que emprega actualmente cerca de 100 funcionários, também fechou escritórios em Espanha, onde chegou a ter negócios com o Real Madrid.
"Com o abandono de algumas áreas de negócio, prescindimos de 67 postos de trabalho. Também reduzimos custos com a mudança de escritório da sede, subcontratação da operação de logística, redução de pessoal e de gastos gerais. O resultado desses cortes complementares é a poupança de 1,6 milhões de euros num ano", vincou.
Em Setembro de 2008, o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da TBZ era de cerca de 1,5 milhões de euros, estando previsto para o corrente ano perto de dois milhões.
Em 2010 a previsão aponta para os três milhões de Euros, mas Barroqueiro desvalorizou a "dúzia" de processos em tribunal contra a TBZ - "normais no fornecimento a mais de 10.000 clientes" -, lembrando que a empresa moveu "mais de 400 processos por uso indevido de marca, todos com pedido de indemnização".
O empresário classificou ainda de "normal" um passivo que rondará os cinco milhões de euros: "não é preocupante para quem factura 20 milhões por ano. O nosso problema é de liquidez financeira e não económico.”
In Diário Económico. Itálico nosso.
Pois é, quais serão as consequências para a Briosa? É que sem o cacau da TBZ vai ser um Deus me acuda… De notar que segundo o Diário de Coimbra de há dias, o famoso contrato OAF/TBZ havia sido renegociado para valores mais reduzidos, sem ter entrado contudo o jornal em outros pormenores. Afinal, ao que tudo indica, nem essa nova verba entrará nos cofres da nossa Instituição.
Auguram-se plúmbeas tempestades. Veremos se o Presidente terá unhas.
Tenho dito.