D.Coimbra: Académica poderá rescindir com tbz

Académica poderá anunciar hoje rescisão de contrato com a TBZ A Direcção da Académica poderá, tudo indica, anunciar hoje a rescisão de contrato com a TBZ depois de uma saturada análise que tem sido feita nas últimas semanas pelo Departamento Jurídico da Briosa.Pese embora a convocatória para a Conferência de Imprensa não adiante o assunto da mesma (limita-se a falar em «informações de extrema importância para a Académica»), o Diário de Coimbra sabe que o assunto em cima da mesa é a TBZ e que a decisão será a de colocar um ponto final numa relação que dura desde 2003.Já no anterior contrato, a Direcção da Académica tinha ponderado dar este passo perante os constantes incumprimentos de pagamento da TBZ mas juridicamente foi alertada para os riscos dessa decisão. Agora, ao que apurámos, o novo contrato, assinado há pouco mais de um mês, é mais claro nas exigências pelo que poderá ser mais “fácil” rescindi-lo com “justa causa”.Este desfecho, que parecia afastado depois do novo acordo de Outubro, ganhou nova consistência com a polémica em torno da bilheteira do jogo Académica-Benfica. A Direcção da Briosa terá ficado agastada com o facto do presidente da TBZ pretender usar a receita do jogo (que tentou levantar sem sucesso) para fazer pagamentos de outros negócios não relacionados com a Académica e com o Estádio Finibanco. A troca de acusações e de acções na Justiça agudizaram o ambiente e a demissão de António Silva, director-geral da TBZ em Coimbra, também terá sido motivo para a Académica acompanhar a situação ainda de mais perto. Aliás, ao que apurámos já houve pelo menos mais uma saída dos quadros da TBZ em Coimbra e as notícias relacionados com problemas financeiros da empresa sucedem-se.Estarão assim reunidas as condições para José Eduardo Simões anunciar hoje o fim da ligação com a TBZ ou para lhe dar um (muito curto) prazo para regularizar um conjunto de condições estabelecidas neste segundo contrato e que ainda não estão cumpridas. Uma delas, por exemplo, será a abertura de uma conta bancária com algumas especificidades onde é depositado o dinheiro das bilheteiras. A Académica, desde o jogo com o Benfica, que tem pedido por fax à TBZ o NIB dessa conta mas sem sucesso.

Nota de rodapé: Em primeiro lugar não consigo entender, como é que se assina a renovação de um contrato há pouco mais de 2 meses, para agora se rescindir.
Em segundo lugar, penso haver o perigo de não ser José Eduardo Simões e seus pares a arcar com as consequências futuras de tal rescisão. Assim sendo não era preferível convocar uma assembleia geral para expor o problema?
Confirma-se que o Conselho académico não passa de um órgão que não serve para nada. Se nem nestas problemáticas é ouvido, quando será. Quanto a isto estamos conversados.