"Pardalitos do Choupal"
Associação Académica de Coimbra
Com a devida vénia ao semanário "Despertar"
O abismo entre o possível e o real. Possível manutenção. A real descida. No tempo. Neste tempo. O destino. A grandeza. O projecto. O trabalho não realizado. A classificação parada. Salvação que se adia. Os pontos perdem-se. As jornadas esbanjam-se. É o preço do embaraço. Vencidos. Pobrezinhos. Humilhados. Ofendidos. Mudos. Cegos. Amedrontados. Famintos. A Briosa merece tudo. Sem culpas. Sempre que os sinos tocam é Académica. Que ri. Que chora. Mas nunca falta. Nunca hesita. Começar em vez de recomeçar. Que se some e não se destrua. Um patamar de todos. Mais longe. Mais alto. Para além desta negação classificativa. Que exclui. Vitimas do mal que ninguém quis. Aflição a cada jornada. Aflição do lugar. A consideração de ser tarde. De ser pouco. De ser menos. A exigência de tocar a flauta. Que a Briosa entende. Que a razão escuta. Foi assim. É assim. Nesta Velha Senhora Académica. Há muito tempo. E hoje. E sempre. Em nome de muitas coisas. As que se entendem. As que não se entendem. Levantar voo. Ao entardecer. A qualquer hora. Como a coruja de Minerva. O lugar próprio. A palavra. O cunho certo.
Lucílio Carvalheiro
Coimbra,
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