"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

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Informações

Estádio Cidade de Coimbra

Estádio Cidade de Coimbra
Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

AS BOAS VINDAS


Com a devida vénia ao Despertar


Na fábula do novo herói da Académica é o regresso à aldeia que justifica as penas sofridas e as empresas levadas a cabo nos grandes palcos do futebol. Todavia, as boas vindas oferecidas pela Académica foram inócuas. Até André, ele próprio, para dar dignidade ao acto, se viu obrigado a descrever a Académica como um luxuosíssimo hotel de férias, piscinas de água aquecida, campos de golfe, cinemas particulares e restaurantes com caviar fresco do Irão, serviço de primeira. Mas que necessidade havia….não te percebi, André Villas Boas.

Ouvindo-te, voltei a recordar Sartre. Que tem o Sartre a ver com isto? «As mãos sujas». Último acto, quinto quadro, terceira cena: «Como estimas a tua pureza, rapaz! Como receias sujar as mãos! Pois bem, continua puro! Para que servirá? E por que vens ter connosco?....».


Se me permitis, continuarei a “usar” o pensamento e o léxico de Sartre: Quando te deram a bandeira da Académica, a mais nobre, a mais pura, reparaste naquelas manchas acastanhadas. Não, não tenhas ilusões, não são marcas da ferrugem do tempo, são resíduos do sangue vertido ao longo da sua história centenária, mas também resíduos de merda, e mais frequentemente de merda que de sangue. A merda dos vencidos, a merda dos vencedores, a merda dos bons, a merda dos maus. Claro que muito depende do sangue vertido, da merda expelida. Para conheceres a verdade terias de interrogar as criaturas ultrajadas, injuriadas, enganadas com o pretexto de tornar a Académica mais virtuosa, e de acordo com esses testemunhos estabelecer uma estatística das infâmias, das barbaridades, das porcarias vendidas como virtude, clemência e pureza.


É que, meu Caro André Villas Boas, na Académica, quer se combata do lado certo (certo para quem?), quer se combata do lado errado (errado para quem?), todos os grandes gestos ceifam vitimas sem piedade – tens um rico trabalho pela frente, lá isso é que tens. Digo-te que só há uma coisa que me preocupa neste trabalho: não teres um meio de salvação em caso de necessidade; nem o teu Dom Quixote apertaria a mão a um escorpião. Há um limite para tudo, até para as mãos sujas, e além disso como é que uma pessoa pode apertar a mão a um escorpião? Um escorpião não tem mãos, tem pinças!

Razão para apareces repentinamente na Académica? É preciso explicar mais, dizer por que razão um homem que começou com “bombas” acaba a lutar com “papeis”. Uma coisa estranha, sim, realmente estranha. Ninguém descobriu nada, nem o Vice-Presidente para o futebol, de maneira que o tem de ser, é. O que tiver de ser será. E é então que lhe dou as boas vindas e retomo o louco banquete da Académica, de lebres, lúcios, faisões, lagostas, perdizes, cabritos, vitelas, tudo recheado de desespero. Por que lhe digo estas coisas? Porque…vamos recomeçar o “nosso” campeonato – a política dos equilíbrios (Les uns et les autres – a Direcção e os outros); encarregando-o além disso de renovar a promessa de que a sua colaboração será cada vez mais reforçada, no interesse recíproco de ambos os lados.


Assinado: Les autres.


Lucílio Carvalheiro


Coimbra, 19 de Outubro de 2009