"Pardalitos do Choupal"
Associação Académica de Coimbra
Todos sabemos que as acções humanas são egoístas, motivadas pelo interesse pessoal. Também sabemos que tem variantes na psicologia individual, na psicologia do comportamento, no utilitarismo, na religião, no marxismo vulgar; mas nenhum exemplo de uma acção altruísta é capaz de refutar a opinião de que houve um motivo egoísta por detrás dela.
Se formos verdadeiros haveremos de convir que na Briosa “tudo isso existe, tudo isso é fado”.
Tendo feito esta nota prévia avanço para o argumento da necessidade da realização urgente de um Congresso Briosa. Esta necessidade pode ser ilustrada pelo número e por quem assiste às Assembleia-Geral (AG) da AAC-OAF. Acontece que se não se vislumbrar que alguém apetrechado com “faca na liga” faça “sangue”, para o quórum (50 sócios) da AG, haverá esperas por tempo indeterminado, telefonemas apelativos de ocasião, correrias e, sem qualquer motivação, 50 presenças “decidem” por uma dezena de milhar; que coisas é que hão-de ser, invariavelmente, os seus acontecimentos individuais; o que é que constitui uma prioridade ou uma relação; ou, por outras palavras, o que é que constitui uma relação de tanto alheamento pela Briosa por parte de tantos milhares de sócios?
E são 50 – sempre os mesmos – que “decidem” a que género de perguntas é que queremos que a AAC-OAF responda. Ora, se construímos o nosso mundo Académica de maneira que essa frequência mínima seja norma, qual é a probabilidade, por exemplo da alteração estatutária em discussão, corresponder à aproximação razoável ao valor objectivo?
Pois bem. Na fase que acabo de descrever, os sócios da Briosa usam a regra do «empata» na sua forma mais primitiva. Este problema é tão trivial que não vale a pena fazer nenhum esforço para a demonstração.
Afirmo, assim, a existência de uma lógica em que se menosprezamos este problema, a situação leva-nos à pergunta: «a que grau é que o nosso conhecimento, ou a nossa ignorância, do que é a Briosa nos permite prever um dado futuro?». Estou interessado no comportamento desse dado, e igualmente o estão, julgo eu, a maioria dos sócios.
Por tudo, se entenderá que o repto que lancei à Direcção (última AG) no sentido da organização rápida de um Congresso Briosa, não é, pois, uma hipótese, uma arrojada inovação, uma conjectura, uma suposição que possa ser submetida a dúvidas. Antes nos é imposto o resultado de se associar, por uma decisão completamente pensada em Congresso, o «melhor cálculo do futuro da Briosa» em função da informação acerca do presente e do passado. Aliás, penso que será o melhor modo de testar, nos nossos dias, a Académica: UMA CAUSA.
Lucílio Carvalheiro
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