"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

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Informações

Estádio Cidade de Coimbra

Estádio Cidade de Coimbra
Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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terça-feira, 6 de julho de 2010

Pedro Roma põe fim à sua carreira desportiva


«Como em tudo na vida, há um fim.
Esta foi a decisão mais difícil da minha carreira no futebol. Depois de pensar muito e analisar as circunstâncias, decidi comunicar a todos os amigos, sócios, simpatizantes da “Briosa,” adeptos de futebol no geral, que termino a minha carreira desportiva.
Vinte anos depois de aqui ter chegado, está chegada a hora de fechar um ciclo que preencheu toda a minha juventude, o culminar de um percurso que agora termina, e durante o qual procurei, dentro das minhas modestas possibilidades e faculdades, corresponder aquilo que de mim esperavam adeptos, associados, colegas, dirigentes e treinadores.
A Académica foi para mim como que uma luz que sempre me guiou na vida desportiva. Desde muito jovem, sempre sonhei um dia vestir a camisola da Briosa. Uma camisola mítica que tantos outros antes de mim souberam sublimar, exaltando-a de um modo inultrapassável, gerando empatias, conquistando adeptos, granjeando respeito, disseminando cultura através do futebol. A Académica, é importante que se diga, possibilitou a muita gente humilde e modesta o concretizar de um sonho: o de crescer como homens, valorizando-se intelectualmente, jogando futebol.
Ao contrário de muitos outros que pensando como eu, não por falta de valor, mas por caprichos do destino, sortilégio ou azar, nunca chegaram a alcançar o seu desiderato a que se propunham, eu tive a felicidade de conseguir materializar os meus anseios, jogar futebol na primeira equipa da Associação Académica de Coimbra, crescer como Homem e formar-me.
Foram vinte anos, muitos jogos – quase 400 – mais de uma centena deles em que tive a suprema honra de ser capitão de equipa. Como o foram antes Alberto Gomes, Mário Wilson, Bentes, Gervásio, Tomás e Miguel Rocha e tantas outras figuras do imaginário Briosa ao longo de décadas. Nunca me imaginei ao pé de homens tão ilustres. Não dá para equacionar a honra que se sente e simultaneamente a responsabilidade que nos pesa sobre os ombros.
Foram muitos colegas, treinadores, adeptos e associados, dirigentes que ao longo deste percurso se cruzaram comigo, com os quais convivi e aprendi e aos quais estou eternamente grato. Da enorme maioria deles recebi testemunhos de solidariedade, provas de amizade, exemplos de vida e de carácter.
Foram tempos onde tive, também, o privilégio de poder contactar e conhecer gente que eu só ouvira falar nos meus tempos de meninice. Gente que me transmitiu a chama, que me ensinou a história secular da Instituição, que formou a minha personalidade. Gente a quem eu agora quero agradecer tudo o que me proporcionou, não só o exemplo que foram (e são) como desportistas e homens, mas os aconselhamentos que me deram para poder ser dia a dia mais responsável e melhor executante.
Os últimos tempos foram difíceis, muitas vezes sofrendo no anonimato, e no aconchego da família. Foram eles, e mais alguns amigos, que me deram toda a força para continuar. Tudo o que sou a eles o devo.
Diz-se que não devemos agradecer, mas sim retribuir, mas eu gosto de fazer as duas coisas: agradecer e retribuir.
Muito obrigado a todos aqueles que me acompanharam desde sempre, especialmente à minha família, aos meus amigos, aos sócios e adeptos da Académica, amantes do futebol em geral, pois a amizade não se força, mas tem uma força que se intensifica a cada instante. 


Muito gostaria de que o meu percurso tivesse terminado de outra forma. Por uma razão ou por outra não me foi dada a possibilidade de me despedir dos meus amigos e companheiros como eu pretendia que fosse. Fica essa mágoa que o tempo ajudará a mitigar, mas que por certo não fará esquecer. Como Torga, procurei ser sempre verdadeiro na hora de todas as mentiras e dizer não na hora de todas as subserviências.
Assim, através destas linhas, eu quero agradecer também, à Comunicação Social o apoio que sempre me concedeu, e as críticas que me fizeram ser melhor, aos meus adversários nas pugnas desportivas o terem sido meus colegas de profissão, aos árbitros que uma vez por outra invectivei, a tolerância tida, e aos desportistas em geral o respeito e a consideração que sempre senti da sua parte.
O Pedro Roma estará sempre ao vosso dispor para os préstimos que dele precisem.
Obrigado a todos!»


Assinado Pedro Roma


Nota de rodapé: Em Assembleia Geral de Associados de Abril último, propus  à Direcção da Académica que se pudesse fazer um jogo de despedida a Pedro Roma, apontando os motivos dessa minha proposta. Autistamente a direcção ignorou este meu pedido.lamento mais uma vez profundamente que a Académica não saiba em vida homenagear os seus.