Académica, o abismo ao virar da esquina

É do conhecimento geral, e dos órgãos da direcção do OAf em particular, o afastamento dos sócios da Associação Académica.Afastaram-se dos seus jogos e dos seus mais importantes actos, como por exemplo das Assembleias Gerais.
Para esse afastamento, muito tem contribuído esta direcção e o seu presidente, com actos que estão a anos luz, do que são actos esperados por uma direcção e um presidente da Académica.
Há muito que sabemos que quem nos dirige não tem espírito académico e portanto por azelhice às vezes, mas deliberadamente a maior parte das vezes, praticam acções que vão matando o pouco que resta de uma Instituição que já foi grande em valores e acções.
Vem toda esta minha conversa a propósito da polémica lançada pelo impedimento de alguns sócios poderem votar.
Fui um dos 50 que estiveram na génese destes estatutos, que gastaram (perderam?) dezenas de horas para a sua aprovação. Assim entendo que a Assembleia Geral eleitoral que aí vem, seria uma oportunidade, quase única para recuperar alguns dos muitos sócios que estão afastados.
E que fez a Académica e o presidente da AG, que deveria defender qualquer sócio com unhas e dentes? Nega-lhes a o mais elementar direito de associado, o de poder votar e decidir o rumo que quer para a sua Briosa.
Para os menos atentos, digo que estou a falar de sócios, alguns com mais de 40 anos de associados. O Alberto Loureiro, seguramente o Académico vivo com mais jogos da Académica vistos, está impedido de votar pois não tinha ainda pago a quota de Abril.
Uma direcção que é lesta a enviar mensagens aos associados para irem a almoços de propaganda eleitoral, "esqueceu-se" de avisar os que tinham as quotas em atraso. Não pode ser. Não é esta a Académica que queremos. Não é esta a Académica porque muitos lutaram, até à exaustão.
A Académica perdeu esta semana mais um valor que pertencia ao seu DNA. A Académica não é por agora um clube democrático.
Estou certo que com esta atitude, muitos dos indecisos, pensarão duas vezes antes de votar nulo nestas eleições, pois há valores que não se podem perder. E José Eduardo Simões tem sido o coveiro de uma Académica de valores.