"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

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Estádio Cidade de Coimbra

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Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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quarta-feira, 23 de novembro de 2005

Um empréstimo (no mínimo) polémico...

«Empréstimo presidencial

O presidente da Académica, José Eduardo Simões, fez um empréstimo ao clube na ordem dos 3,5 milhões de euros, sendo, por isso, um dos principais credores da Briosa. A revelação foi feita na assembleia geral de anteontem, que serviu para aprovar o Relatório e Contas do exercício 2004/2005. Para que o empréstimo fosse autorizado, o Conselho Fiscal teve de dar a sua aprovação, o que acabou por concretizar-se.»

(Notícia do Jornal «A Bola», na sua edição de hoje)


Francamente não consigo compreender o que se passa hoje em dia na nossa Académica.
A permissão do Conselho Fiscal para que o presidente da Direcção emprestasse à Briosa a quantia de 3,5 milhões de euros (700 mil contos!!!) é, no mínimo, altamente polémica...
Nos termos dos Estatutos transcritos abaixo, deveria ter sido a Assembleia Geral a pronunciar-se sobre tal possibilidade até porque o caso não é virgem na Briosa. Outras direcções da Académica tiveram em tempos de sujeitar-se ao veredicto da AG para empréstimos bem menores, recordando eu, porque estava presente nessa sessão, um negócio feito com a Centralcer que até mereceu duas Assembleias, dado que na primeira não se chegou a consenso, apesar de a verba em causa ser nessa altura de cerca de 500.000 euros ( perto de 100.000 contos).
De facto, diz a alínea g) do Artº 65º dos Estatutos da AAC/OAF, que:
«Compete exclusivamente à Assembleia Geral....
Autorizar a direcção a realizar empréstimos e outras operações de crédito, cujos prazos de liquidação ultrapassem o seu mandato e excedam 10 % do orçamento do ano anterior».
E assim sendo, é forçoso deixar a questão:
Quem se responsabiliza por este empréstimo do Sr. Presidente e, mais ainda, pelo seu pagamento futuro, sendo certo que poderá ser alegado e provado que se processou de forma manifestamente ilegal, à revelia do texto estatutário?
A direcção que foi co-responsável na decisão? Os membros do Conselho Fiscal?
Não sei.
Agora que a coisa pode dar que falar, lá isso pode...
A menos que se entenda que a aprovação do Relatório e Contas por parte dos associados serve de ratificação tácita à operação.
Quanto a mim não o creio, visto que a letra e o espírito do preceito estatutário parece inequivocamente no sentido de que seja obtida a aprovação prévia da AG para os empréstimos a contrair, cujos montantes excedam os limites fixados, aliás nos termos do que aconteceu noutras ocasiões. A não ser assim não estaria vertida nos estatutos a frase: «compete exclusivamente à Assembleia Geral...»
Deixo no entanto o problema à consideração dos juristas...

16 Comments:

  • Pois, grave, muito grave! Muito grave é não ter qualquer poder negocial com a banca e necessitar urgentemente de "dinheiro fresco" para pagar dívidas deixadas pelas anteriores direcções e para reforçar uma equipa cuja falta de qualidade era óbvia. Grave! Muitíssimo grave!

    By Blogger Pedro Santos, at 23/11/05, 12:30  

  • A mim já nada me admira nesta Académica constru+ida à imagem do seu Presidente.Funcuina na base do quero posso e manda e a Assembleia Geral é um orgão menor.Por conseguinte os sócios da Briosa nos dias que passam não servem e não são ouvidos para nada...

    By Anonymous Anónimo, at 23/11/05, 12:31  

  • Caro Mário, estava nas contas, estava bem explicitado no Relatório de Gestão, porque não votou contra, se achava que as contas continham situações de ilegalidade face aos estatutos? Não percebo...

    By Blogger Pedro Santos, at 23/11/05, 12:43  

  • Há situações em que são necessárias medidas urgentes e que não se compadecem com adiamentos. Ter os jogadores sem receber ordenados, ou perder a contratação de um jogador, por não ter dinheiro disponível da altura, não me parece uma possibilidade viável. Se tivesse havido uma Assembleia Geral para discutir este assunto, e se as coisas fossem postas desta maneira, tem alguma dúvida que o empréstimo seria aprovado? Eu não tenho. Tal como o Relatório e Contas se, eventualmente, esse empréstimo tivesse sido rejeitado as implicações teriam sido bastante graves, não lhe parece?

    By Blogger Pedro Santos, at 23/11/05, 13:45  

  • Um empréstimo deste género só é realizado sem previamente consultar a AG porque o planeamento foi mal feito!

    Se o planeamento da época fosse bem feito chegar-se-ia a uma altura da época em que se deveria saber se era necessário dinheiro fresco ou não! O dinheiro não acaba da noite para o dia! Pelo menos o meu não e muitas vezes ando a contá-lo coroa a coroa nos últimos dias do mês!

    Os estutos existem para alguma coisa é.

    Cumprimentos,

    RC

    By Blogger RC, at 23/11/05, 14:28  

  • o pedro santos tem toda a razao. ganda jes.
    falam falam mas se nao fosse o jes ja tavamos como outros clubes.
    voces queriam ter euros como o jes, p isso falam.
    o cardantas é que tinha razao na cronica do outro dia.

    By Anonymous Anónimo, at 23/11/05, 14:36  

  • Vão recorrer no processo do Marcelo

    Pois é, a direcção vai recorrer da decisão do tribunal que deu razão ao Marcelo.
    Boa! Assim ainda vão agravar mais o défice. É que no lugar dos 170 mil euros, vão ter de pagar mais: juros e custas do processo. Mas quem é teimoso, quer sempre ter ter razão...

    By Blogger Mr _Kent, at 23/11/05, 14:39  

  • Invejosos...
    O que vocês queriam era ter disponíveis 700.000 contos para DAR à Académica...
    Parabens a quem tem um mealheiro assim.

    By Anonymous Anónimo, at 23/11/05, 16:23  

  • antes de mais: obrigado presidente por ser tão generoso...."emprestrar", hoje em dia 700.000 contos a alguem, neste caso a um clube, nem dá pra desconfiar de nada.
    depois dos agradecimentos só uma questãozita: o dinheiro da TBZ e dos Patrocinadores, neste momento,que despesas cobre da nossa briosa?

    By Anonymous Anónimo, at 23/11/05, 17:23  

  • Caros amigos, se lerem bem o alinea g)do artigo 65º, vão perceber o seguinte; só é necessário a autorização da assembleia para os emprestimos superiores a 10% do orçamento se o pagamento do mesmo ultrapassar o mandato d direcção que o faça.

    Isto só quer dizer uma coisa, este emprestimo será pago ainda no tempo desta direcção. Vendas de atletas no final da época!

    Vejam se percebem as coisas, não se façam de desentendidos, Obrigado JES, pelo apoio a grande Briosa.

    By Anonymous Anónimo, at 23/11/05, 17:35  

  • Meu Caro Sacerdote
    Com todo o respeito deixe que o corrija, efectivamente já houve contas reprovadas e por paradoxal que possa parecer muito me honro de terem sido as ´do meu mandato como Presidente do Conselho Fiscal.
    Digo que muito me honra por absurdo, ou seja: pela primeira vez certificadas legalmmente, pela primeira vez credíveis, transparentes, tanto ou tão pouco que foram a base do "sucesso" de quem quem quiz assaltar o poder.
    Quanto ao "empréstimo" do montante em referência por parte do Eng. José Eduardo Simões haverá que ser analisado sob dois pontos de vista, a saber:
    a) não é emprestimo individual mas sim e tão-só responsaabilidade individyal ou compartilhada como avalista em operação bancária corrente. Se assim for e é este o meu convencimento, a operação é limitada no tempo, operação de gestão corrente, que o Conselho Fiscal não pode obstar; assim como não tem que ir à Assembleia-Geral.
    b)Se por outro lado é um reforço de tesouraria efectivo, aqui também sob o ponto de vista legal nãda há a obstar, porquanto será sempre de considerar que está em "conta-corrente" ou seja não sob a forma de "contracto de empréstimo".
    Dito isto, não creio que se devam aprovar ou reprovar contas porque o senhor "A" disse isto ou aquilo. As contas são coias muito sérias e que têm de ter suporte documental legal e sério.
    O que me incomoda é a gestão global que entendo ser danosa e de um discurso para os sócios totalmenta falacioso, porquanto:
    1) Sem prejuíso de considerar que o negócio de parceria com a TBZ é um optimo negócio sob o ponto de vista genérico não posso deixar de "condenar" o mesmo não ter sido ractificado em Assembleia-Geral. Aqui sim, o contrato vai para além do actual mandato e o Conselho Fiscal devia actuar.Os sócios, com certeza comprenderão, perfeitamente, que não têm que ter conhecimento detalhado do mesmo (clausurado) mas têm o direito de saber as condições, os encargos, as responsabilidades de uma sempre eventual rescisão.
    b)A gestão dos recursoa financeiros é, para mim, danosa porque dado o seu fluxo como nunca visto - parece que a "torneira secou" por isso o que se discute sobre "dinheiros pessoais" que agora têm de aparecer para não ser cópia do "barbas" - foi desperdiçado na "bola dentro da balisa" e ela não entra como o esperado.
    Não se aproveitou esse fluxo já não digo para diminuir o passivo mas, tão-só, mantendo-o em níveis controláveis. Atênção ao que diz o ROC ponto 10.4.
    3)As obras no Complexo Desportivo Francisco Soares poderiam estar já concluidas se para tanto houvesse capacidade negocial com a Sociedade Figueira Praia ou seja levar por diante o que está plasmado em documento oficial outorgado pelas duas partes Sociedade Figueira Praia e AAC-OAF. Aqui teria que se pedir desculpa à memória do Dr. Frncico Soares e o conjunto desportivo e o ou imóveis , por reipeito à denominação contractual passaria a denominar-se «REPUBLICA DO DESPORTO DA ACADEMICA».
    3)Não faz sentido obbter autorização para adquirir o edificio dos Arcos do Jardim, despejar quem lá estava, e nada dizer sobre a evolução dos acontecimentos...
    Já vai longo e por aqui me fico...
    Um abraço do
    Lucílio Carvalheiro

    By Anonymous Anónimo, at 23/11/05, 18:35  

  • Outra coisa que não percebo é falar-se desse empréstimo como sendo uma novidade saida no jornal "A Bola". Mas as pessoas não estiveram na Assembleia Geral? Estavam distraídos? Não ouviram quando se falou no assunto e a Direcção (com letra maiúscula) explicou que não era necessário aprovar o empréstimo em Assembleia Geral?

    Caro Negruma, o Vitória de Setúbal não podia pagar ao Hugo Alcântara nem aos que contratou. Compreendo que para si o Vitória seja um exemplo de boa gestão, não interessando o facto menor de não pagarem a ninguém. Para mim, esse é um exemplo a não seguir e espero que a Académica não caia novamente na vergonha de ter salários em atraso e de andar nas bocas do mundo por isso mesmo como, infelizmente, já aconteceu.

    By Blogger Pedro Santos, at 23/11/05, 20:44  

  • Caro Sacerdote,
    Quem se atreve a não estar de acordo?
    Um abraço do ´
    Lucílio Carvalheiro

    By Anonymous Anónimo, at 23/11/05, 21:03  

  • A ignorância, por vezes, até é cómica:"ficar a dever não é crime". Ai não?!?! Experimente ficar a dever à Seg. Social os descontos de responsabilidade dos trabalhadores; ou às finanças as retenções na fonte efectuadas, e depois venha-me dizer se é ou não crime! Enfim, quanto à "idade mental" para discernir estas questões, estamos conversados!

    Quem trouxe o Vitória de Setúbal para a discussão foi o senhor que afirmou que deixaram sair o Alcântara porque não lhe podiam pagar os salários. Eu pergunto-lhe: e aos outros que contrataram, têm pago os salários??? Essa afirmação quer dizer o quê, afinal? Não quer dizer que concorda com o que os dirigentes do Setúbal fizeram? Se não quer dizer isso, porque raio é que deu esse clube como exemplo? AHHH, é porque se trata do Alcântara, não é? O cerne da questão não são os salários altos ou baixos, mas sim tentar dar mais uma alfinetada na direcção e no jogador!

    Quanto a insultos, penso que quem se der ao trabalho de ler os meus comentários e os feitos pelo Sr. Negrume, poderá constatar facilmente quem é que insulta. Não sei qual é a idade do Sr. Negrume, nem me interessa. Quanto às "duas palmadas no rabo", quando o senhor tiver a CORAGEM de se identificar, eu respondo-lhe. Se quiser, pode ser PESSOALMENTE!

    By Blogger Pedro Santos, at 24/11/05, 13:44  

  • Concordo que esta discussão foi longe demais e, sinceramente, nunca pensei que aquela minha frase pudesse suscitar uma reacção tão incisiva da sua parte, por isso, apresento as minhas desculpas. Quanto ao Vitória de Setúbal, é verdade que está a fazer uma época excepcional mas isso fica a dever-se ao seu treinador que, para surpresa minha(devo confessar), revelou-se um profundo conhecedor do mercado e de como por a jogar a equipa em função dos atletas de que dispõe. Quanto à direcção, pelo vistos concorda comigo, é uma lástima e uma vergonha para todos os verdadeiros vitorianos, estou certo. Por acaso sabia que, enquanto os jogadores e equipa técnica esperavam (esperam?) pelos seus salários (alguns da época passada), o administrador da SAD, e presidente do Vitória de Setúbal, recebia a tempo e horas o seu, que, por acaso, é bastante chorudo? Pois é! Talvez por isso me tivesse insurgido contra o exemplo que deu, pois lembro-me muito bem quando o problema dos salários em atraso assolou a nossa Briosa, vindo o João Alves para a praça pública dizer o que se passava; recebendo telefonemas a meio de um jogo (com o FC Porto nas Antas) a dizer-lhe que os cheques que tinham passado para pagamento de salários não tinham cobertura; etc., etc. Tudo isso me entristeceu bastante porque foi nessa altura que a nossa Briosa esteve mais perto de se confundir com qualquer outro clube. Foi nessa altura que as nossas diferenças em relação aos outros se esbateram muitíssimo, e não agora!

    Um abraço, e reitero mais uma vez o meu pedido de desculpas!

    By Blogger Pedro Santos, at 24/11/05, 15:41  

  • Caro Negrume, nunca disse que o Dr. Campos Coroa era o principal responsável pela vergonha que se passou. Aliás, para mim, ele até deve ser um dos que menos culpas no cartório terá. O problema é que era ele o presidente da direcção na altura, e isso não se apaga... Aliás, penso mesmo que o Dr. Coroa é um grande académico, que sente a Briosa com todo o seu coração (talvez esse tenha sido o seu maior erro)! Quem é que se pode esquecer daqueles festejos em Chaves depois de conseguida a manutenção?

    Um abraço!

    By Blogger Pedro Santos, at 24/11/05, 16:10  

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