«Presidente honorário» da Briosa: A reparação de uma JUSTA injustiça…

Aclamada com a unanimidade de uma Assembleia-Geral agradecida ao seu presidente, a proposta da então Comissão de Gestão da nossa Briosa de tornar o Dr. João André Moreno, presidente honorário da AAC/OAF prestigiou a instituição, engrandecendo quem a colocou à consideração dos nossos associados, designadamente alguns dos actuais dirigentes.
Nada mais justo do que reconhecer uma vida dedicada à Académica, como foi a do saudoso Dr. João Moreno, que sempre disse presente nos momentos difíceis, mesmo quando esses o eram, não só para a vida da instituição, mas pessoal e particularmente também para si próprio.
Estive nessa Assembleia-Geral e, por já na altura pensar assim, não hesitei um só segundo em votar a favor, juntando-me gostosamente à aclamação sublinhada no final da votação pelo nosso presidente da Mesa da Assembleia-Geral, Dr. António de Almeida Santos.
Serei, consequentemente, insuspeito ao falar deste assunto, sendo que sou dos que pensam que a JUSTÍSSIMA distinção atribuída então ao Dr. Moreno, caberia já na altura, por idênticas razões, a outros académicos de similar estatura, que, também eles, presidindo aos destinos da instituição, contribuíram decisivamente para que a Briosa se engrandecesse, à medida do que é hoje
Recordo desde logo três nomes, para referir apenas aqueles que conheci pessoalmente no exercício do cargo e que infelizmente já desapareceram do nosso convívio académico:
Jorge Anjinho, Fernando Mendes Silva e José Paulo Cardoso.
Três nomes que são exemplos suficientemente ilustrativos para me dispensar de citar outros, de idênticos méritos académicos e seguramente de igual empenhamento, na liderança da nossa Académica.
Três nomes de uma lista que não é fechada, mas que, por si só, me levam a sujeitar à discussão dos visitantes do nosso blog a ideia de que deveriam ser distinguidos também, em breve, e a título póstumo, com o grau de «presidentes honorários» da Académica/OAF, ou com título de igual dignidade, se se entender que o mesmo só deve ser atribuído a ex-presidentes ainda vivos
Tal entendimento mais não significa que defender a reparação da «justa injustiça» que significou atribuir tal grau ao Dr. João Moreno, sem ter homenageado os demais com idêntica – e igualmente justa – distinção.
Creio sinceramente que nenhum académico contestará a ideia.
Ela seria tão só fazer juz à história, reconhecendo – antes tarde do que nunca – o trabalho exemplar de três presidentes já desaparecidos e expressando nesse reconhecimento o respeito e a saudade que nos merece a memória do Dr. João André Moreno, o único justamente distinguido, até à data, como NOSSO presidente honorário…