"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

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Informações

Estádio Cidade de Coimbra

Estádio Cidade de Coimbra
Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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segunda-feira, 27 de março de 2006

AO RELENTO XXIII: Ainda sobre a Equipa "B"

POR NOS PARECER IMPORTANTE ESTA DIALÉCTICA SOBRE A EQUIPA B, PASSAMOS ESTE POST PARA CIMA, DE FORMA A QUE A DISCUSSÃO CONTINUE.


Já várias vezes fiz algumas considerações e comentários em alguns textos recentemente publicados sobre um projecto que foi abandonado prematuramente. Refiro-me como já perceberam à nossa extinta equipa B.
Porque tenho sido insistentemente questionado sobre ela, vou hoje tentar elucidar os mais desatentos sobre muitas das vantagens que nela encontrei enquanto seu treinador. Este espaço "insistentemente" teórico leva-nos "matematicamente" à descoberta de uma realidade, que se transformou na prática, na consumação de muitas "vitórias", traduzidas em sentimentos que hoje se misturam entre a razão e o coração! Explico porquê:

Como é do dominio público, exerci durante quase 14 anos o cargo de treinador de todos os escalões de formação da Briosa. Por coincidência, ou talvez não, com a particularidade de ter acompanhado de perto a evolução sócio/desportiva de dezenas de atletas formados na nossa "cantera". De tal forma, que durante a década de 90 e parte da seguinte tive o privilégio de trabalhar com alguns daqueles que hoje fazem parte do nosso plantel sénior. São parte integrante da minha vida desportiva e quase diria familiar.
Nesse sentido, falo do que sei ( perdõem-me se não estou a ser modesto ), do que imaginei um dia e fundamentalmente, do que com outros ajudei a construir.
E tudo nasce em 1990, quando por "obra do acaso", surgem no Campo de Sta Cruz uma série de miúdos, praticamente todos ao mesmo tempo, com grande capacidade, com muito talento ( como posteriormente se veio a confirmar ) e com uma enorme vontade de aprender e evoluir.
Cresceram juntos ( dos 7 aos 21 anos ), construiram um trajecto social quase comum, fizeram amizades inseparáveis e viveram juntos um "espírito" que fez deles grandes académicos e excelentes praticantes. Conseguimos de certa forma, formar um grupo que mais parecia uma família.
Passada esta pequena, mas importante introdução, todos se recordarão que na época 2001/2002, a Académica ascende ao principal escalão do nosso futebol. Se em mãos tinhamos a possibilidade de continuar um trajecto que até ali tinha dado excelentes resultados, porque não consumá-lo com a construção de uma equipa B ? Estavam todas as condições reunidas para que assim fosse. Briosa na 1ª Liga, um conjunto de jovens atletas (maioritariamente estudantes e já Universitários ) com grande talento, grande espírito competitivo, com alguma cultura técnico-táctica e fundamentalmente com uma mística que encarnava na verdadeira acepção da palavra o ideal Académica.
Se na vida e até como técnico encontro dúvidas diariamente, imaginava-me naquele momento com a certeza, que parte do futuro da nossa secular Instituição estaria ali assegurado.

Por alguns factores determinantes que passo a enumerar:

1º- Ascendiamos competitivamente ao topo de uma pirâmide, que concentrava no mesmo escalão ( 2ª divisão B ), atletas perto do fim das suas carreiras ( algumas construidas na 1ª Liga ) e por isso com imensa experiência, outros ( com 24, 25, 26 anos ) a quererem e a terem legítimas aspirações a poderem atingir outros patamares e ainda outros, com a mesma idade dos nossos jogadores a pretenderem iniciar um percurso que se adivinhava risonho. Como é fácil de perceber iríamos competir num escalão onde havia de tudo um pouco. Quanto a mim, melhor só na 2ª Liga, mas como todos sabem, impossivel à luz dos regulamentos. Factor competitivo !

2º- Pela primeira vez, contactávamos verdadeiramente com um factor que para quase todos era desconhecido. Lidar com a pressão de não "poder" descer de divisão. A 3ª divisão, seria um passo atrás nas suas carreiras. Entrava neste contexto, a valorização ou desvalorização profissional de cada um. Factor confiança !

3º- A pressão de ter que lidar, pela primeira vez com arbitragens que olhavam de lado um conjunto de míudos considerados outsiders desta competição. Portanto fáceis de "enganar" ! Factor espírito de grupo !

4º- Pela primeira vez, a grande maioria assina o seu primeiro contrato. O sonho de um dia pertencerem ao plantel profissional da Académica. Factor motivação !

5º - Capacidade de superação, atendendo a que a grande maioria dos treinos e jogos estavam programados para Touriz e Tábua. Factor volitivo !

6º- Possibilidade de com alguma frequência se realizarem treinos com a equipa principal. Grande entusiasmo. Factor ambição !

7º- Possibilidade de em definitivo abandonarem o treino e a competição nos pelados. Factor qualidade !

8º- Execução de tarefas técnico-tácticas, mais específicas, dado que pela PRIMEIRA VEZ em 12 anos de formação, não repartiríamos o espaço do treino com mais nenhum outro escalão. Factor rendimento !

9º- Clara melhoria do material didáctico para treino. Factor condições de trabalho !

10º- Primeiros contactos públicos com a comunicação social. Factor pressão dos média !

11º- Aumento significativo do volume do treino ( mais unidades de treino ) e da intensidade do mesmo, já que a intensidade do jogo era claramente superior á do escalão junior. Factor dinâmica !

12º- Possibilidade de permanente acompanhamento por parte do treinador da equipa principal da Briosa. Este escolheria semanalmente e pontualmente um ou dois atletas para treinarem com a equipa profissional . Factor selecção !

13º - Criação de um modelo de jogo e de um modelo táctico, em tudo semelhante ao da equipa principal. Nunca iria variar a forma, quando muito os princípios. Factor táctico !

14º - Apróximação ( nunca foi fácil ) a um espaço que durante anos e anos foi intocável ( só disponivel para o futebol profissional ) : sauna e tinas de emersão. Factor recuperação !

15º - Completa aproximação ao Departamento Médico Profissional. Factor "igualdade".

16º - Orçamento estimado entre os 50 e os 60 mil contos. Factor económico !

17º - Total identificação com o regulamento interno da equipa de futebol profissional. Os mesmos direitos, os mesmos deveres. Todos os dirigentes vinculados a um projecto que era de comum.

Meus caros amigos e companheiros, não sou dono da verdade e muito menos da razão. Mas acredito que talvez tenha deixado aqui algumas notas que vos levem a perceber com um pouco mais de rigor, o porquê da minha insistencia na criação de uma equipa B !

RESULTADOS ? Zé Castro, Nuno Piloto; Eduardo, Rui Miguel ( tem carradas de talento ), Victor Vinha, Sarmento...e por aqui me fico, para não ter que remexer no passado !

EM QUE SE REFLECTIRAM ? Tirem as vossa conclusões !

E não se esqueçam: um jogador não "faz" uma equipa, mas uma equipa "faz" três, quatro, cinco, seis jogadores de boa qualidade ! Pois é... estão lá !

Pensem nisto !

Foi um prazer ! Até breve !