"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

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Informações

Estádio Cidade de Coimbra

Estádio Cidade de Coimbra
Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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quarta-feira, 8 de março de 2006

Os inocentes e a presunção de inocência...


Ao lermos o «questionário» a que foi sujeito o presidente da Académica/OAF e ex-director do Urbanismo da CMC, José Eduardo Simões, dado à estampa na edição de ontem de Diário «As Beiras», não pudemos deixar de sorrir.
Claro que saudamos a posição do nosso presidente ao manifestar a sua disponibilidade para se auto-constituir arguido no processo em que é investigado pela Polícia Judiciária, principalmente se a dita não lhe fez já a vontade por antecipação (há quem o garanta a pés juntos), algo que, nestas coisas do segredo de justiça, não seria sequer de estranhar.
O que já não saudamos é a repetida utilização da imagem da instituição académica misturando-a numa teia de acusações e justificações do estrito foro da edilidade municipal, a dar ideia de que, a páginas tantas, a mistura pode efectivamente ter sido tanta, que ainda hoje se torna difícil, ao principal protagonista da história, balizar as duas questões.
Não saudamos também que na citada «peça jornalística» o questionado não tenha sido sujeito a qualquer contraditório, mas ao invés tenha sido alvo do estender de sucessivas passadeiras para uma defesa que, nalguns aspectos, chegou a roçar o surreal e que faz do leitor «alguém que come invariavelmente palha», desde que a dita lhe seja «adequadamente servida».
De facto, e entre outras coisas que seriam assaz relevantes, não foi JES questionado sobre a proveniência dos empréstimos contraídos por si e pelo «vice» Luís Godinho (será que também vai pedir para ser constituído arguido?), como não lhe foi perguntado se o quantitativo dos 310.000 euros encontrado e apreendido na mala do seu carro seria para adicionar aos cerca de 3,5 milhões de euros que diz ter emprestado à Académica, como aliás consta das contas, sem que as mesmas refiram também a proveniência do montante.
Não foi também JES questionado sobre se suspenderá o mandato na hipótese de ser constituído arguido ou se a ideia de requerer como interessado essa constituição apenas se destina, justamente, a contornar o imperativo moral que a suspensão constituiria nesse caso. Qualquer coisa ao estilo do «não tenho de demitir-me porque sou arguido a meu próprio pedido e por minha iniciativa», para explicar melhor...
E como não foi questionado, JES não esclareceu, não clarificou, não refutou fundamentadamente as suspeições que sobre si recaiem...
JES limitou-se antes a um mar de generalidades como por exemplo: «eu e o Sr. Luís Godinho contraímos uns empréstimos e era esse dinheiro que estava na mala do meu carro», «Marcel foi o melhor negócio da história da Académica» ou «nunca utilizei as minhas funções na Câmara em benefício próprio, nem em benefício da Académica»...
Ora perante isto mais não podemos fazer do que pasmar que haja quem se considere completamente esclarecido e que pense mesmo que aos sócios da Briosa já é vedado falar sobre o caso depois de tão douta, detalhada e esclarecedora explicação presidencial...
Aliás, não há português também que não fique esclarecido quanto à inocência de Vale e Azevedo, depois de o ouvir falar da «cabala» contra si urdida pelos que o queriam derrubar da presidência do Benfica...
Não há também português que não fique com a lágrima ao canto do olho ao ouvir o inocente Isaltino falar das contas na Suiça, ou o impoluto Valentim clamar o seu claro e inequívoco afastamento das questões da arbitragem, na mais imaculada inocência de todas as suspeições de que tem sido alvo.
Finalmente, não há ainda português que não se afeiçoe ao biquini de Fátima Felgueiras na praia do Leblon, em Copacabana, enquanto, por cá, os agentes encarregues de lhe executar ordem de prisão preventiva a procuravam, debaixo da alcatifa, do seu gabinete municipal…
Não há, enfim, em Portugal, arguido que se não clame inocente...suspeito que se não disponha a ser arguido por forma a provar isso mesmo...português (inocente) que não acredite em todos eles...
E na Académica, não fugimos à regra.
Somos portugueses...
Não só presumimos porque é justo, como acreditamos porque é cómodo!
E então em Coimbra...
Cidade onde só existem bons rapazes e onde é tudo gente séria...