Apresentação do Dr. João Ruas

Como por problemas técnicos ainda não é possível João Ruas postar, aqui vai um texto de apresentação do próprio.

Em primeiro lugar devo dizer que o meu modesto contributo para este blog se
deve a um honroso convite que me foi dirigido por Mário Castro e Zé Viterbo. Naturalmente que foi para mim uma completa surpresa , pois, como lhes transmiti, haverá, seguramente, muito mais Académicos habilitados a falar dos problemas da nossa Briosa.
Costumo visitar os diversos blogs ligados à Académica, mas tem sido este o espaço da minha preferência, pois foi aqui que encontrei uma forma de sentira Briosa com a qual mais me identifico.
Continuarei sempre, no entanto, a seguir com interesse os diversos blogs, onde também já comentei um ou outro texto.
Nunca me imaginei como colaborador dos "Pardalitos do Choupal". Tenho sido sempre e únicamente um admirador de Mário Castro pelo seu espírito revolucionário, o que, a meu ver, faz falta nos dias de hoje ; Admiro a sabedoria e a sensatez manifestada por Zé Viterbo ; os textos brilhantes e reflexivos de António Romão ou A. Ferrão ; os excelentes textos literários
de Lucílio Carvalheiro ; os textos cristalinos e lúcidos de Fernando Pompeu; A informação sempre na hora e os artigos poéticos de José Eduardo Ferraz e, claro, o suporte técnico, e não só, dados por João Lemos. Perdoem-me se, por acaso, me esqueci de alguém.
Pediram-me "Os Pardalitos" para dar alguns dados pessoais.Assim, poderei dizer que me encontro longe de Coimbra há vários anos por razões familiares e profissionais, mas o meu coração está sempre em Coimbra e na Académica.
Poderei dizer que esta paixão pela cidade e pela Briosa cresceu comigo, pois todos os anos, desde sempre, divido parte das férias entre Coimbra, terra de quase toda a minha família, e Soure, terra de adopção.
A minha grande ligação à Académica teve a ver com o facto de vários dos meus familiares terem sido praticantes de algumas modadlidades, mas principalmente com um tio meu, já falecido, que acompanhava a Briosa por todo o país. E foi ele que fez descobrir a música do Zeca Afonso, de
Adriano, a guitarra do Paredes e alguns fados. Com ele calcorreei as ruas de Coimbra da Baixa à Alta pela rua do Quebra-Costas, íamos ao Arcádia e, claro, íamos ao Calhabé, quase sempre cheio, vibrar com a Briosa.
Acompanhávamos, nos anos 70, a Briosa ao Barreiro (CUF e Barreirense), a Belém, etc. As capas ao vento, a irreverência estudantil, a música e aquelas camisolas marcaram-me para sempre.
Em 73 fiz-me sócio(7 491), numa altura em que já era presidente o saudoso Dr. João Moreno, mas após o 25 de Abril com a confusão que se instalou, deixei de pagar as quotas. Só agora há dois anos me voltei a fazer sócio de novo(17 484), o que se deveu, em grande parte ao facto de ir mais assíduamente a Coimbra. Penso, no entanto, que não se ama mais a Briosa pelo facto de ser, ou não, sócio.
Gostaria ainda de frisar que a minha contribuição para este blog é, e será sempre, de forma livre e descomprometida. Isto significa que não pretendo nem defender ou atacar qualquer pessoa, ou grupo de pessoas ligadas à Académica. Considero que a actual direcção, liderada pelo Eng.º José Eduardo Simões, tem tido iniciativas que são, na minha opinião, sempre de louvar. No entanto, não poderei deixar de discordar de outras que nos deixam preplexos e preocupados. É evidente que o mais importante é que que a Académica seja sempre Académica e isso só será possível quando todos, independentemente das diferentes sensibilidades, partilharem a mesma causa.
Viva a Académica!
João Nuno de Carvalho Barrilaro Ruas