Mancha Negra e seus dirigentes

Não devia ser eu a falar sobre o espírito da Mancha Negra.
Apesar de há anos a acompanhar, só durante esta época, fiz todas as viagens com esta claque oficial da Académica.
A idade que tenho, por vezes, poderia eventualmente ser uma barreira ao espírito da claque.
Ora, na realidade não é o caso.
Porquê?
Passo a explicar.
Quem entra num tipo de organização como esta, tem, antes de tudo, integrar-se e não o contrário. Não pode estar à espera que nos chamem para de uma maneira especial sermos absorvidos. É como qualquer grupo de amigos. Aos poucos vamos compreendendo a psicologia do grupo, e se acharmos que vale a pena, absorvemos o espírito de união e fraternidade que grassa neste microcosmos.
Eu fui um felizardo. Não me desloquei do grupo, exigi que me tratassem por tu, e hoje por hoje, além de muito amigo de quase toda a gente, sinto que me adoptaram como um dos seus.
As críticas permanentes que a MN tem sido vítima, não só aqui (Pardalitos) como nos meandros da Académica, são antes de tudo, injustas e desprovidas de sentido.
Poder-se-á pensar, para os mais incautos, que não passa de um bando de selvagens, que vira tudo ao voltar da esquina.
Nada de mais errado.
Pelos campos porque já passei, nunca vi nada que me pudesse envergonhar, pelo facto de pertencer à MN.
Pelo contrário.
Quem critíca a claque oficial, das duas, uma:
1- Ou não conhece por dentro a realidade
2- Ou por algum despeito, faz-se esquecido da realidade que era comum em outras claques apoiantes da Briosa, e que já tiveram, infelizmente, o seu fim.

Não me refiro a nenhuma em especial, apesar de saber que ainda existem resquícios, dos finados Fãns, de quem sou amissíssimo de alguns ex elementos.
Não vou negar, que por vezes se processam, qual psicologia das multidões, atitudes menos próprias, quando se trata de alguém ligado à Académica.
Mas tão raras são, que além de terem a importância que têm, só lhe é dado algum protagonismo, pela excepção desses mesmos actos.
Os jovens, como todos nós já fomos, têm por vezes irracionalidades próprias da falta de maturidade natural, da própria idade.
Mas alguém que já o foi (jovem) atire a primeira pedra.
Recorrentemente vejo nas bancadas actos e palavras bem mais graves do que oiço na MN.
E nem por isso os apelido de o que quer que seja.
A MN, é o ícone vivo da AAC/OAF, e quem negar isto, está a negar o seu próprio clube e a própria instituição.
Estou farto de ver criticar a MN, e nas alturas menos boas, é a ela que se recorre.
Por isso, fica aqui a minha solidariedade, para a melhor claque do MUNDO, esperando que os seus dirigentes se mantenham por muitos e bons anos, dando a conhecer o nome da Académica por todos os estádios por onde a Briosa passa.
Para o Tiago, um abraço amigo, e contem sempre comigo para vos apoiar e solidarizar sempre e quando for preciso.
Viva a Académica!!!