"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

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Contactos

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Informações

Estádio Cidade de Coimbra

Estádio Cidade de Coimbra
Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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segunda-feira, 8 de maio de 2006

Felicidades e obrigado por tudo!


Terminou mais uma época desportiva e com ela o prazer de ver alcançado aquele que deveria ter sido desde início o nosso grande objectivo.
A manutenção. Sinto o orgulho de nela ter visto participarem atletas que durante muitos anos treinaram sob a minha responsabilidade. De entre todos e por motivos óbvios destaco o Zé Castro.
Primeiro o HOMEM, muito depois o atleta...
Muitos foram aqueles, que escondidos atrás de um anonimato cobarde o tentaram deitar abaixo, chamando-lhe tudo e mais alguma coisa.
Tive, tenho e terei sempre o prazer de ter a sua amizade, a sua conduta irrepreensível, a sua generosidade (desde muito pequeno, para com colegas mais desfavorecidos) e sobretudo a sua lealdade, transformada dezenas de vezes na defesa da verdade.
E para quem pense que pensámos sempre da mesma forma, comungando sempre das mesmas ideias, desengane-se. Não!
Desde muito cedo revelou grande personalidade, grande poder de argumentação, perspicácia e acima de tudo seriedade intelectual. Nunca me disse que sim, por dizer, ou por simpatia. Por tudo isto e muito mais, falarei sempre deste “miúdo”, não com o coração, mas sobretudo com a razão.
Aquela de quem conhece, de quem sabe do que fala e do mais importante, de quem fala. Vi-o crescer (desde os sete anos), vi-o evoluir, vi-o ser HOMEM e falo verdade. SEMPRE!
Hoje, cumprida uma etapa da sua vida desportiva (jogar na equipa principal e ser capitão da Briosa, eram os seus sonhos de garoto), parte para outras paragens, para um campeonato super competitivo, procurando não o dinheiro, mas sobretudo o prazer de desfrutar outras motivações e outros objectivos profissionais.
Para aqueles que não o conhecem, nunca precisou da “guita” para ser feliz.
Como poucos, sente o prazer do contacto com a bola (hoje, como quando tinha dez anos), o prazer pelo treino e uma alegria contagiante pela competição.
O Zé Castro, é um “puto” (como lhe chamam os mais íntimos) nobre e com princípios.
Com uma formação intelectual muito acima da média (perguntem a colegas, ao Professor Vingada, ao seu colaborador Arnaldo), parte sem que durante sete meses e meio (fizeram-no apenas em meados de Abril) nenhum dirigente lhe tivesse dado resposta á sua proposta apresentada em Agosto.
Muitos meses depois (na semana do jogo com o Braga) E SEM QUE LHE APRESENTASSEM NUMEROS CONCRETOS, José Eduardo Simões e Luis Godinho falaram-lhe na possibilidade da renovação. Era tarde.
Neste momento, já não era o dinheiro que estava em causa, eram antes os seus objectivos e projectos pessoais que prevaleciam (para quem não sabe e para os mais distraídos, o Dr. Maló de Abreu, chegou a acordo com ele para a renovação em apenas dez minutos).
Tenho A CERTEZA ABSOLUTA, que logo após o momento em que o Zé Castro colocou a sua proposta em cima da mesa, se algum dirigente a tivesse no mínimo discutido, teriam tido sucesso as negociações.
Não estaríamos hoje a falar deste assunto. Creio que o Zé, mesmo que não tivesse havido acordo, teria merecido mais consideração.
Aquela que qualquer atleta PROFISSIONAL que representa qualquer instituição merece.
Quanto mais não fosse pelo seu passado, pelo seu exemplo, pelo seu espírito e pela conduta IRREPREENSÍVEL que sempre demonstrou durante os mais de 500 jogos feitos com a mesma camisola.
Ser da Académica e respeitar a Instituição, não é por exemplo, beijar o emblema quando se marca um golo (lembram-se desses “grandes” académicos KáKá e Flávio Dias?), é acima de tudo, respeitá-la com elevado grau de profissionalismo, demonstrado diariamente no rigor do cumprimento escrupuloso dos horários (de recolher), na recuperação após o treino, na recuperação após a competição, na conduta de higiene alimentar, no alto grau de elevação nas relações interpessoais, no exemplo dado diariamente na aplicação ao treino, no exemplo de capitão (sobretudo nas camadas jovens) quando ajudava os roupeiros a apanhar a roupa deixada no chão pelos colegas, na facilidade com que integrava no grupo qualquer jogador vindo de fora, na firmeza das suas convicções, nas regras de conduta ás refeições, na forma como dividia e distribuía os seus bens pelos colegas mais necessitados, na solidariedade demonstrada sempre quando um colega tinha um lance infeliz, na relação por exemplo com os adversários e árbitros (nunca foi expulso), na forma como se expôs a jogar limitado atendendo às lesões que o incapacitaram, etc, etc.
Caro Zé:
Ignoraste a inveja e a calúnia (daqueles que anonimamente te tentaram denegrir) e sobretudo ultrapassaste com enorme fair-play e educação (dando o exemplo de verdadeiro capitão) aquele célebre episódio com “o teu vizinho do lado” (no Académica x Gil Vicente), depois de teres deitado a bola para fora, com o objectivo ser prestada assistência a um adversário.
É por isso que hoje, ao escrever estas linhas, me sinto mais pobre.
Porque apesar de te continuar a ter como amigo (irei a Madrid sempre que me for possível), vou deixar de ter o prazer de estar contigo quase diariamente, de conversarmos sobre a nossa Académica e muitas outras coisas das nossas vidas profissionais e pessoais.
Desejo-te o que desejo aos meus AMIGOS: saúde, sorte, sucesso, alegria e boa disposição.
Vai em paz e segue o teu caminho!
OBRIGADO!