"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

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Informações

Estádio Cidade de Coimbra

Estádio Cidade de Coimbra
Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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quinta-feira, 29 de junho de 2006

Coimbra cidade binómio


Coimbra é ao longo dos tempos uma cidade de opostos, de contrastes, de binómios.
Nunca houve uma uniformidade ou conformidade de pensamento nesta cidade ao longo da história e é precisamente essa herança histórico-cultural que torna esta cidade única, as ruas especiais, os locais mágicos e as pessoas diferentes.
Esta carga e simbolismo tem acompanhado Coimbra por entre os tempos.
Senão vejamos. No século passado, altura em que Coimbra era o principal foco cultural do país, Antero de Quental, Oliveira Martins, Guerra Junqueiro e Eça de Queirós, fartos do marasmo fastidioso que representava o Ultra-Romantismo de Feliciano Castilho, Tomás Ribeiro e Pinheiro Chagas resolvem insurgir-se contra esse despropósito pantanoso em que se chafurdava a cultura humanística e literária portuguesa num molde romântico de fachada que camuflava as verdadeiras questões a abordar pela literatura nacional que pretendiam realista, afirmativa e com valores.
Mudam-se os tempos, mudam os protagonistas, mas mantêm-se os diferendos.
Hoje, na nossa Académica a questão binómio coloca-se noutro ponto de vista.
Que rumo? Pretende-se a Académica bola-na-rede ou a Académica tradicionalista?
Presentemente o rumo que se está a seguir é claramente a Académica bola-na-rede, em que os valores antigos são esbatidos, pisados e ignorados, surgindo a nível ideológico e desportivo uma Académica descaracterizada, deslavada e sem os conteúdos que conquistamos pela história e pela diferença. Deixamos assim de ser o clube diferente que apaixona as pessoas e passamos a ser mais um igual a todos os outros.
Aderimos a uma globalização futebolística e um “mainstream” que nos torna apenas mais um.
A procura do sucesso desportivo a qualquer custo leva, e temo-lo visto, a aquisição desenfreada de mercenários que não sentem o emblema, não sentem o peso da camisola, não amam a instituição e não assimilam a responsabilidade do que significa vencer por esta bandeira.
Do lado oposto da equação a Académica tradicionalista é uma corrente ideológica que pretende um outro rumo diferente daquele para onde se arrasta a instituição.
Precisamente por a Académica ser mais que um clube, ser uma instituição que forma homens, Homens com H maiúsculo. Forma-os para a vida, transmite-lhes valores, sentimentos, comportamentos, dignidade, respeito, atitude, humildade, responsabilidade…valores que historicamente a Briosa se habituou a ser e a reservar moralmente.
A casa, deve ser tratada como aquilo que é: como família.
Numa casa de valores e como pessoas dignas não podemos ter vergonha e negar a nossa própria família. Não podemos desprezar a casa-mãe (DG) e nunca podemos deixar de apoiar, educar, formar e fazer crescer com oportunidades aqueles que crescem na formação da nossa instituição.
Diz-nos a sabedoria popular que santos da casa não fazem milagres.
Pois, o futebol encarregou-se de provar o contrário. É na prata da casa e na formação que reside e residirá o futuro e acima de tudo o sucesso. Sucesso desportivo com jogadores que sentem e sabem o que é a Briosa, sucesso desportivo e financeiro com a valorização de activos a reduzido custo para o emblema. Ganha o clube em mística, em sucesso desportivo e ganha a instituição que assim forma os homens que orgulhosamente envergam a negra camisola.
Ganhamos todos, nós adeptos, por continuarmos a ser um clube diferente, sui generis, com valores e atitude muito própria.
A Académica tradicionalista quer vencer, quer ganhar tudo.
O sucesso da instituição tradicionalista não implica a falta de resultados desportivos, até pelo contrario, como foi demostrado.
Por outro lado a Académica bola-na-rede procura um sucesso mais imediato e a qualquer custo. Sendo que o custo maior será a perda progressiva da formação em que cada vez mais os novos talentos serão desaproveitados e perdidos numa lógica contraproducente.
Procuram-se jogadores de fora da lógica academista que chegam em “contentores” quando sabemos que com uma formação sólida esses jogadores de foram viriam apenas pontualmente em casos de necessidade mas os que viriam seriam realmente bons bons pois a estrutura da formação permite grandes encaixes e saúde financeira que a lógica da Académica bola-na-rede não permite devido à elevada rotatividade de jogadores e do plantel de uma época para a outra. A renovação tem de vir de dentro e não de fora.
Não me considero um crítico, nem tão pouco um opositor.
Sou um sofredor da Académica, um torcedor, um apoiante.
O que pretendo não é destabilizar nem divergir. Pretendo sim apontar o caminho que me parece mais correcto na minha opinião e inteligência pessoal. Simplesmente isso.
Não quero ir contra ninguém, não quero deitar ninguém abaixo nem sou rival da direcção.
Tenho vários amigos na direcção e tenho-lhes respeito pois trata-se da direcção do meu clube. Tenho, sim, outra maneira de olhar para a briosa e mostro construtivamente um outro rumo e uma outra perspectiva. Não sou opositor, sou apenas um adepto com outro ponto de vista.
Não me excluo da Académica apenas por pensar de maneira diferente.
Espero que este texto, em jeito de “Folhetim – Orpheu Académica”, como já tinha brincado com o Pompeu sirva para alargar o debate e para dar nomes às correntes de pensamento que vemos no mundo académico. Esta é a minha posição, o rumo que defendo.
Agora aguardo o debate para ver que Académica cada um defende e pretende.

Está ressuscitada a nova “Questão Coimbrã” em moldes académicos.

Um abraço brioso deste vosso companheiro de bancada.