"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

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Informações

Estádio Cidade de Coimbra

Estádio Cidade de Coimbra
Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Académica 1-2 Naval

Local: Coimbra
Estádio: Estádio Cidade de Coimbra
Assistência: 6000
Árbitro: Artur Soares Dias

Manuel Machado provou do seu próprio veneno.
Entrou confiante a Académica, com atitude e com convicção. Em relação ao primeiro onze, o da jornada passada, saíram Litos por castigo e Pavlovic que saiu mesmo da convocatória dos estudantes que se apresentavam em 4x5x1 perante os sócios.

A Naval apresenta-se em Coimbra com o seu 11 base com 2 homens rapidíssimos e possantes na frente; Lito e Nei que desde cedo deram o alerta à defensiva negra e obrigaram os centrais a jogar na marcação fora das suas zonas típicas.

Apesar do domínio de posse de bola, a Académica não materializava a sua superioridade, e foi mesmo a Naval que criou as melhores ocasiões de golo, com Nei a enviar um remate fabuloso a trave de Pedro Roma.

Aos 28 minutos um livre na direita a castigar falta sobre o super criativo Raul Estevez resulta em golo para a Académica. Lino, o defesa brasileiro faz um remate cruzado rasteiro à procura de um desvio pelos colegas na área mas a bola acaba por entrar sem ninguém tocar na baliza de Taborda, que de resto esteve em noite muito infeliz.

Depois do golo a Académica, motivada, cresceu e assistiu-se a períodos de bom futebol, onde na ala esquerda Hélder Barbosa fazia literalmente o que queria de Mário Sérgio que nunca conseguiu fazer um desarme ao pequeno génio emprestado pelos dragões aos de Coimbra. Também Raul Estevez com a sua criatividade arrancava fortes aplausos da bancada, mas acabou por ‘dar o berro’ muito cedo e arrastou-se duranto o resto do jogo perdendo muitas bolas para os adversários.

O intervalo chegou com o resultado de 1-0 a muito lisonjeiro para a Académica que apesar de dominar não criou ocasiões de golo, ao contrario da Naval parece talhada para jogar em contra-ataque com Lito e Nei na frente. Dois homens, simplesmente mortais. Extremamente rápidos.


A segunda parte não traz alterações nos 11, mas revela uma Naval apostada claramente no contra-ataque. Fajardo sempre pelo flanco direito fez um sem número de sprints encontrando sempre Lito e Nei em posição soberana para marcar. O jogo partiu-se e abriu. Filipe Teixeira e Roberto Brum tentavam pegar no jogo dos estudantes, mas eram as saídas rápidas para o ataque da Naval que faziam estragos. Pedro Roma fazia tudo para adiar o golo Navalista.

Aos 58 minutos o central da Naval, Fernando vê o vermelho directo por travar Gelson que corria isolado para a baliza após excelente passe diagonal de Estevez. Mas foi a jogar com 10 que a Naval apresentou melhor futebol. É tradição em Coimbra que a briosa não vença equipas a jogar com 10. Incrível. Venha de lá esse bruxo!
Em 4 minutos a Naval marca dois golos e passa para a frente numa notável cambalhota no marcador. Primeiro por Lito aos 62, após uma bola perdida por Raul Estevez onde a defesa da briosa simplesmente não existiu, e depois aos 66 por Nei ao segundo poste após bom cruzamento da esquerda onde mais uma vez o central Medeiros ficou mal na fotografia.

A Académica vai atrás do prejuízo e faz entrar Nestor Alvarez e o jovem Miguel Pedro para o ataque, alterações que fragilizaram e muito o meio-campo academista que sem capacidade de retenção de bola via a Naval embalar em contra-ataques rapidíssimos, sempre cheios de perigo.

A Académica com o decair de produção de unidades como Filipe Teixeira e Raul Estevez tinha em Hélder Barbosa em Roberto Brum os jogadores mais inconformados, mas o chuveirinho para a área era sinónimo de entregar a bola ao adversário. Apenas de registar um remate de Nestor de longe à figura de Taborda.

A Naval podia ainda ampliar o marcador, e Rogério Gonçalves faz entrar Carlitos, Tiago Fraga e Saulo para conduzir o ataque navalista. Perante a impotência do meio-campo defensivo da Académica, Manuel Machado lança Paulo Sérgio, que rende Roberto Brum, e se vai colar aos centrais.

A estratégia bem montada de Rogério Gonçalves dá 3 pontos a Naval 1º de Maio que soma uns notáveis 6 pontos em duas partidas. A Académica, que apesar de não jogar mal, teve na defesa o ponto fraco que a Naval usou e abusou para fazer os adeptos da briosa temer novamente o fantasma de um campeonato intranquilo. Apenas um ponto em dois jogos contra equipas do mesmo campeonato.

O Melhor em Campo:
Lito e Nei dividem o prémio! Uma dupla a ter em conta nesta edição da Bwin Liga. Ambos marcaram golos e mais que isso foram sempre um problema que a defesa da briosa nunca soube resolver.
Nota ainda de destaque para Hélder Barbosa, um verdadeiro craque. Genial.

Arbitro:
Esteve, na generalidade muito bem. Acompanhou sempre de muito perto os lances e soube ajuizar bem as incidências de uma partida de nervos dentro e fora do campo. Foi no entanto mal auxiliado pelos assistentes.

Positivo do Jogo:
A emoção e indefinição do resultado.
Os craques, Hélder Barbosa e Raul Estevez (até ter esgotado fisicamente e começado a perder muitas bolas)
O contra-ataque mortífero da Naval.

Negativo do Jogo:
Pouco público nas bancadas.
A exibição e conduta pouco digna de um profissional de futebol como é Taborda, guarda-redes da Naval.
A expulsão de Fernando. Agride na cara Gelson quando este se isolava.


NOTAS:

PEDRO ROMA: (4) – Muita classe. Está em forma o capitão da briosa. Adiou o inevitável o mais que pode. Um dos melhores.

NUNO PILOTO: (1) – Custa-me MUITO ter de dizer isto de um AMIGO, mas esteve em noite muito infeliz. Já o tinha estado em Setúbal e agora voltou a estar. Se a sua exibição fosse um filme seria: O Homem Invisível. Tem talento para dar e vender. Esta não é a sua posição!

MEDEIROS: (1) – Depois de ter estado muito bem em Setúbal, hoje foi um dos piores. Como diria Mourinho: Pathetic.

DANILO: (2) – Conhecido por não complicar e pela sua grande eficiência, nunca conseguiu resolver os problemas que lhe causava o incisivo ataque navalista.

LINO: (3) – Atacar até ataca. E defender? Foi manteiga para um Fajardo que esteve ‘on fire’

ALEXANDRE: (4) – Não falhou um passe. Pôs alguma ordem no meio-campo. Recuperou muitas bolas e saiu bem a jogar. Desenvencilhou-se varias vezes com estilo de adversários mais próximos. Faz lembrar André Macanga.

ROBERTO BRUM: (3) – O mais inconformado dos estudantes. Fortíssimo no pressing e à semelhança do que sucedeu em Setúbal saiu muitas vezes a jogar. Tem um papel mais solto da manobra de Manuel Machado. No entanto não tão brilhante como o companheiro de sector

RAUL ESTEVEZ: (2) – Merecia nota muito mais favorável. Apenas aguentou até à meia hora de jogo. Deu o berro completamente. Enquanto teve pulmão arrancou lances de génio e muitas palmas da bancada. A sua quebra não foi precavida pelo técnico. Até ao fim do jogo arrastou-se e perdeu muitas bolas. Lá que é craque é. Já o conhecíamos do Boca Juniors. A sua leitura para os passes diagonais é sublime.

HÉLDER BARBOSA: (4) - O melhor da Académica. Divide com Alexandre. Um jogador tecnicamente evoluidíssimo, muito rápido, sempre que pega na bola sai espectáculo. Consegue juntar aos seus atributos técnicos uma rara entrega ao jogo e atitude defensiva muito pressionante. Não teve resultados práticos. Genial. Faltou um golo e assistências para golo dos colegas…não faltou vontade para isso.

FILIPE TEIXEIRA: (3) – Ainda não está no seu melhor em termos físicos. Faltou lucidez no ultimo terço onde se esperava que desse sobriedade ao jogo da Académica na condução de jogo.

GELSON: (2) – Muito trabalho. Muito trabalho. Está a crescer. Apenas se notou verdadeiramente no lance em que se isolou e motivou a expulsão de Fernando. Pouco fez em termos de jogo aéreo nas bolas paradas.

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PAULO SÉRGIO: (-) Entrou aos 82mins. Foi colar-se aos centrais no apoio à defesa.

MIGUEL PEDRO: (2) - Tem talento e muito potencial. Outro possível craque. Sejam-lhe dadas oportunidades. Tem concorrência de peso num sector onde a Académica parece mais forte este ano. Mas com Raul Estevez a jogar muitas vezes mais plo meio (ao estilo argentino) pode ser muitas vezes opção.

NESTOR ALVAREZ: (2) - Comentava-se na bancada que a jogar aquele ritmo, ainda jogaria aos 60 anos. Parecia perdido na frente. Jogou à ponta-de-lança, mas demasiado fixo. Acomodou-se à marcação. Apenas um remate à figura.

MANUEL MACHADO: (3) - Foi surpreendido pelo ataque venenoso da Naval. Quando se encontrou a perder foi em busca do resultado, mas esteve sempre mais perto de sofrer outro. O golo da Académica surgiu um pouco contra a corrente de jogo…foi o primeiro cheirinho do toque do técnico da Académica 2006/2007


Penso sinceramente que temos um bom plantel e grandes jogadores, mas terão de se precaver e ter este resultado em atenção para não nos darem mais uma época de aflição. Manuel Machado tem que transformar isto em equipa…e rápido.

EU ACREDITO! E vocês?