Exonerado por uma faixa...

Tomei conhecimento e confesso que fiquei pasmado.

José Alberto Pereira Coelho, colaborador da Direcção de José Eduardo Simões, representante da Académica na Liga Portuguesa de Futebol Profissional e até à data Director do Hospital Sobral Cid em Coimbra, foi exonerado daquele cargo pelo Ministro da Saúde, após uma auditoria da Inspecção-Geral de Saúde àquela unidade hospital, onde foi detectada a alegada utilização de fundos do hospital para, entre outras coisas, apoiar o futebol da Académica.

Em causa, a este propósito, uma ida de alguns doentes do hospital ao Estádio Cidade de Coimbra na pretérita temporada a convite da Direcção da Briosa, com entrada gratuita, e o facto de se terem feito acompanhar de uma simpática faixa com a frase: «SOBRAL CID APOIA A ACADÉMICA».

É que, segundo os zelosos Inspectores a feitura de tal faixa fora da responsabilidade do hospital que por ela pagara a módica quantia de € 200 (duzentos euros).

Conhecida a razão da exoneração de «Zé Beto», como sempre foi conhecido no meio académico, fico agora ansiosamente à espera da auditoria à Caixa Geral de Depósitos, na qual seguramente a Inspecção-Geral de Finanças saberá explicar ao pormenor o «negócio da China» que o Benfica realizou com aquele banco público, pelo qual a entidade bancária em causa pagou aos encarnados míseros 10 milhões de euros, à troca da colocação do nome do banco no novo complexo desportivo dos «encarnados»...

Ou será que com este negócio já toda a gente está de acordo?

Pois... Bastará, para conhecer a resposta, atentar na filiação ou simpatia clubística dos líderes dos maiores partidos nacionais, a começar pelo Primeiro-Ministro José Sócrates e passando por Marques Mendes, Ribeiro e Castro, Jerónimo de Sousa e mesmo Francisco Louçã.

Moral da história: uns são filhos, outros serão enteados, ou melhor dito, uns são filhos do Estado, outros são filhos da…