"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

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Informações

Estádio Cidade de Coimbra

Estádio Cidade de Coimbra
Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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domingo, 22 de outubro de 2006

FINALMENTE A VITÓRIA


Estádio Cidade de Coimbra
Espectadores: 4 423
Árbitro: João Vilas Boas
AAC/OAF - Pedro Roma; Nuno Luís; Danilo; Káká; Victor Vinha; Alexandre; Brum; Dionattan; Miguel Pedro; Dame; Gyano.
Finalmente a vitória! De facto a Briosa alcançou hoje aquele que era seguramente o seu único objectivo, mas tal desiderato foi alcançado num mau jogo de futebol. De facto o jogo foi todo ele mal jogado, desinteressante e sem que houvesse algum jogador inspirado.
A AAC/OAF apresentou-se em campo com duas novidades: Nuno Luís voltou a ocupar o lugar de defesa direito e Dionattan regressou à equipa, jogando descaido no lado esquerdo do meio campo da Briosa. De resto em termos tácticos a Briosa apresentava 4 defesas, depois os trincos Alexandre, que jogava á frente dos centrais e Brum descaia para a direita num claro apoio a Nuno Luís. Depois havia 4 jogadores de caracteristicas mais ofensivas, Dame na direita, Dionattan na esquerda e Miguel Pedro que jogava perto de Gyano, desempenhando este claramente as funções de ponta de lança. Digamos que a equipa jogava num 4x4x2 que muitas vezes era um 4x1x3x2.
A partida não podia ter começado melhor para a Briosa que logo aos 5 minutos se colocou em posição de vencedora, através de um golo de Miguel Pedro que soube aproveitar uma bola perdida pela defesa do Aves, e com um remate cruzado dentro da área bateu Rui Faria. Pode-se dizer que no primeiro remate, um golo.
Talvez porque cedo se viu em vantagem a Briosa jogava sem velocidade, com cautelas defensivas evidentes, que se constatavam pelo facto de que sempre que um lateral subia, o colega do lado oposto ficava atrás permitindo sempre que a AAC/OAF tivesse normalmente 4 homens recuados (os centrais, Alexandre e o lateral que não subia), o que evitava que pudesse ser surpreendida num qualquer lance de contra ataque, por uma equipa do Aves que demonstrou em Coimbra ser uma fortissima candidata a descer de divisão tal a pobreza de jogo e qualidade que evidenciou. Mesmo assim em dois lances criou perigo (um deles levou a bola à barra da baliza de Roma), lances nos quais os nossos centrais não ficaram isentos de culpas.
Na segunda parte apesar das alterações que Manuel Machado efectuou na equipa, com a entrada de Gelson e de Filipe Teixeira (nos lugares de Gyano e de Dionattan) o futebol continuou a ser pobre, tendo a AAC/OAF ampliado a vantagem aos 65 minutos num golo de Danilo que na marcação de um canto aproveitou o facto de estar solto na área contrária para fazer de cabeça o golo da tranquilidade da malta. De qualquer modo a segunda parte revelou um Aves mais afoito, mas evidentemente limitado no saber e categoria dos seus profissionais, que mesmo assim criaram oportunidades para marcar tendo aos 85 minutos após defesa incompleta de Pedro Roma desperdiçado a recarga em plena pequena área.
Deste jogo ficou evidente que a AAC/OAF é melhor que este Desportivo da Aves, que é um grande candidato a descer de divisão, e a esperança de que esta tenha sido a primeira de muitas vitórias que nos irão permitir realizar um campeonato tranquilo, mas sem qualquer tipo de sonhos utópicos. Nota negativa desta partida foram os cartões amarelos mostrados aos jogadores da AAC/OAF, Danilo, Brum, Miguel Pedro e Vitor Vinha.
Apreciação individual:
Pedro Roma (3) - Teve pouco trabalho. No que fez apenas um deslize aos 85 minutos quando não segurou um remate que permitiu a mais escandalosa perdida do Aves.
Nuno Luís (2) - Sem ritmo (o que é natural) e com alguns lapsos a defender. Resguardou-se de grandes aventureirismos ofensivos.
Danilo (3) - Pelo golo da tranquilidade, pois teve algumas falhas defensivas de que são provas os dois lances de perigo criados pelo Aves na primeira parte (ambos pelo centro do terreno).
Káká (2) - Tal como em Paços de Ferreira, voltou a demonstrar enormes carencias técnicas que evidenciou em dois cantos que cedeu na segunda parte de modo um tanto ou quanto patético.
Vitor Vinha (3) - Teve pouca ajuda defensiva no seu flanco na primeira parte, viu um amarelo por entrada muito dura sobre um adversário, e na segunda parte em alguns lances decidiu de forma disparatada. Mesmo assim não comprometeu.
Alexandre (3) - Cumpriu na sua missão defensiva. Na segunda parte após a entrada de Paulo Sérgio descaiu para a esquerda prestando apoio a Vitor Vinha.
Brum (3) - Ajuda preciosa a Nuno Luís durante a primeira parte. Sabe o que faz com a bola, mas é um jogador lento o que nas transições defesa ataque por vezes prejudica a equipa.
Dionattan (1) - Jogo fraco. Regressou a titular o que talvez não o tenha beneficiado. Bem substituido ao intervalo.
Dame (2) - Um pouco atabalhoado, não dando fluidez ao jogo da Briosa.
Miguel Pedro (3) - O melhor esta tarde. Rápido, lutador, mas tambem ele não atingiu nivel exibicional brilhante. Um pouco abaixo daquilo que já lhe vimos fazer.
Gyano (1) - Inconsequente, apesar de batalhador, daí muito provavelmente a substituição ao intervalo.
Gelson (1) - Não fez melhor que Gyano.
Filipe Teixeira (3) - Sabe o que fazer com a bola e qual o ritmo que deve imprimir a cada lance.
Paulo Sérgio (2) - Entrou para defender, cumprindo essa missão mas não se evidenciando.
Manuel Machado (3) - Finalmente venceu para o campeonato, mas infelizmente numa vitória sem qualquer tipo de brilho e onde o futebol praticado pela Briosa foi pobrezinho. Que seja a primeira de muitas são os nossos sinceros votos.
João Vilas Boas (3) - Arbitragem honesta, o que nos tempos que correm vai sendo dificil de presenciar. Ficou uma duvida no estádio, num remate (dentro da área do Aves) à queima roupa aos 35 minutos mas o árbitro estava bem colocado. Nos amarelos mostrados aos nossos jogadores, apenas cumpriu o que se encontra estipulado.