COMO E QUEM SOMOS NA ACADÉMICA

Muitos sócios da Académica são embaraçantes. Não podem dar um passo sem a sua própria definição de ser-se da Académica. E teimam em repartir uma incómoda generosidade porque as coisas lhe interessam mais que a própria definição das coisas.
São os definitivos.
Amam a sua própria definição e sentem-se definidos. Os outros que se amanhem como puderem, no caso de discordância entre os factos e o arrumo colectivo – Estatutos, o BI associativo –.
Estão os factos ali, na frente dos nossos olhos, mas obrigam-nos a não olhar e dizem que é para não ver errado. Sentem-se realizados ao ignorar tudo o que não couber na simplificação do esquema: não é oportuno agora; não há alternativa; deixem, ao menos, que este caia de maduro.
Deste modo, na acção colectiva não dissipam dúvidas, porque não têm dúvidas, e como não têm dúvidas não agem. Só sabem usar as suas definições como diques, como maneiras várias de dizer que não: não ao que simplesmente lhes convém ignorar.
Não obstante, é meu convencimento que nada acrescenta que alguém se arrogue o direito de ter dentro de si a centelha da criação de ser-se da Académica e como a orientar, porque a Instituição se o desejar e quando o desejar não repara nele, passa adiante.
Dito isto, quero deixar bem claro que não parto do nada, que não poderemos partir do nada, e que temos de abordar a Académica equipados com um sistema de pressupostos que, previamente, aceitámos; a estrutura necessária do nosso equipamento colectivo, isto é, a RAZÃO ESTATUTÁRIA.
Ora, ao ignorarmos permanentemente a Razão Estatutária reduzimo-nos à condição de “mentes de balde” de um misticismo militante, o que se torna, convenhamos, numa atitude socialmente censurável.
Acontece que de vez em quando, essa vida associativa esquecida protesta e reduz os definitivos a simples papel de embrulho.
Nestes termos, cumpre formular a questão: presentemente, como e quem somos na Académica?
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