"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

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Informações

Estádio Cidade de Coimbra

Estádio Cidade de Coimbra
Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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segunda-feira, 5 de março de 2007

ROTEIRO PARA A ACADÉMICA, O ACORDO TRIANON

Com a devida vénia ao « CAMPEÃO DAS PROVINCIAS» trancrevo um texto publicado na sua última edição ( 01 de Março).


ROTEIRO PARA A ACADÉMICA, O ACORDO TRIANON


Em todas as fábulas há um refúgio secreto onde o herói se encerra para repousar ou preparar-se para uma batalha. Pois bem: também nesta fábula há um refúgio para o qual te mudas clandestinamente. Digo clandestinamente porque apenas uns poucos amigos de confiança e pouquíssimos sabem o endereço, aliás difícil de localizar: o sítio é aqui ou além, além ou aqui; a tabuleta com o nome do destino está tão gasta que não se consegue ler, e se quisesse ir ter contigo perdia-me, mesmo que já lá tivesse ido alguma vez.
Permito-me, só, pequenos luxos como ler, escrever, reflectir, encontrar-me. E, às sextas-feiras brincar aos apaixonados da Briosa trocando mimos cheios de alegria. Evidentemente que também surgem parêntesis de mau-humor. Surgem por exemplo quando alguém vai buscar correspondência à posta-restante numa tentativa de proteger o carteiro de serviço. Todavia sempre encontramos um inesperado ponto de equilíbrio que parece substituir a histeria da paixão pelo abismo, e aquilo que sempre fazemos denuncia bom-senso: questionamo-nos.
Decerto. Nestas noites de sexta-feira não me mantenho abstémio. Quem será capaz de imaginar Sócrates a dissertar com Crípton e Fídon ou Síria bebendo laranjada? E da bebedeira ligeira do primeiro estádio, isto é, aquela em que se escancaram as portas da eloquência, dou rédea solta ao meu fervor combativo: «Não. Não. Nada de desânimos. A arte apaixona-nos, por isso apreciemos Vénus e o que ela representa como Belo; ela está em condições de parir o nosso herói; é um caso de necessidade. Será lá que ele está refugiado.»
Intromete-se o estratega: «Isso só é verdade em alguns casos: não podes negar que as estátuas de Fídias fossem arte, e no entanto não nasceram da necessidade. Nasceram na riqueza; o melhor será fazermos alianças.». Outro nosso comparsa, mais atento às diabruras do seu rebento, a quem tudo perdoa, solta:« Parece que ouvi falar de alianças. Vocês não sabem quem pintou a Capela Sistina. Foi Winston Churchill. E sabem qual a verdadeira profissão de Winston Churchill? Campeão de basquetebol». Olha lá e quando morreu? Ainda perguntei, para ver se voltaríamos a falar da Académica. Azar. Ainda avivei mais o seu estilo de conversa arco-íris, «Em 1965, com noventa e um anos de idade» respondeu, ufano dos seus conhecimentos históricos. «Errado, errado» falou o filho, querendo marcar terreno e aparentar ser mais importante que o pai: «Morreu em 1967 com oitenta anos».
Levantei-me «Ah, Sim?» Muito bem. As enciclopédias estão erradas, a história está errada: Churchill nasceu em 30 de Novembro de 1874 e morreu no dia 24 de Janeiro de 1965».
E, atirando 15 Euros para a mesa, saí sem terminar o jantar. Sem sequer me despedir de ninguém. Procurava o herói, procurava o refúgio e falavam-me de Churchill e data do seu passamento. Tinham-me lixado o juízo!
Não obstante, a ideia de fazermos alianças não me repugnava. Dei por mim em Versailles vagueando, passeando e, dou de caras com o Palácio Petit Trianon.
Nas minhas fabulações: Capela Sistina, Churchill, Basquetebol, poderia ter ouvido mal e disseram futebol, Vénus e o sentido do Belo, defronte o Palácio Petit Trianon! Cogitei. Cogitei: Claro, a chave do código. Com os diabos! A Académica também pode negociar o seu Tratado, desta feita não se definindo fronteiras, mas levando o que há de Belo na Vénus ao Palácio Petit Trianon e lá se negociar um Acordo: o Acordo Trianon.