"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

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Informações

Estádio Cidade de Coimbra

Estádio Cidade de Coimbra
Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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segunda-feira, 19 de novembro de 2007

“Gostava de ficar muito tempo, mas só a ganhar”



Ambição é coisa que não falta a Domingos Paciência, que só pensa em vencer. O treinador, que rendeu há cerca de dois meses Manuel Machado no comando técnico da Briosa, não esconde a satisfação por estar a treinar a Académica. Um cenário que não se importa que dure muitos anos, a única condição é que os triunfos têm de aparecer regularmente, pois só assim o clube pode crescer

DIÁRIO DE COIMBRA (DC) – Que balanço faz destes dois meses em Coimbra?
DOMINGOS PACIÊNCIA (DP) – Não é um balanço positivo, mas também não posso dizer que seja negativo. Temos consciência de que poderíamos ter feito melhor e, se calhar, nesta altura poderíamos ter mais seis pontos pela quantidade e qualidade de jogo que temos apresentado. No entanto, temos de corrigir coisas que não têm estado bem.
DC – O que é faltou até agora?
DP – Faltou em momentos decisivos alguma maturidade para assumir determinada posição durante o jogo e isso paga-se com golos e resultados. Foi isso que aconteceu nos últimos jogos.
DC – O seu antecessor queixava-se que tinha uma equipa inexperiente?
DP – Sinto que é uma equipa jovem, mas que tem aspectos que é de salientar como a disponibilidade para trabalhar. É uma equipa ambiciosa. Agora sentimos que falta a esta equipa dois ou três jogadores que com alguma maturidade possam trazer mais experiência para dentro do campo. De qualquer maneira, temos uma equipa que quer crescer e isso também é positivo.
DC – Está a contar com esses três jogadores em Janeiro?
DP – Vamos ver. Há um mês tive uma reunião com as pessoas e fiz-lhes ver que há necessidade de reforçar e melhorar o rendimento da equipa. Sabemos quais são as posições. Vamos procurar no mercado e ver se esses jogadores existem e estão disponíveis para vir para a Académica.
DC – Defesa direito, defesa esquerdo e ponta-de-lança são as posições a reforçar?
DP – Como é possível uma equipa na BwinLiga andar com duas adaptações nas faixas laterais? Apesar de não gostar muito da palavra adaptações é um facto que tive de fazer duas alterações de jogadores que jogam em determinadas posições e passaram para outras. E porquê? Porque há lacunas na equipa. Há também um sector ofensivo onde queria que houvesse mais golos e concretizássemos as situações que temos criado. Noutras posições também sinto que podemos ser melhores. Para além disso, temos de estar precavidos para algumas situações, como, por exemplo, a provável ida do N’Doye à Taça das Nações Africanas.
DC – O Pedrinho é um desses jogadores para entrar em Janeiro?
DP – Poderá ser uma situação. É um jogador da Académica, que tem estado com um bom rendimento no Varzim. Portanto, poderá ser uma solução. Acima de tudo, temos de melhorar para poder ganhar.
DC – E há jogadores para emprestar?
DP – Também. Poderá haver jogadores que terão de sair para rodar.
DC – Que diferenças sentiu até agora em relação ao dia em que ingressou na Académica?
DP – É difícil. Desde o primeiro dia impus uma forma de trabalhar, que é a minha. Senti que antes havia uma forma de trabalhar diferente, por aquilo que me fui apercebendo, que respeito perfeitamente e que consegue os seus resultados. Há que dar os parabéns pelo percurso do professor Manuel Machado. A equipa começou a mexer em pontos onde era importante mexer. A equipa está cada vez mais disponível e denota grande ambição e atitude competitiva.
DC – Para já, parece ter caído no goto dos jogadores, que elogiam a sua maneira de trabalhar?
DP – É importante conseguirmos os resultados. Todos temos consciência da forma como trabalhamos e eles sabem que ao domingo estão mais próximos de ganhar. Pena é que, por vezes, aconteçam situações que deitam por terra os resultados que desejávamos. Foi isso que aconteceu nos dois últimos desafios. Pelo menos, acreditam naquilo que fazem e acreditam nas pessoas que estão a trabalhar com eles. Isso é importante.
DC – A Académica é uma das vítimas da arbitragem?
DP – Acho que as pessoas aqui têm algum receio em falar, algum receio em contestar as arbitragens. Eu não tenho. A Académica tem de contestar quando tiver motivos para isso e quando não entender deve estar tranquila. Há momentos em que sentimos que somos prejudicados. O encontro com o Estrela da Amadora foi um desses casos. Houve dois erros que acabaram por ter influência no resultado: transformaram um canto num pontapé de baliza e uma falta dez metros atrás e que foi marcada dez metros à frente. Não estou a desculpar os nossos erros, mas o árbitro também os teve.
DC – Pelo seu discurso parece que veio disposto a mudar mentalidades.
DP – Não venho disposto a mudar as mentalidades. Eu venho disposto a ganhar e a conseguir os objectivos. Agora se tenho uma forma de pensar diferente é a minha e é essa que quero impor. Se as pessoas estiverem dispostas a aceitar isso muito bem, então temos tudo para andar para a frente. Agora, é evidente que quero uma Académica com uma imagem diferente, uma equipa agressiva, com uma mentalidade forte e com uma percentagem maior de vitória em qualquer campo que vá jogar.
DC – Nas últimas cinco temporadas, a Académica atingiu a manutenção sempre nas derradeiras jornadas.
DP – Já falei sobre isso com os jogadores. Não podemos estar à espera das últimas jornadas para abrir o champanhe e para ficarmos tranquilos. Temos o quanto antes de garantir a manutenção e amealhar o máximo de pontos. Temos de fazer com que a equipa ande tranquila e o mais acima possível. Sabemos que é difícil, que há um grupo de equipas de nível semelhante, mas esperamos que a Académica consiga ser diferente em relação aos últimos anos.
DC – Consegue perceber porque é que a Briosa sentiu tantas dificuldades nos últimos anos?
DP – Se calhar consigo. Porque, acima de tudo, tem de haver um critério rigoroso de selecção na forma como se constitui toda uma estrutura. É evidente que estou satisfeito com os jogadores que tenho, neste momento, mas podemos fortalecer ainda mais esta equipa. Temos de procurar os melhores jogadores, manter os melhores, por forma a tornar a Académica uma equipa forte e respeitada.
DC – Mas será só um problema de jogadores?
DP – Eu tive oportunidade de trabalhar num clube grande e sei que é uma estrutura muito mais pesada. Não é a estrutura da Académica. Cada clube tem a sua forma de trabalhar. O Leiria é diferente da Académica, a Académica é diferente da Naval. Temos de respeitar. Procuro, no fundo, impor algumas coisas que a mim me fizeram crescer como treinador e, se calhar, cresci a viver situações num clube grande e na selecção. Também me apoio em situações que tiveram resultados positivos. Procuro fazer com que as pessoas também acreditem que é assim que vamos conseguir, mas as pessoas também têm as suas ideias e os seus objectivos. Tenho de as respeitar, estou aqui para ganhar e quero preparar a equipa da melhor maneira para chegar ao domingo e ganhar. Não me posso preocupar com tudo e mais alguma coisa e as pessoas que estão aqui são responsáveis e de qualidade.
DC – A Académica tem um enorme capital de simpatia. Não terá o clube potencial para andar na metade de cima da classificação?
DP – Julgo que sim. Tendo em conta a massa humana, a Académica tinha por obrigação andar em lugares mais cimeiros. Se calhar, colocaria a Briosa ao nível do Belenenses. Infelizmente, nos últimos anos, não é isso que tem acontecido. Tem de haver um esforço de todos, tem de se pensar naquilo que realmente se deve fazer para que o clube cresça. Normalmente, quando vou para um clube, traço objectivos para mim e para o próprio clube. Seria um êxito muito grande para mim fazer com que a Académica, no final da época, fosse uma equipa diferente e que ficasse mais acima, que conseguisse trazer mais gente ao estádio. A Académica é um clube simpático, toda a gente gosta dela – passo em diversos pontos do país e sinto o carinho que as pessoas têm pela Académica – e isso é de aproveitar para crescer e fazer com que o clube seja cada vez maior.
DC – Vê-se a ficar aqui muitos anos?
DP – Estou aqui praticamente há dois meses. Para mim, é uma experiência bonita e adoro Coimbra. É uma cidade espectacular, que vale a pena viver. Gostava de ficar aqui muito tempo, mas com resultados positivos. Fico bem onde sinto que estou a ganhar, porque para mim só existe uma forma: quero ganhar e fico extremamente triste quando isso não acontece. Gostaria de ter tido um princípio de época em que pudesse fazer as coisas à minha maneira e, de certeza absoluta, que as coisas seriam diferentes. Vamos tentar rectificar e encontrar a melhor forma para tornar a Académica mais forte.
DC – O Estádio Cidade de Coimbra é um recinto pouco intimidatório…
DP – O Estádio Cidade de Coimbra é um bom estádio para jogar quer para nós quer para o adversário. É um recinto onde estão criadas condições para qualquer equipa que tenha mais qualidade que nós possa impor o seu futebol. A massa adepta está mais longe e, se calhar, podia estar mais em cima, ser mais pressionante. No entanto, já houve momentos esta época em que senti que a Mancha Negra esteve com a equipa, que apoia do princípio ao fim, uma claque com muita voz – viu-se no Bessa e em Belém. Gostaríamos que aparecesse mais gente, que a equipa sentisse ainda mais o apoio das pessoas. Mas, com o tempo as coisas podem melhorar.

in Diário de Coimbra