"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

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Informações

Estádio Cidade de Coimbra

Estádio Cidade de Coimbra
Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

CANÇÃO DE COIMBRA-PARTE II

"No ano de 1969 deu-se a crise académica iniciando-se um ciclo de dez anos em qque se "aboliu" a praxe e as tradições académicas, reflectindo-se forçosamente no "fado" de Coimbra. Desde 1969 o luto académico acarretou a suspensão do uso da capa e batina e da prática da guitarra, do canto e das serenatas, como forma de protesto e contestação ao regime, o que levou à prisão e julgamento sumário de dezenas de estudantes e dirigentes académicos.
Antes do 25 de Abril é importante realçar a luta de Jorge Gomes pela manutenção do "fado" de Coimbra, ao fundar escolas onde se aprende o "fado" de Coimbra.
Com a revolução dos cravos o "fado" de Coimbra ganha outra dimensão,estabelecendo-se como ferramenta de expressão reaccionária, segundo alguns.

Nota ( Não me revejo minimamente neste ponto de vista, já que como homem de esquerda assumido, sempre continuei a praticar a música de Coimbra sem qualquer complexos. Devo dizer a talhe de foice, que várias vezes toquei na Sé Velha nestas alturas conturbadas, sem que o
sentimento revolucionário fosse minimamente beliscado. Lamento sim, foi o aproveitamento da direita e extrema direita, que assumiram a Canção de Coimbra como deles, esquecendo-se que Zeca, Adriano, Niza, e poderei dizer, a grande maioria dos cultores desta música tinham
ideais manifestamente de esquerda. Os erros pagam-se caros, e quem
ficou a perder foi exactamente a nossa música...)

No ano de 1978 teve lugar em Coimbra o 1º seminário do fado de Coimbra, realizado nos dias 20 e 21, que proporcionou a reafirmação do "fado" de Coimbra. O seu encerramento deu lugar a uma mega serenata que contou com alguns dos maiores nomes do "fado" de Coimbra da época,
onde modéstia à parte me incluo.
Foi aliás a 1ª e única vez, que toquei na Sé Velha com o meu Pai.
Após o período atrás mencionado constata-se um abrandamento na evolução do "fado" de Coimbra. Contudo, muitos dos nomes que estiveram em destaque na época em questão ainda mantêm uma intensa actividade integrando grupos de fados dispersos por todo o país.

Na geração seguinte, surge um factor de grande importância - a profissionalização de alguns cantores e guitarristas ao contrário do amadorismo das gerações aqui expostas anteriormente- é o caso do exímio guitarrista Paulo Soares ( que orgulhosamente foi meu aluno), que publicou " O Método de Guitarra Portuguesa".
Um dado curioso é o facto de actualmente as mulheres também se dedicarem ao estudo da guitarra de Coimbra ( e muito bem!!!), libertando assim a exclusividade da guitarra a mãos masculinas.

No próximo capítulo o Estudo da Serenata de Coimbra.

Assinado: Mário José De Castro"