Eu (também) poderia ser Presidente!

Eu (também) poderia ser Presidente!

Se me candidatasse…

Se fosse eleito…

Se herdasse um passivo zero…

As contas são fáceis de fazer (excluo os patrocínios e patrociniozecos):

450.000 contos/ano da TBZ

+

350.000 contos/ano da Olivedesportos/PPTV

+

150.000 contos de quotas dos associados

Perfaz a módica quantia de 950.000 contos/ano, valor mais do que suficiente para construir uma equipa a lutar pela Europa.

Isto, se eu percebesse alguma coisa de futebol… Caso contrário, estaria a lutar para não descer. Outros clubes, com um terço do nosso orçamento, caminham à nossa frente na tabela classificativa…(Todos os anos…).

Mas o facto é que não me candidatei,

Portanto não serei eleito,

Nem o passivo está a zero.

No decorrer da eficaz, cirúrgica e aparentemente bem sucedida tentativa de assassinato político-académico do Dr. Campos Coroa, vendeu-se a ideia de que a Académica estava falida em 2002 por culpa de Coroa & Partners e exacerbou-se até à exaustão os grandes dotes de gestor do Sr. Engº José Eduardo Simões, o salvador da pátria académica.

Nada mais incorrecto.

Vejamos, sucintamente, qual foi a sua gestão económica e a sua gestão desportiva:

Gestão Económica

- O Dr. Campos Coroa demitiu-se em 10-12-2002. O Engº José Eduardo Simões apresenta um passivo de um milhão de contos reportados a 31-12-2002;

- As receitas da televisão, ao contrário dos boatos, não tinham sido adiantadas, nem as de 2002/2003 porque os bancos não descontavam as letras, muito menos as dos anos subsequentes por ser uma incógnita a manutenção da 1º liga. Logo, o actual Presidente quase sempre pode dispor dos referidos 950.000 contos, a que temos de juntar as verbas dos patrocínios das camisolas, da REPSOL, etc.

- No entanto, o passivo hoje em dia é mais do dobro daquele de 2002, facto indubitável, por mais operações de cosmética ridículas que se façam, o que indicia uma despesa muito para além das reais possibilidades. Boa gestão?(Ai se lhe acaba a TBZ…).

Gestão Desportiva

Com orçamentos de luxo, ano após ano, a mesma realidade: lutar para não descer, com uma rotação de jogadores brutal e nunca vista e quase perda de identidade da Briosa.

A sorte do actual Presidente foi ter recebido a Académica na 1ª divisão e o Estádio de mão beijada da Câmara, possibilitando o negócio com a TBZ, de quem tão mal fala agora. (Na 2ª e sem TBZ é que eu queria ver se o homem teria engenho e arte).

Como relembrou o Lucas Silveirinha algures num comentário na blogoesfera, o Dr. Mendes Silva pagou facturas do Engº Anjinho, o Dr. Paulo Cardoso facturas do Dr. Mendes Silva, o Dr. Fausto Correia débitos do tempo do Dr. Paulo Cardoso, o Dr. Campos Coroa outros que tais do Dr. Fausto Correia, e nunca nenhum deles veio a terreiro para a praça pública verberar contra os seus antecessores, por ter herdado um passivo condicionante e asfixiante. Ao contrário do actual Presidente para, afinal, conseguir duplicar o passivo que recebera, condicionando e desincentivando eventuais alternativas.

E eis-nos chegados ao objectivo desta missiva: a de desmistificar a candidatura de João Francisco.

Aponta-se-lhe a juventude, a verdura e a falta de suporte financeiro:

- o que lhe falta em idade, compensa-a com um percurso académico já bem preenchido, ao contrário de outros que parecem ter nascido em 2002…;

- se verdura significa incapacidade para gerir financeira e desportivamente a AAC/oaf, parece-me que fazer pior deve ser impossível…;

- não sei se tem ou não suporte financeiro. O que eu sei, é que se não estivéssemos em pré-falência, se vivêssemos dentro das nossas possibilidades com as vastas receitas fixas de que dispomos, não precisaríamos de recorrer a estratagemas bancários.

Assim, como disse, também eu poderia ser Presidente.

Tenho dito.