"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

Pardalitos estão neste momento a voar no Choupal

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Informações

Estádio Cidade de Coimbra

Estádio Cidade de Coimbra
Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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quarta-feira, 21 de maio de 2008

Contentores, Profissionalões ou Atletas?

“Se os meus leitores bem se recordam, sou o presidente da AAC-Associação Atlética do Cortiço, depois de, conluiado com o Manel dos Sobreiros, ter puxado o tapete ao meu arqui-inimigo Zé Moleiro.

Apesar de me dedicar à trolharia, dei comigo por acaso e sem saber bem como, inserido no negócio de contentores, que importo quase como novos, do Brasil.

Se bem se recordam, o meu hexavô Dudu Clementino fora deportado para Terras de Vera Cruz, depois de levar com 30 vergastadas no lombo, por causa de negócios pouco claros.

Vai daí que numa das minhas inúmeras viagens ao Brasil à cata de contentores, fui à procura do rasto do Dudu Clementino. Como o fardo me parecera demasiado pesado, optei por levar comigo o escrivão da junta, o Papa-Açorda, que tem a mania que percebe de história, para me ajudar nesta hercúlea tarefa. Debalde. O manego, em vez de se embrenhar nos Arquivos do Real Gabinete Português de Leitura da Baía, não largava as moquecas de camarão e os acarajés. Esperar o quê? Então se o homem anda há 6 anos para criar o Museu do Cortiço e ainda nem estaminé arranjou!

Lá tive eu de me desenvencilhar sozinho. E não é que isto dos contentores é, afinal, um negócio com pergaminhos na família?!

Se bem se recordam, o jogo da carica estava muito em voga na altura, aqui na Metrópole. Quer na Corte quer no Cortiço. O Dudu Clementino, ratolas como era, cuidou logo de se aproveitar dos seus conhecimentos no campo da carica, e ala que se faz tarde, transformou-se em mais um negreiro da região. Mandava vir contentores de escravos do outro lado do Atlântico, lá das Africas, e ei-lo a apregoá-los aos quatro ventos, em pleno porto da Baía de Todos os Santos:

“ – Olha os belos jogadores de carica, a cinquenta guinéus cada!

Olha o Fifi Alvo!

Olha o Diogo Tan-tan!

Olha o Del-mar!

Olha o Caca!

Olha o Irinego!

Olha o Queleber

Olha o… porra, que fiquei afónico. Pudera, é muita cabeça.”

Mas os compradores de jogadores de carica não lhes pegavam:

“ – Oh Dudu, só tens pilecas. Pô, com esses neguinhos não te safas, não.”.

O homem andava desesperado. Pudera, o contentor de neguinhos tinha-lhe custado a módica quantia de 100.000 guinéus.

Mas espertalhão como era, pede perdão a Sua Alteza Real, regressa à Metrópole e à Presidência da AAC-Associação dos Amigos da Carica, aqui no Cortiço, e trata de despachar o contentor com os neguinhos. A AAC arrematou-os por 200.000 guinéus.

“Mas, alto lá, esperem aí – disse aos seus colegas de direcção. É só por metade do corpo deles, o lado direito. O esquerdo ainda tem de ser resgatado lá na Baía.”

A partir daí, foi um ver se te avias. Todos os anos, por alturas do início da saison da carica, eram contentores e contentores a chegarem a Belém e daí por carroça encaminhados para o Cortiço.

Mas o povão começou a torcer o nariz. Os homens, claramente, nunca tinham jogado carica na vida. E o Dudu Clementino teve de diversificar os mercados. Ainda andou à prospecção pelos Uruguais e Colômbias, mas foi pior a emenda que o soneto.

Foi quando jurou: contentores, nunca mais. Agora, só jogadores da terra.

Dudu Laranja”

Este texto, obviamente, é uma sátira. Mas, Graças a Deus que começamos a ver resultados financeiros da política (passada?) de privilégio pelo jogador sul-americano. Mas o que eu quereria realmente, era que o Presidente não fizesse tábua rasa das promessas eleitorais e apostasse inequivocamente no jogador estudante-universitário, fazendo jus à razão de ser da Briosa. Aqui e acolá, caso necessário, mesclado com profissionais de qualidade, pois se queremos futuramente uma Académica realmente melhor e académica, teremos de estabilizá-la definitivamente no primeiro escalão do futebol português.

Mais do que aventar nomes e especular contratações, como é apanágio de todas as pré-temporadas, o momento deveria ser de reflexão sobre a essência da Briosa que queremos.

Pretendemos contentores, profissionalões chulos da bola para gáudio da massa adepta ou atletas, preferencialmente estudantes, que nos ajudem a levantar bem alto a bandeira da Académica e a cimentar a sua mística única de instituição formadora, símbolo máximo de uma Academia?

A ver vamos o que nos espera esta época.

Tenho dito.