Serenata da Latada 2008

"Só faltou o silêncio à serenata da Latada n Sem a magnitude da “monumental” da Queima das Fitas, a serenata da Latada não deixou de ser intensa em emoções e substancial em assistência. Aos “pés” da Sé Nova, milhares de estudantes esperaram para ouvir o Grupo de Fados da Associação Académica e, depois, o Grupo Despertar, na noite de arranque da festa de recepção aos caloiros.Como que a dar razão às palavras de Francisco Requixa, da Secção de Fado da AAC, proferidas horas antes ao DC FM, - «a serenata pretende oferecer a quem a ouve uma tempestade de sentimentos» - houve emoções no largo bem composto da Sé Nova, mas também se fez notar, e como maior evidência, o muito ruído das conversas. Bem como o bater de palmas no final das actuações, outrora “proibido” e agora quase “na moda”.

Nada, no entanto, que estragasse o “momento mágico” dos caloiros - e também dos mais “veteranos” - nem mesmo o ruído intermitente, externo ao largo, e se supunha vir da preparação do convívio nas Químicas.«Faz todo o sentido ser a serenata a abrir a festas das latas para os caloiros terem um verdadeiro contacto com a tradição e perceberem o que Coimbra tem de diferente em relação a outras cidades», diria Carlos Eva, da direcção geral da AAC.Certamente que os caloiros ainda não sentem o que os “padrinhos” já começam a perceber: “que Coimbra tem mais encanto na hora da despedida”.

Mas, ainda assim, tiveram ontem oportunidade de “viajar” pelas emotivas criações de Carlos Paredes, Luís Góis, João Bagão, Artur Paredes ou Florêncio de Carvalho, entre outros autores interpretados.Para já, é tempo de os recém- -chegados “curtirem” a Latada de uma Universidade cada vez mais cosmopolita - era notória a presença de muitos estrangeiros no largo da Sé. A Latada prossegue hoje com o Sarau Académico na Praça da Canção, a partir das 22h00.

in Diário de Coimbra