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Com a devida vénia:
"A Académica de Coimbra anunciou hoje a rescisão unilateral do contrato com a TBZ para a gestão do Estádio Cidade de Coimbra, invocando justa causa.

"A Académica rescindiu o contrato com a TBZ e, a partir de agora, assume a gestão do Estádio Cidade de Coimbra. Esta decisão já foi comunicada ao presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Dr. Carlos Encarnação. Desejamos as melhores felicidades à TBZ, mas, a partir de agora, seguimos sozinhos"anunciou o presidente da Académica, José Eduardo Simões.

De acordo com o dirigente, "estão assegurados os serviços mínimos" e a prória Académica já está a organizar o jogo do próximo sábado com o Paços de Ferreira, da 11ª jornada da Liga portuguesa de futebol.

Segundo o líder academista, o jogo entre Académica e Benfica do passado dia 23 de Novembro, onde foram retidas verbas de bilheteira por parte da Académica, agudizaram o problema, mas "a gota de água foi a penhora de uma empresa terceira, onde verbas da Académica teriam que ser canalizadas para lá, sem ter nada a ver com isso".

"Este caso inibiria a Académica de movimentar essas receitas", justificou o presidente da Briosa, acrescentando que as razões da rescisão por justa causa seguiram numa carta de cinco páginas.

José Eduardo Simões relatou ainda os problemas do passado que obrigaram à criação de um Tribunal Arbitral para resolver os conflitos entre as partes, mas a assinatura de um novo contrato, a 28 de Outubro passado, parecia restabelecer a ordem "com regras mais restritas".

"Infelizmente isso não aconteceu e nas últimas semanas temos assistido a notícias de problemas da TBZ com outras empresas e outros clubes. Surgiram problemas económicos por parte da nossa associada e connosco as coisas também deram neste desfecho", concluiu o presidente.

Apesar de assumir sozinha a gestão do Estádio Cidade de Coimbra, a direcção academista não fecha as portas a outros parceiros, no entanto, diz não se responsabilizar por dívidas do passado, imputadas à TBZ, canalizando para os órgãos próprios, os tribunais, a resolução desses problemas.

A Académica tinha assinado com a TBZ um contrato em 2004 por dez anos para a gestão do Estádio Cidade de Coimbra, propriedade da Câmara Municipal de Coimbra, mas ao fim de quatro anos terminou, com a remoção de todos os bens imobiliários pertencentes à empresa gestora.

A Agência Lusa contactou a administração da TBZ, que preferiu não comentar a situação, mas adiantou que este caso está a ser analisado do ponto de vista legal.

"O contrato é claro: as receitas são propriedade da TBZ. Em quatro anos, a TBZ entregou mais de oito milhões de euros à Direcção da Académica", dizia a nota.

A TBZ, empresa de licenciamento desportivo que trabalha com FC Porto, Benfica e Sporting, enfrenta problemas de liquidez e pediu um plano judicial de recuperação financeira que lhe permita estabilizar em três anos.""

in futebolar.pt