in DCoimbra:dinheiro apreeendido a José Eduardo Simões

Judiciária não conseguiu apurar
destino e proveniência do dinheiro

«Pode ser verdade ou não». Foi assim que um coordenador da Polícia Judiciária de Coimbra respondeu, ontem no tribunal, quando questionado sobre a veracidade do título da notícia “Simões ficou com 100 mil” que está na origem do julgamento. Como explicou ontem o titular da investigação, não foi possível apurar nem a proveniência nem o destino a dar aos 100 mil euros em notas apreendidos no automóvel do presidente da Académica.
Durante o seu testemunho, aquele coordenador da PJ admitiu que a leitura que a jornalista tinha feito das peças processuais era «possível» mas também reconheceu que de todas as verbas que foram analisadas durante a investigação a José Eduardo Simões foram canalizadas para a Académica. À excepção deste dinheiro, que o mesmo investigador reconheceu ser uma «situação muito pouco normal» dado o seu elevado montante. Entre os envelopes, explicou, apenas um seria timbrado e pertenceria a uma empresa de construção civil da cidade.
Durante o julgamento de ontem, ficou-se ainda a saber que além dos dois processos que já resultaram em acusação por parte do Ministério Público haverá ainda investigações a decorrer. Todavia, neste julgamento apenas se está a analisar a peça jornalística que José Eduardo Simões, acompanhado pelo MP, entende ser errada e atentatória do seu bom nome. A jornalista do Sol já reassumiu que lidas as peças processuais a que teve acesso não teve dúvidas em escrever a notícia em que se admite que, além dos donativos para a Briosa (a troco de favores por parte da Câmara), José Eduardo Simões também ficaria com algum dinheiro para si. O julgamento segue na próxima semana.