in D.Coimbra: Briosa “veta” prova de atletismo no Estádio Cidade de Coimbra

Elementos da ADAC e vários atletas que iam participar nas provas
manifestaram-se de forma pacífica à entrada do ECC
Académica/OAF e Associação Distrital de Atletismo continuam sem se entender sob a gestão e utilização do Estádio Cidade de Coimbra. Apesar da reunião efectuada no mês de Abril, que além das duas entidades referidas, contou ainda com representantes da autarquia e também de outras associações que utilizam aquele espaço desportivo, a verdade é que os diferendos continuam a gerar “amargos de boca”. E alguns bem graves.
Ontem, a jornada inaugural do Campeonato Distrital de Benjamins/Infantis (jovens dos 10 aos 13 anos), acabou por não se realizar devido ao facto da Académica, entidade que tem a gestão do recinto, não o ter permitido. Pior do que isso, a tomada de posição da direcção academista apenas foi conhecida… às 17h00, hora em que o fax chegou à sede da ADAC, ou seja, três horas e meia antes do normal arranque das provas.
Mas, a questão acaba por registar um pormenor ainda mais curioso. De facto, a competição em causa foi inicialmente marcada para 6 e 7 de Junho, tendo sido antecipada a pedido… da AAC/OAF, que solicitou o desimpedimento do estádio no fim-de-semana.
O secretário técnico da ADAC, Oliveira Gomes, não esconde que esta é uma «situação insustentável», solicitando o quanto antes uma tomada de posição da autarquia.
«O Estádio não é da Académica e muito menos a pista de atletismo. Tem de se resolver a situação de uma vez por todas, porque assim é impossível desenvolver a prática desportiva. Pediram-nos para alterar a data da prova e assim o fizemos. E depois dizem que não autorizam a entrada no recinto a poucas horas da prova começar? Assim não», sublinhou o responsável.
Manifestação atlética
Pelo que o Diário de Coimbra conseguiu apurar, a Académica, no mesmo dia em que se procedeu à já referida reunião com autarquia e associações, estipulou o preço de 300 euros para o aluguer do espaço em provas como as que deveriam ter tido lugar ontem.
Agora, segundo Oliveira Gomes «também nesse momento ficou definido que se iria fazer uma análise aos custos pelo que, enquanto não houvesse resultados, seria a autarquia a arcar com as despesas. Pelos vistos as coisas não estão a funcionar», disse o responsável, acrescentando ainda que a justificação dada para esta posição de força foi o facto da «Académica não poder continuar a pagar utilizações de outras entidades alheias às suas próprias actividades. Quem utiliza o estádio tem de se comprometer a pagar as despesas inerentes às acções desenvolvidas».
Com as portas fechadas, as provas foram canceladas, mas deram azo a uma manifestação ordeira, que contou com a presença de atletas de pontos como Coimbra, Aveiro ou Seia.
Sem reacção
O DC procurou obter declarações do presidente dos estudantes, José Eduardo Simões, mas os contactos telefónicos não tiveram sucesso. O mesmo sucedeu com o vereador do desporto da Câmara Municipal de Coimbra, Luís Providência e Jorge Abrantes, responsável pela Divisão de Desporto da CMC.
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