Sinais inquietantes

Quando se avizinha tempestade, conseguimos perceber pela tensão que paira no ar, se ela demora ou se é eminente.
Sexta feira passada pela primeira vez no seu já longo historial a Académica não conseguiu "arranjar" 50 sócios para que se pudessem discutir os Estatutos.
Quem como eu, há muito tempo anda nestas lides, tem vindo a aperceber-se  de Assembleia para Assembleia da "debandada". Os sócios já não querem saber qual o caminho trilhado.Pouco importa.
também se no  Estádio  as assistências tem vindo a pique. Um jogo com o campeão nacional, com apenas 5 mil pessoas?
Todos temos culpas no cartório. Não temos sabido vender o produto Académica ás novas gerações. E estas sedentas de "vitórias de Pirro" viram-se para outros lados.
Disse-o  muitas vezes, a nossa fonte é a Universidade de Coimbra. Virámo-nos para outros lados e não soubemos ou não tivemos engenho para cativar os estudantes para a nossa causa, que no fundo é ( foi) a deles.
O futebol é caro, ser sócio é um encargo grande, com muitos deveres e escassos direitos.A fidelização é um caminho difícil que exige muita paciência. Não pudemos querer para hoje, o que só com muita dedicação, poderemos obter amanhã.
É preciso ideias para a Académica voltar aos tempos áureos. É preciso que todos, mas principalmente os nossos dirigentes saibam agir de acordo com os pergaminhos que a Briosa tão bem soube escrever em momentos que fizeram História.