in Diário Coimbra:Remo da Académica sagrou-se “tricampeão” Nacional de Clubes

O rio Mondego foi ontem palco da última regata pontuável para o ranking nacional de clubes de remo. A turma escolar sofreu, mas arrebatou o “tri”

Foram 123 tripulações e mais de quatro centenas de remadores que disputaram ontem em Coimbra o Campeonato Nacional de Sprint, última prova pontuável para o ranking nacional que define o campeão luso de remo.
À partida para esta derradeira jornada do remo nacional, a anfitriã Académica liderava a classificação geral de clubes, mas a proximidade pontual do Infante D. Henrique deixava em aberto um título que pelo quarto ano se decidiu em Coimbra.
Deste modo, a turma escolar procurava, a “remar em casa”, um “tricampeonato” que não fugiu. Sofrimento foi palavra de ordem, até porque os estudantes foram desclassificados numa das provas deste último dia o que deu “esperanças” redobradas aos nortenhos, com quem a Académica ombreava.
A prova maior de que o equilíbrio foi grande é que o título apenas foi matematicamente atribuído aos conimbricenses na penúltima regata. O triunfo academista no quadri-scull feminino confirmou novo título nacional. Contudo, a turma escolar conseguiu fechar com “chave de ouro” o Nacional de Sprint e venceu o shell de 8 com timoneiro, ainda que o Fluvial Portuense e o Infante D. Henrique tenham dado grande luta. O Ginásio Figueirense ficou à porta do pódio.

Académica satisfeita…
«O balanço é muito positivo», refere João Catarro. O presidente do comité organizador deste Nacional de Sprint destacou que «conseguimos ter seis pistas balizadas, transmissão televisiva e mais de 400 atletas em prova», revelando de seguida organizar a prova que decide o título nacional pelo quarto ano consecutivo «é um desafio e uma responsabilidade acrescida que temos». João Catarro, vice-presidente da secção de desportos náuticos da AAC, acredita que «Coimbra está a consolidar a sua posição no remo nacional», enaltecendo o facto de a Académica ter «uma dinâmica especial».

…e Federação também
Fernando Ferreira afirmou que este Nacional de Sprint «fechou com chave d’ouro a época». O representante da Federação Portuguesa de Remo (FPR) elogiou ainda organização e o “palco” do evento. «A Académica teve mais uma organização ao nível do que nos habituou. Este espelho de água e a zona envolvente são espectaculares, mas continua a haver o problema do assoreamento que prejudica este tipo de eventos», frisou.
O dirigente mostrou-se ainda agradado com «o crescimento que o remo tem registado nos últimos cinco anos é notável, pois temos cada vez mais atletas, há clubes novos e outros que retomaram a actividade».

Ginásio e Naval presentes
Académica e Ginásio Figueirense representaram o distrito e ambos tiveram motivos para sorrir neste Nacional de Sprint.
A Académica, para além de assegurar os pontos necessários para liderar o ranking nacional de clubes e, por conseguinte, se sagrar campeã, conseguiu ainda triunfar nas provas de Shell de 8 com timoneiro, quadri-scull sénior feminino, quadri-scull sénior masculino, skiff sénior masculino e double-scull júnior masculino.
O Ginásio arrecadou os títulos em skiff júnior masculino, shell de 4 sem timoneiro júnior masculino e double-scull júnior feminino.