Basquete: O céu é o limite

A Académica derrotou o FC Porto pela segunda vez esta época e, em Fafe, bastaram dois pontos, 73-71, para afastar os “dragões” do sonho de tentarem revalidar o título na Taça de Portugal.

No jogo que marcou o regresso, após lesão, do portista João Santos à competição, foram muitos os erros cometidos pelos jogadores de Moncho López no decorrer da primeira parte.

Os números não enganam e os 13 “turnovers” dos “dragões, 12 dos quais foram roubos de bola, atestam o nervosismo inicial de uma equipa que veio a Fafe defender o título alcançado na última temporada mais a Sul, no Entroncamento.

A Académica aproveitou o fator psicológico favorável, de quem é a única equipa, até ao momento, capaz de bater o FC Porto no campeonato da Liga e não se rogou na hora de atacar o cesto, invariavelmente pelo poste Tommie Eddie.

Mais esclarecida que os “portistas”, não foi de estranhar o facto da “briosa” chegar ao intervalo na frente do marcador, por 31-35.

Se bem acabou a primeira parte, melhor começou a segunda. Quatro pontos consecutivos elevavam a diferença para oito pontos, 31-39, sem tendência para ser anulada.

Moncho López, insistia em João Santos, nitidamente com falta de ritmo competitivo, e os erros sucediam-se numa equipa que tardava em encontrar-se.

Dois triplos consecutivos para a Académica adensavam a tensão no FC Porto, que via uma falta técnica ser assinalada a Gregory Stempin, já com o terceiro período terminado.

Aproveitaram os estudantes, que no arranque dos últimos dez minutos, e depois de um triplo de William Holland, garantiam a maior vantagem de todo o encontro, 48-62.

Os “dragões” viviam o pior momento da partida e só conseguiram entrar novamente na discussão do marcador graças à inspiração de Nuno Marçal, que a 2.42 minutos do apito final colocava o jogo empatado a 65 pontos.

Os minutos finais foram praticamente vividos na linha de lançamento livre, onde as constantes e intencionais faltas de ambas as equipas eram castigadas.

A quatro segundos do fim, o base norte-americano dos “dragões” falha de propósito o segundo lançamento livre e, no ressalto, Carlos Andrade atira de três pontos, mas não consegue converter. O FC Porto estava fora da Taça.

“Hoje sinto-me muito mal. É uma derrota muito grande, pois perdemos hoje um dos grandes objectivos da época. Sinto-me envergonhado. A Académica ganhou com grande autoridade e esta derrota mostra que temos de trabalhar muito para vencermos o campeonato”, afirmou o técnico espanhol do FC Porto, Moncho López.

Do lado da Académica, Norberto Alves garante que tudo vai fazer para continuar até domingo em Fafe.

“Foi um jogo muito exigente, com todo o mérito dos meus jogadores em fazer partida equilibradas contra o FC Porto, que é a melhor equipa nacional. Estão aqui jogadores que vieram comigo desde a terceira divisão, por isso tudo faremos para continuar, pois agora não queremos sair daqui”, justificou o técnico dos estudantes.

Jogo no Pavilhão Multiusos de Fafe

FC Porto – Académica, 71-73.

Sob a arbitragem de Carlos Santos, Pedro Coelho e Fernando Rezende as equipas alinharam e marcaram:

- FC Porto(71): José Costa (2), Nuno Marçal (19), Carlos Andrade, Gregory Stempin (14) e Julian Terrel(12). Jogaram ainda Sean Ogirri (21), João Santos, Miguel Miranda (3)

- Académica (73): Diogo Simões (17), Fernando Sousa (10), Matthew Shaw (13), William Holland (17) e Tommie Eddie(16). Jogou ainda Bruno Costa

Marcha do marcador: 17-20 (primeiro período), 31-35 (intervalo), 48-53 (terceiro período) e 71-73 (resultado final).

Assistência: 300 espectadores.

Nota: grande vitória sobre o FC Porto. Agora, rumo à final!

Nota dos Pardalitos: comentário enviado por um dos nossos leitores ao qual agradecemos. A Académica defronta o Penafiel, que derrotou a Ovarense, as meias finais amanhã..