Um olhar sobre a Briosa.

A vida da Académica tem conhecido ultimamente alguns acontecimentos que talvez mereçam desde logo alguma reflexão.

O afastamento (termo simpático) de Pedro Roma, um símbolo da Briosa das últimas décadas, é no mínimo indiciador dos caminhos que o presidente há muito preconiza para a Instituição. Os valores estão há muito divorciados da secular casa, que é a nossa, e assim só os mais desatentos estranharão que Roma se afaste, sem um ai.

Numa Assembleia Geral, de há 2 anos atrás, questionei o Presidente se não haveria nenhuma homenagem no final da carreira do emblemático Guarda Redes (que pendurava as chuteiras) e recebi como resposta um sorriso esfíngico.

Se Roma é assim chutado para a o sótão da nossa memória colectiva, fica dado o sinal para outros que hoje também vão criando o “monstro”, que vai matando a nossa Briosa perante o estrebuchar de alguns e a indiferença de outros.

Mas nem tudo vai mal na nossa Académica. 

É com particular agrado que vejo regressar à Briosa o Prof. António Figueiredo e o Dr. Rui Silva. É de gente da Académica que a Instituição precisa. E aqueles dois não pedem meças, academicamente falando, a ninguém. É sangue negro, que me faz acreditar que nem tudo está perdido.

O meu último olhar vai para o presidente da Assembleia Geral, Prof. Fernando Oliveira, a quem quero elogiar, pela visão de futuro de marcar a Assembleia Magna para uma sexta-feira, não esquecendo os académicos que estão longe de Coimbra durante a semana. Começa pois com o pé direito.

Também e em relação à dita Assembleia, há 2 pontos nela que nos fazem diferentes dos outros. Os dois primeiros pontos: proposta de atribuição da distinção de sócio honorário ao Dr. José Barros e proposta da atribuição da distinção de sócio de mérito à Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra é enobrecedora de quem os propõe, direcção, e dignificam toda uma Instituição.