Pagamento de Quotas e comprovativo de pagamento

Com o objectivo de melhorar o que está mal e de assegurar o esclarecimento dos sócios da Académica acerca do quotidiano da nossa instituição, passo a relatar uma história que me foi contada por um associado da Briosa, sobre o acesso ao estádio do próprio e de dois familiares seus também associados, no último domingo, para assistir ao jogo da nossa equipa – que felizmente ganhámos – frente ao Estrela da Amadora e que suscita, desde logo, algumas questões.
Quando os três associados em causa se aprestavam para entrar no estádio, normalmente, fazendo passar a banda magnética do cartão pelas máquinas que ali se encontram para validação do acesso, estranhamente a máquina não respondeu, tendo-lhes sido dito pela segurança que teriam de dirigir-se à Loja Académica para averiguar o que se passava.
Já na Loja Académica foi dito aos cada vez mais incrédulos associados que as suas quotas de sócio não estavam em dia e que por isso os respectivos cartões não estavam válidos para aceder ao «Cidade de Coimbra», a menos que trouxessem o recibo que lhes fora emitido a comprovar o pagamento das mesmas quotas.
O associado que fora responsável pelo pagamento das suas próprias quotas, bem como das dos seus familiares, ainda argumentou então que aquando do pagamento lhe fora dito que o recibo lhe seria enviado para casa e que por isso o não possuía, porque nunca havia chegado… Mas não houve nada a fazer.
Acontece que, porque residia relativamente perto do estádio, o associado dirigiu-se então a casa, de onde trouxe um extracto da sua conta bancária, o qual comprovava o pagamento de todas as quotas, bem como das entradas para a época, em Março último e até final da temporada desportiva corrente, por operação com cartão de crédito, efectuada à ordem da empresa concessionária do estádio, a TBZ (Pagamento TBZ, referia o extracto do Banco Santander), no valor de mais de € 600.
Perante as provas apresentadas, foi a própria Académica a emitir,na hora, ao associado em causa, um recibo de pagamento (correspondente ao quantitativo das quotas liquidadas dos três protagonistas da história), com data de domingo, dia 27 de Novembro de 2005 (o dia do jogo), validando-lhes então os cartões para entrarem no estádio.
Entrada essa que chegou a acontecer, já decorria a segunda parte da partida.
Ora, para além da situação desagradável para os associados que parece decorrer da falta de controlo da situação por parte das entidades competentes, as questões suscitadas pela ocorrência são mais profundas do que esta, a saber:
Então se o associado pagou as quotas e as entradas à TBZ, conforme comprovou, como pode ser agora a Académica ressarcida de dinheiro que indevidamente entrou na conta da TBZ?
Então se o mesmo pagamento se processou em Março último, como pode a Académica ter-lhe emitido recibo datado de 27 de Novembro?
Como se farão os processamentos contabilísticos da entrada de quotas de associados e de entradas no estádio, tendo em conta que existem duas entidades interessadas na matéria, sendo que aquela a quem se paga (a destinatária) não é a mesma que emite o recibo comprovativo do pagamento, pelo menos em relação a parte do mesmo (no caso, às quotas).
Ficam as questões para discussão e eventualmente para esclarecimento da Direcção da Académica/OAF, admitindo o nosso blog que tais situações não passem de erros inevitáveis, que acontecem, mas que urge no entanto corrigir na instituição.
Correcções particularmente importantes, designadamente ao nível do sistema de controlo interno, cuja inexistência era sublinhada pelo Revisor Oficial de Contas da Instituição, em relatório anexo às contas que foram apresentadas e aprovadas na última AG.