NO LIMITE DA CONCENTRAÇÃO

Estamos a pouco mais de 24 horas de realizar um jogo de grande importância para dar sequência e cumprimento aos objectivos da Académica. Tive oportunidade de presenciar o jogo da 1ª volta em Paços de Ferreira. Fizemos, na minha opinião, um jogo de grande qualidade técnica e táctica. Demonstramos personalidade. Nelo Vingada utilizou um 4.4.2. bastante versátil e que só foi “traído” por falta de concentração (já característica da nossa equipa) nos fatídicos lances de bola parada. Faria todo o sentido que os jogadores da Briosa tivessem oportunidade de rever esse jogo ou pelo menos os erros defensivos cometidos nos esquemas tácticos (bolas paradas) trabalhados pelo adversário. Todos sabemos que a equipa do Paços e nomeadamente o seu técnico utiliza preferencialmente um sistema de jogo baseado num 4.3.3. Defende e ataca no campo todo, tem largura e profundidade, fluidez e rapidez na chegada á baliza adversária, com médios que dimensionam a equipa e a fazem tornar-se mais perigosa a jogar fora do que em casa. É claramente um adversário que gosta de ter espaço e que quando se apanha em vantagem, ainda se torna mais difícil atendendo a que fica a jogar como gosta: no contra-ataque (muita atenção a Edson). Daí ser importante os nossos jogadores terem mais do que nunca, paciência (para na fase defensiva saberem fechar muito bem as linhas de passe, sem se exporem de forma a não darem espaço nas suas costas e ainda com a capacidade para terem as três linhas sempre muito curtas) e inteligência (para ofensivamente jogarem no erro do adversário e aproveitarem a pouca qualidade dos centrais). Desta forma considero que não pode nem deve existir á volta do jogo um clima de excesso de confiança, atendendo á ultima vitória conquistada em Setúbal. Os jogos ganham-se durante noventa minutos e não nos primeiros cinco ou dez minutos. Daí o meu apelo ao limite da concentração no título que escolhi para este texto.

BOA SORTE A TODOS E UMA GRANDE VITÓRIA !