Carta aberta a José Eduardo Simões

Em primeiro lugar desejo-lhe uma boa tarde.
Quero dizer-lhe que nada me move, pessoalmente contra si.
Apesar de o achar uma "individualidade" sem perfil nem carisma, para exercer o cargo que ocupa na AAC/OAF, não posso deixar de reconhecer, que ao ganhar - por números mínimos é certo - as últimas eleições tem todo o direito de estar onde está. Mesmo para que tal acontecesse, se tivessem passado episódios estranhíssimos...

No entanto, quero-lhe dizer, como muitas vezes tenho referido, que a Académica ultrapassa todas essas questões de direitos. (Não confundir com Direito)
A moralidade sempre foi apanágio da nossa Instituição, e sem ela passamos a ser mais uma colectividade que, quer se queira quer não, poder-se-á confundir com um Real Clube do Calhabé, como tão bem caracterizou o meu amigo e Eng. Lucílio Carvalheiro.

Ao falar de moralidade não vou, descanse, passar a pente fino todos os actos que perpetrou, uns mais, outros menos condenáveis.
Ao fim de dois anos e meio, o senhor teve o condão de descaracterizar a Académica, abandonar os seus directores, falar e agir sozinho, transformando a Briosa numa oligarquia condenável, comparando-se assim a um Pinto da Costa, no futebol, a um Salazar na política, mas ainda assim sem o carisma nem conteúdo para tal.

Descanse que não vou falar nem no passivo,nem nos casos Lira, Marcel, N'Doye, etc...
Nem nas discussões com Vingada, nem na PJ, nem nos campos do bolão.
Falo tão só em moralidade, e o meu caro perdeu-a. Todinha.
O que lhe peço é que renuncie!!!
Ao fazê-lo, o senhor dignifica-se a si próprio, dignifica a Instituição, e acima de tudo sai com o epíteto de Académico.
O melhor para a Briosa é poder contar com quem sente, vive e ama de facto a Instituição.
Estamos fartos de ouvir negativamente o nome Académica.
Veja bem, que quando a casa mãe ameaça o OAF de recorrer aos tribunais, onde resta a dignificação do nome que ostentamos?

Não se preocupe o Sr. Eng. que o barco não fica à deriva. Aliás nunca podia ficar pior do que está...
O Barco tem Comandantes. Tem Pilotos.
Tem muitos sócios com capacidade para o capitanear.
Tem um depósito inesgotável de personalidades que podem facilmente fazer melhor.
Pessoalmente, tenho um nome. Outros terão mais. Mas por agora, chega Sr. Engenheiro. Saia!
Renucie Sr. Presidente e terá a consideração de todos nós.

P.S. Já agora, leve consigo o passivo e se não for muito peso leve também o Prof. Nelo Vingada.