"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

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Estádio Cidade de Coimbra

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Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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quinta-feira, 27 de abril de 2006

Lavar as mãos como Pilatos...

Hesitei antes de falar deste tema, por saber da hora que vivemos e da crucial importância que terão os dois próximos fins-de-semana, no futuro imediato da nossa Briosa.
Não pude contudo evitá-lo ao ler as interpretações enviesadas que, noutros espaços da blogosfera, se têm feito do que aqui se escreve e defende.
Num texto publicado por Gonçalo Pereira no nosso ilustre colega «Simplesmente Briosa», é transmitida a ideia de que uma «facção alegadamente ligada a Campos Coroa» tem defendido recentemente a ideia da demissão do actual presidente da Direcção por razões éticas e a convocação imediata de eleições antecipadas»...
Devo começar por afirmar que conheço Campos Coroa e a sua vida como poucas pessoas se poderão gabar de conhecer e que, por isso mesmo, nunca falei do seu nome como potencial candidato a regressar à Direcção da AAC.
Aliás, que me lembre, nos Pardalitos do Choupal apenas se referiram a tal hipótese o Mário Castro, defendendo-a acerrimamente como é seu timbre, e o A. Ferrão, refutando-a liminarmente, por a considerar desajustada no tempo e penosa para o próprio ex-presidente.
Também nunca vi, aqui nos Pardalitos defender a demissão de José Eduardo Simões, face à sua condição de arguido num processo-crime que o investiga por alegada corrupção e tráfico de influências.
Ao invés, no nosso blog foi defendida generalizadamente a suspensão do mandato por parte do líder do elenco directivo da Briosa, que com essa atitude afastaria o nome da instituição do centro das atenções do público e aguardaria serenamente o desenlace processual, para voltar a exercer o cargo, logo que tudo se encontrasse esclarecido.
Ainda não me tinha pronunciado sobre tal hipótese, mas, já agora, concordo...
Quer queiramos quer não, o presidente da instituição está naturalmente fragilizado pela existência do citado processo e o nome da Briosa é arrastado na Comunicação Social, agora não por viver uma situação financeira difícil como outrora acontecera, mas sim por ser o centro da eventual prática de ilícitos criminais, hipótese que jamais se colocara em mais de um século de história desportiva, social e cultural.
Um século onde fora granjeado um prestígio e consolidada uma simpatia que galgara fronteiras e nos tornara num dos poucos emblemas desportivos cuja projecção se alastrara à diáspora lusa.
Questão diferente é a da resolução do problema directivo que tal solução acarretaria, em princípio a resolver pela substituição temporária do presidente por um dos seus pares, o que na Briosa já não é caso «virgem», visto que aconteceu com Paulo Cardoso na fatídica morte do ex-presidente Mendes Silva e com o próprio Campos Coroa, quando o então presidente, Fausto Correia, suspendeu o mandato para ir exercer funções governamentais.
Ou seja, ficaria salvaguardada a legitimidade eleitoral do mandato, sempre defendida aqui nos Pardalitos, sendo que seriam extraídas as naturais consequências éticas de uma situação nova e, convenhamos, altamente incómoda para todos os académicos.
De todo o modo é legítimo defender a constituição, a seu tempo, de projectos alternativos ao desta direcção da Briosa, para concorrer às eleições, dentro do calendário em que estas estão previstas, seja com Campos Coroa à frente dos mesmos, ou com outro rosto qualquer.
Sinceramente, não acredito um só minuto na disponibilidade de Campos Coroa para esse efeito, pelas mais diversas razões, designadamente de índole pessoal e profissional.
Recordo no entanto que foi Campos Coroa o primeiro - e salvo erro o único - ex-dirigente da Briosa (e aqui incluo os dirigentes de todas as direcções anteriores e não só aqueles que o foram sob a sua presidência) que, publicamente, em comentário ao «Diário de Coimbra», prestou solidariedade ao Engenheiro José Eduardo Simões, afirmando acreditar na sua inocência, logo após as buscas domiciliárias de que foi alvo, por parte da Polícia Judiciária.
No mais, Campos Coroa tem-se sempre remetido a um elegante e inviolável silencio, mesmo perante factos que estão à vista de todos, como sejam o do brutal aumento do passivo da instituição desde a sua saída, acrescido este dos resultados desportivos que se conhecem e que em nada diferem daqueles que ele próprio obtinha, com muito menos meios financeiros disponíveis...
De facto, nunca Campos Coroa afirmou desejar regressar, motivo pelo qual não poderia, como pretende o ilustre blogger do Simplesmente Briosa, falar em estratégia financeira que viabilizasse uma sua candidatura.
Em suma, acaso estivesse a referir-se aos Pardalitos, com a justificação de que alguns deles são amigos pessoais de Campos Coroa e seus ex-companheiros de Direcção na Académica, quando se referia a uma «facção alegadamente ligada a Campos Coroa», o ilustre blogger Gonçalo Pereira falhou o alvo, eventualmente por distracção ou por má interpretação do que se tem dito e escrito.
Primeiro porque como já se referiu nunca a alegada «facção» a que se refere defendeu eleições antecipadas, muito menos com insistência.
Segundo porque nunca o próprio Campos Coroa o defendeu, nem assumiu qualquer estratégia que viabilizasse uma sua futura candidatura.
Terceiro porque foi justamente Campos Coroa quem primeiro manifestou solidariedade a José Eduardo Simões, ao contrário do que fizeram alguns dos seus mais destacados apoiantes que «daí lavaram as mãos como Pilatos»...
Ainda sobre o texto em apreço publicado no Simplesmente Briosa, uma nota final:
A eventual descida de divisão da Briosa (lagarto! lagarto! lagarto!) poderá ter muitos culpados, não sendo estes seguramente, os que diariamente se dedicam à instituição, fora da esfera institucional.
As razões de um eventual insucesso desportivo desse teor (acabo de bater na madeira...) teriam obviamente de procurar-se na política desportiva e financeira implementada e nos equívocos que gerou uma empresarialização abrupta de uma instituição que, nas palavras do próprio blogger do Simplesmente Briosa, foi pura e simplesmente descaracterizada e substituída na sua mística por uma versão apimbalhada e popularucha...
Defender mais do que isto, é imputar ao legítimo direito à crítica por parte dos adeptos a responsabilidade pelo deficiente rumo tomado pela «nau» académica, o qual é, legitimamente também, decidido exclusivamente pelos seus actuais «timoneiros».
Defendê-lo é quase defender que antes da Revolução de Abril não seria legítimo criticar Salazar por poder essa crítica ser prejudicial ao país, ou quase recusar a existência de oposição democrática aos actuais governos, com o fundamento de que a mesma prejudica a economia... Tal postura não merece pois, qualquer outro comentário, que não seja o de um sorriso condescendente e de um encolher de ombros, por sinal de costas bem largas...
Consequentemente, serei eu agora a imitar Poncius Pilatos, lavando de vez, daí as minhas mãos...
De todo o modo, numa coisa estaremos de acordo: mais importante do que tudo isto é vencer o Belenenses já no domingo. E por isso mesmo, o apelo aqui fica:
TODOS AO RESTELO, PORQUE A BRIOSA PRECISA DE TODOS!!!