O "defeso", dar força ao sonho
Há mais ou menos quarenta anos que me apaixonei pela Académica. É, de facto, único ser da Académica! Então aqui na zona onde resido, num mar de vermelho e verde, a sensação é ainda mais forte. Ainda hoje, quando vejo a Briosa, sinto o mesmo arrepio que experimentei quando tinha cerca de dez anos de idade. Nessa altura, quando não podia ver a nossa Briosa ao vivo, fechava-me no quarto com o ouvido encostado ao transistor.
No final dos jogos apontava tudo religiosamente no meu caderninho: o resultado, as alterações na tabela classificativa, a lista dos marcadores (Ah, grande Manuel António!), etc..
Quando tinha a oportunidade de ver a Académica, regressava a casa, pegava na bola e ia para a rua ter com os meus amigos. Eles imitavam os seus ídolos e eu queria ser o Rui Rodrigues, o Rocha, o Artur, o Alhinho e, sobretudo, o meu grande ídolo de então, Mário Campos. Aquela sua forma de driblar os adversários, com a bola colada ao seu pé direito, era, para mim, um deslumbramento. Quando ganhávamos, nessa altura era mais frequente, colocava na janela do meu quarto uma enorme bandeira negra.
Depois, no final dos campeonatos, os sentimentos variavam. Por vezes, uma alegria imensa invadia-me ou então uma tristeza profunda tomava conta de mim.Porém, um sentimento de esperança voltava de novo. Entrava-se na chamada época do "defeso". Voltava a sonhar com uma época dourada da Académica; comprava a "A Bola" pelo menos uma vez por semana e procurava uma notícia sobre a entrada de algum novo jogador da Briosa. A esperança renascia.
Desde esses tempos até hoje, quando se entra nesta fase do "defeso", volto sempre a construir novos sonhos. Mesmo quando estivemos anos seguidos na segunda divisão, a esperança voltava sempre a renascer logo que se iniciava a fase de preparação da nova época.
Presentemente, encontramo-nos novamente em mais um "defeso" e, apesar de tanta coisa má que tem acontecido, apesar da descaracterização evidente a que se assiste, cá estamos de novo a construir no nosso imaginário uma temporada muito melhor.
Temos um novo treinador, pessoa de grande competência; perdemos um grande jogador; continua a febre verde e amarela, mas assegurou-se a continuidade de jogadores importantes (espero bem que Paulo Adriano fique) e vislumbram-se reforços. Respira-se uma atmosfera de confiança no êxito.
Depois, no final dos campeonatos, os sentimentos variavam. Por vezes, uma alegria imensa invadia-me ou então uma tristeza profunda tomava conta de mim.Porém, um sentimento de esperança voltava de novo. Entrava-se na chamada época do "defeso". Voltava a sonhar com uma época dourada da Académica; comprava a "A Bola" pelo menos uma vez por semana e procurava uma notícia sobre a entrada de algum novo jogador da Briosa. A esperança renascia.
Desde esses tempos até hoje, quando se entra nesta fase do "defeso", volto sempre a construir novos sonhos. Mesmo quando estivemos anos seguidos na segunda divisão, a esperança voltava sempre a renascer logo que se iniciava a fase de preparação da nova época.
Presentemente, encontramo-nos novamente em mais um "defeso" e, apesar de tanta coisa má que tem acontecido, apesar da descaracterização evidente a que se assiste, cá estamos de novo a construir no nosso imaginário uma temporada muito melhor.
Temos um novo treinador, pessoa de grande competência; perdemos um grande jogador; continua a febre verde e amarela, mas assegurou-se a continuidade de jogadores importantes (espero bem que Paulo Adriano fique) e vislumbram-se reforços. Respira-se uma atmosfera de confiança no êxito.
Quem viaja pela blogosfera Académica, com destaque para o "SimplesmenteBriosa" e, claro, para os "Pardalitos" já se apercebeu que as divergências deixaram, pelo menos por agora, de fazer sentido e que todos partilhamos o sonho de uma temporada brilhante.
Viva a Académica!
Viva a Académica!
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