"Pardalitos do Choupal"

Associação Académica de Coimbra

Vitor Santos,jornalista d' A Bola já falecido,foi o primeiro a chamar a Académica "Pardalitos do Choupal", em crónica ao jogo da vitória sobre o Benfica por 3 a 1 na época de 1961/1962

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Informações

Estádio Cidade de Coimbra

Estádio Cidade de Coimbra
Inauguração: 29-10-2003
Lotação: 30000


Ano da fundação: 03-11-1887
Rua Infanta D. Maria, 23 - 3030-330
Nº de sócios: 10336 (em 9/7/2007)
Internet: www.academica.oaf.pt

 

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quarta-feira, 5 de julho de 2006

Diário de Coimbra de 28.06.2006

Por deferência do "Diário de Coimbra" transcreve-se um artigo de opinião editado naquele periódico, em 28.06.2006

JOEIRAR A ACADÉMICA

Apesar das redes de silêncio, já se vão conhecendo melhor os subterrâneos cadaverosos da gestão da Académica. De repente o anormal fluxo financeiro foi alterado. Reparem: porque o Sr. Presidente da Direcção acumulava funções de destaque noutra margem, a Académica parecia navegar num calmo lago; hoje, navega num mar temeroso, capitaneada por um comandante enfraquecido devido à dura provação (externa) a que está sujeito. Quando a realidade surge à luz do dia, já está tudo consumado e de forma irrevogável, o que constitui mesmo uma barreira com implicações externas e estratégicas para a AAC-OAF – os assuntos referidos na última Assembleia-Geral são por demais elucidativos.
E já não falo de acréscimo abismal do passivo, dos negócios “passes” dos atletas, do fracasso na concretização das infraestruturas desportivas (complexo desportivo Dr. Francisco Soares), do autocarro “apreendido” por falta de pagamento, etc.
E o que sucede agora, ante os nossos olhos, é que a Académica parece constituir um autentico “bunker”do Sr. Presidente da Direcção; no plano dos factos, na última Assembleia-Geral o Conselho Fiscal já não prestou serventia aos sócios, como reflexo da desistência, da rendição, da entrega, pelo menos pela forma brutal do “chicote” da Direcção. O que é um dado incontornável.
Pode afirmar-se, pois, que a maneira como está a ser gerida a AAC-OAF veio modificar os dados do progresso económico, a aceleração do desenvolvimento associativo, a crescente afirmação da personalidade colectiva que fundamentaram o grande apoio, à data, dado ao Dr. João Moreno.
Ora, não perdermos nunca a perspectiva dos acontecimentos, sabermos distinguir o que é duradouro e substancial do que é simples moda efémera ou construção conjuntural; não nos aterrorizarmos; e mantermos sempre coesão associativa em torno do que é essencial, sem nos dividirmos por baixa política pessoal – tudo isto faz parte da defesa da Académica.
Depois, mencionaria a defesa económica. Eu pretenderia com isto significar a necessidade de manter a Académica na super liga, a alavanca-chave da nossa sobrevivência, a posição essencial da nossa actividade económica, financeira, desportiva. Investimentos de adequada remuneração da marca-imagem Académica, consentidos numa base de justiça financeira – quero dizer, de adequada remuneração do capital investido e os riscos corridos – casos TBZ, PPTV, GRUPO AMORIM , outros ainda.
Todavia, é evidente que a defesa económica, financeira, desportiva, supõe que a AAC-OAF não esteja endividada ao ponto de fazer a política dos seus credores – o que se soube na última Assembleia-geral é preocupante - e o serviço da dívida constituir já um travão ao nosso próprio desenvolvimento. Receio que hoje seja essa a situação.
E chegamos à principal componente da defesa da Académica: a desportiva. Neste ponto, que já me foi posto em ocasião anterior por força do cargo que então exerci, não podem ser menores as preocupações de todos nós. Mas é de todos os problemas o que se reveste de maior delicadeza para quem tem a responsabilidade de os enfrentar. Nas querelas entre associados e dirigentes é frequente a defesa vs ataque perante a contratação ou dispensa deste ou daquele treinador, deste ou daquele jogador. A defesa desportiva da Académica é um imperativo; mas tal desiderato é da exclusiva competência dos gestores do futebol profissional, a saber: Presidente da Direcção, Presidente do Conselho Fiscal; Vice-Presidente para a área do desporto, Vice-Presidente para a área financeira. Há que convir que estes dirigentes estão, permanentemente, no “fio da navalha” onde o sucesso e o fracasso se mede a cada segundo, dada a subjectividade, até aleatória, do que seja viável prever (rendimento desportivo, tanto ao nível individual do atleta, como da equipa) a curto , médio-prazo.
Como quer que seja, e para que as decisões dos gestores do futebol profissional sejam acatadas e respeitadas, há que possuir um mínimo de credibilidade e transparência, ou seja: temos que estar precavidos contra eventuais ambições que nos podem afectar de mil maneiras. Não pode , pois, acontecer casos que, embora sendo de pura gestão corrente, pelo seu valor e importância suscita ou possa suscitar ambições, algumas até tradicionais, que nos impedem de ser ingénuos. Por tudo, reforço a ideia da delicadeza da gestão do futebol profissional.
Enfim: importa à AAC.OAF, portanto, possuir força desportiva. Não força desportiva que esteja para além da nossa capacidade económica; não força desportiva para a curto-prazo lutar pela liderança do campeonato; mas força desportiva que, pela sua estrutura, organização, atletas de que disponha, meios técnicos que possua, seja suficiente para significar aos sócios, à opinião pública, sobretudo aos adversários que a Académica dá combate, tendo sempre como objectivo principal causar prejuízo (derrota) aos adversários – Sempre.
Concluindo: No tumulto da vida desportiva e das paixões que a comandam, não me recordo de um debate sobre estes problemas, com a serenidade, a altura, a isenção, o espírito SÓ ACADÉMICO que tais problemas requerem, ao que julgo.